sexta-feira, agosto 15, 2008

O ALTO CUSTO DO SILÊNCIO

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Brasília, DF, 18 de maio de 2008

Gen. RI Valmir Fonseca Azevedo Pereira

Após tantos anos de sepulcral silêncio, não podemos estranhar que qualquer aventureiro, se arvore em douto na arte de enunciar planos e formular políticas e geniais estratégias para o estamento militar, inclusive sua reformulação e reestruturação, adentrando em sua concepção e emprego.

Passou a ser do domínio de qualquer "vivente", o conhecimento acerca de Defesa e Segurança.

De Jobim a Mangabeira, surgem no Brasil, vindos do nebuloso além, insuspeitos novos Generais, estrategos de mão cheia, para dizer o mínimo. Salvo engano, Alexandre, Aníbal, Napoleão, Clausewitz, Sun Tzu, Atila e Caxias, entre outros decantados capitães e estudiosos da arte militar, desceram do Olimpo para transmitir, como num sopro divino, aos novos iluminados, uma capacidade e um conhecimento acerca das Forças Armadas e de assuntos sensíveis como a "Defesa e Segurança" e "Amazônia". Tais conhecimentos são muito superiores aos apreendidos em duros períodos de estudo nas Escolas e Academias Militares, e após anos e anos de laboriosa vida castrense, ao que parecem acumulados, "atabalhoadamente", pelos "tacanhos militares profissionais".

De uma canetada, brotam luminosas idéias mirabolantes.

Elaboram um novo Plano Estratégico Nacional de Defesa, que deverá atender aos objetivos ideológicos do Foro de São Paulo, sendo que o eclético Mangabeira é o coordenador do Comitê de Formulação do Plano.

Jobim, recentemente, em Washington, subiu, ainda mais, nos tamancos da vaidade, e tomado de "arrogância estratégica" e "audácia" incontida, anunciou que o governo está empenhado em criar um organismo internacional "que possa articular na América do Sul, a elaboração de políticas de defesa, intercâmbio de pessoal, formação e treinamento de militares, realização de exercícios militares conjuntos, participação conjunta em missões de paz da ONU, integração de bases industriais de defesa"- é o Conselho Sul - Americano de Defesa.

O espaçoso Jobim já cumpriu périplo na América do sul apregoando a necessidade da criação do referido Conselho de Defesa Regional, tema sempre repudiado pelos militares (enquadramento desse órgão numa região onde há possibilidades de conflitos? O que acontecerá quando houver crise entre os países? Quem vai mandar? Como?)

Recordo que, meses atrás, ouvimos algo semelhante, defendido à época pelo poderoso Dirceu e, posteriormente, por Hugo Chávez (defesa assimétrica contra os EUA). Hoje, não sei exatamente quem é o pai da criatura, mas seja qual for a sua origem, a proposta com certeza tem segundas, senão primeiras intenções, as quais devem no futuro constituir – se num belo tiro no pé das FFAA.

É Jobim, é Mangabeira, e agora, é Minc (é brilhante a sua idéia de empregar as FFAA como guarda – reservas de áreas indígenas e de reservas florestais; não esqueçamos que o Jobim é, decididamente, favorável ao emprego das FFAA no combate ao crime, e usa como forte argumento o emprego das Forças de Paz no Haiti; sem desmerecer o super Mangabeira com a criação do "Serviço Militar Obrigatório Social").

Consta, ainda, que Mangabeira e Jobim (que dupla, hein!) preparam um plano radical para enxugar as Forças Armadas e renovar os quadros de comando. É possível? Bom, improvável, não é.

Como novos donos do Poder Total, nada mais lógico, do que agregarem o Poder Militar ao seu saco de propriedades.

São os porta – vozes, anunciando as boas - novas. Para as instituições militares? É bom duvidar.

Criaram a Força Nacional de Segurança (inconstitucional, segundo dizem vários juristas, eis que não consta no artigo 144 da Constituição Federal), criaram o MD, o Jobim, o vingativo e presunçoso Tarso Genro, o..., o..., o Mangabeira, o...

Eles geraram os monstros, nós os alimentamos. E o pior, eles crescem, falam grosso, se agigantam no nosso silêncio. Sorvem e subsistem de nossas fraquezas ou de nossa disciplina submissa.

Tal qual "prima – donas", nariz empinado, olhar rutilante e fixo no horizonte imaginário, deitam cátedra, proferem asnices, e nada acontece; por outro lado, quando um General enuncia duas ou três preocupações pertinentes... o céu vem abaixo.

A triste constatação é a de que não ocupamos espaço, nem nas coisas da caserna.

É uma pena.

Por essas e por outras, viva o GENERAL HELENO!

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