segunda-feira, dezembro 29, 2008

CALOTE NO BRASIL EM PROL DOS PLANOS DO FORO DE SÃO PAULO

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Equador chama advogado de Bolívia e Venezuela

"Chegamos assim à curiosa situação pela qual assessoramos um pais devedor a nos dar calote, com o apoio de uma funcionária publica paga pelo Tesouro brasileiro."

O GLOBO - 04/12/2008

Liana Melo, Patrícia Duarte e Isabel Braga

WASHINGTON, RIO e BRASÍLIA. O governo do Equador contratou, para defender sua tese de que a dívida com o Brasil é ilegal, o mesmo escritório de advocacia que tem representado os governos de Bolívia e Venezuela, países que se declararam dispostos a seguir o exemplo equatoriano. A dívida que o Equador tem com o Brasil é de US$554 milhões - sendo US$462 milhões correspondentes a financiamentos do BNDES.

Trata-se do tradicional Foley Hoag LLP, de Boston, fundado em 1943 e que conta com cerca de 250 advogados em seus quadros, com um faturamento anual de aproximadamente US$150 milhões. O processo equatoriano, que poderá se transformar numa ação de litígio num tribunal de Nova York, será conduzido por uma equipe liderada por Paul S. Reichler, tido como um dos mais experientes e respeitados profissionais de lei pública internacional.

Reichler obteve este ano duas vitórias. A primeira, em janeiro, foi em nome do presidente venezuelano Hugo Chávez. Ele derrubou um pleito de US$300 milhões feito pela I & I Beheer B.V., da Holanda, referente a um calote dado pelo governo de Chávez. A segunda foi em julho, em favor do boliviano Evo Morales: uma juíza de Nova York decidiu que investidores europeus na Entel, empresa de telecomunicações da Bolívia, não tinham direito a confiscar bens daquele país em bancos dos EUA após a nacionalização da empresa.

Equador também estuda recorrer à Corte de Haia

Logo após assumir a presidência do BNDES, Luciano Coutinho foi alertado sobre os riscos de um eventual calote nos financiamentos feitos pelo banco às operações de bens e serviços no exterior. O alerta partiu da ONG Transparência Brasil, em carta encaminhada em 7 de maio de 2007.

Procurado, o BNDES disse que os "questionamentos enviados pela Transparência foram respondidos". Porém, Claudio Abramo, diretor-executivo da ONG, negou ter recebido qualquer tipo de esclarecimento: “Não é de hoje que alertamos sobre a necessidade de o BNDES condicionar esses acordos a algumas salvaguardas”.

Ontem, o Brasil foi pego de surpresa mais uma vez com a informação de que o Equador estuda recorrer também à Corte Internacional de Haia, na Holanda, para questionar o que considera empréstimos ilegais. Isso inclui a operação feita pelo BNDES. O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, reagiu irritado e reclamou do fato de o Equador não ter procurado o governo brasileiro, optando pelo confronto "pelos jornais".

A assessora do calote

Por Andre Araujo

O Equador contratou o escritorio de advocacia americano Foley Hoag, de Boston, para defender seus interesses na questão da divida externa com o Brasil, de US554 milhões, sendo que US$462 milhões são devidos ao BNDES. Esse mesmo escritorio defende a Venezuela e a Bolivia em demandas contra credores.

Há sinais de que o eixo bolivariano quer dar um beiço no Brasil, no que estão sendo técnicamente assessorados pela auditora fiscal do Ministério da Fazenda do Brasil, Maria Lucia Fatorelli Carneiro, sindicalista e com forte ligações com o PT e PSOL, cedida a esses paises para ajudá-los a montar a tese do colote. O Brasil é o maior credor governamental do Equador, com 40% da divida total de US$1,3 bilhões. Chegamos, assim, à curiosa situação na qual assessoramos um pais devedor a nos dar calote, com o apoio de uma funcionária publica paga pelo Tesouro brasileiro.

O fato é tão surrealista quanto a politica externa da chancelaria paralela para a America do Sul, cujo plano de liderança continental vai acabar nos tribunais, com o Brasil processado por advogados americanos. Nelson Rodrigues não bolaria coisa melhor.

Atenção! Isso é crime de Lesa-Pátria, está previsto na nossa Constituição!

Ana Prudente

A Receita Federal, que explora os contribuintes brasileiros até o último centavo, presta assessoria aos cucarachas na elaboração de argumentos jurídicos para o calote contra o Brasil. Esses fatos deveriam ser pelo menos investigados e registrados nos anais da democracia pelos poucos parlamentares da oposição, com vistas à futura aplicação de legislação sobre traição à Pátria e a punição aos traidores.


Seria interessante só para constar e incomodar, ainda que com pouca possibilidade de aprovação, elaborar projeto de Lei sobre o crime de traição, ampliando o seu conceito de modo que se estenda a toda a pessoa que, vinculada, financiada ou de qualquer modo apoiada por entidade ou governo estrangeiro, exerça atividade política no Brasil com o objetivo de mudar as nossas leis e costumes, ou influir nas decisões do governo, obstar ou limitar a ação do governo em assuntos de segurança nacional ou de segurança pública, de modificar nossas fronteiras, de reduzir, compartilhar ou subordinar a soberania nacional em todo ou em parte do nosso território, de outorgar a tribunais internacionais a jurisdição inata dos tribunais brasileiros, de transferir a organizações internacionais as atribuições ou a competência administrativa das autoridades brasileiras, de prestar assistência, apoio, ajuda, orientação ou informação a governo ou entidade estrangeira em conflito, contenda ou lide contra interesses nacionais brasileiros, etc.

Dentro dessa definição, seria também crime agir no Brasil em nome de qualquer instituição estrangeira, ong, igreja, ou o que quer que seja, sem previamente registrar-se e identificar-se perante as autoridades brasileiras nessa qualidade, de agente remunerado de governo ou instituição estrangeira. Igualmente seria considerado como crime de traição receber treinamento ou instrução militar, ou de qualquer especialidade ligada à segurança nacional, ou ainda cursos de militância política no exterior, sem o devido conhecimento e autorização do governo brasileiro. Pessoas enquadradas nessas últimas categorias ficariam automaticamente impedidas de pertencer a partidos políticos brasileiros ou exercer atividades políticas no Brasil, exceto o direito de votar nas eleições.


A lei deveria enquadrar retroativamente os incursos nessas atividades, no sentido de obrigá-los a registrar-se como traidores involuntários ou agentes estrangeiros, quando de fato o forem, e a abandonar imediatamente as atividades anti-brasileiras nela enquadradas, prestando imediatamente contas às autoridades brasileiras, mediante relatos circunstanciados de suas ações de traição, e prestando juramento de abandoná-las totalmente, sob pena das mais severas sanções, que não excluíriam a pena de morte.


Os indivíduos, entidades ou igrejas enquadrados nessas atividades poderiam receber, caso a caso, autorização para operar no Brasil, desde que submetam relatos periódicos às nossas autoridades e se sujeitem à sua fiscalização. E, acima de tudo, em todos os comunicados, atividades e manifestações públicas, tais entidades seriam obrigadas a apresentar-se como estrangeiras e a declarar suas fontes de financiamento, os propósitos estatutários dos seus mantenedores no exterior, bem assim os nomes e a qualificação dos seus apoiadores internacionais.


A traição seria considerada crime imprescritível e a lei se aplicaria retroativamente na tipificação da reincidência e da contumácia em caso de crimes cometidos após a sua vigência.

GRAMSCISMO E COINCIDÊNCIAS

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É Larry Rother quem conta em livro publicado recentemente no Brasil:


- "Dois repórteres da `Folha' e do `Estado de S. Paulo' (`Viagens com o presidente', de Eduardo Scolese e Leonencio Nossa), contam: `Ao chegar a um jantar na embaixada brasileira em Tóquio, Lula pediu uma dose caprichada de uísque com gelo e antes mesmo do jantar mandou servir o segundo, o terceiro e o quarto copos, usando linguagem chula, que deixou constrangidos os presentes, diplomatas, ministros, senadores: `Tem hora que eu tenho vontade de mandar o Kirchner para a puta que o pariu. A verdade é que temos que ter muito saco para aturar a Argentina. O Chile é uma merda. Querem mais é que a gente se foda'".


A cantilena da imprensa sobre o “sifú” que o ilustre presidente cuspiu na cara Brasil que via o noticiário no “horário nobre” da TV, me arrancou um “puta merda!” - interior, envergonhado, triste. Lembrei o que me contou um daqueles jovens que nos anos 60 do século passado - (parece muito tempo! Tempo suficiente para enrolar uma nação em papel vermelho) sobre palestras num dos cursos de guerrilha em Cuba.


Tentarei reproduzir o mais fielmente possível:


“Entre as marchas, confecção de bombas ofensivas e incendiárias, tiro com tudo quanto era arma, a gente também ouvia as palestras do político. Era um oficial do exercito cubano que contava histórias exemplares para ilustrar o comportamento revolucionário diante dos burgueses.”


“Eu ouvia pensando que eram piadas ou que o sujeito queria aliviar a tensão e o cansaço do grupo. Hoje sei que ele estava aplicando as lições de Gramsci contra a ética e os bons costumes. Contou que um “companheiro” fingiu vomitar no prato num restaurante luxuoso, somente para escandalizar os burgueses... que um outro aproximou-se de um lord inglês homossexual, deixou-se fotografar em intimidades e depois utilizou as fotos para chantagear. Quebrou a cara porque o tal Lord apenas comentou sorrindo: “Ficaram lindas!”(as fotografias) e convidou-o para fazer outras mais”.


Gramsci: ética aristotélica e valores devem ser atirados à lata do lixo. Infiltração em todas as áreas e provocar os comportamentos amorais, na contra mão dos costumes conservadores e do respeito. Inverter tudo. E a infiltração está aí, até no exemplo do primeiro (ou será segundo, terceiro, décimo...) mandatário desta republiqueta em que transformaram um Brasil que já tentou ser soberano.


A infiltração nas faculdades está nos computadores do farquista Reyes: os militantes das farc eram enviados para universidades brasileiras e mexicanas, para aliciar jovens militantes. Nesta onda há muitos sumidos das famílias e a polícia não os encontra. Sexo, drogas, Gramsci, palavras chulas e semi analfabetos na universidade, são hoje a regra de ouro, boa para petistas e outros comunistas.

Família, religião (ópio do povo) já estão bastante desmoralizadas. A violência corriqueira, completa o quadro de terrorismo imposto para abrir caminho para os discursos “light” e salvadores. Os capitalistas, os banqueiros, o imperialismo, tudo”direitista”, “nazi-fascista”, “explorador” leva a bronca. Devem ser atirados à “lata de lixo da história”. É o que querem, é o que fazem.


Imagino, agora, (amanhã não sei) que a ausência da prática e consciência política, a falta de manifestação e mecanismos de exigência práticos, perpetua o poder de oligarcas. E que os acadêmicos, formadores de opinião, professores, padres e anexos, estão todos com os olhos cheios de poeira... A democracia não é entendida, nem praticada. É apenas uma utopia.


"Burgueses não pegam na enxada / Burgueses não plantam feijão / E nem se preocupam com nada / Arrasam aos poucos a nação", diz a letra de uma das canções ensinadas aos "sem-terrinha".


A Juventude Revolucionária Oito de Outubro (JR8) é a organização de frente para a atuação do Movimento Revoucionário Oito de Outubro no movimento estudantil. O V Encontro Nacional da JR8 reuniu jovens de vários estados do país na Praia Grande (SP), entre os dias 8 e 11 de abril, para debater temas como conjuntura nacional, movimento estudantil, socialismo, cultura, e eleger a nova Coordenação Nacional da JR8.


Com a palavra de ordem “1, 2, 3, 4, 5 mil, a JR8 é a energia do Brasil”, a juventude reafirmou a bandeira da libertação nacional e a construção do socialismo, e elegeu como coordenador nacional Pedro Campos Pereira.


O novo coordenador da JR8 prestou homenagens a Márcio Cabreira, que deixou a direção da coordenação nacional. “A JR8 que temos hoje é fruto dessa força e dessa capacidade de compromisso com o povo e, muito especialmente, o nosso camarada Márcio representa e sintetiza essas qualidades, a de um revolucionário, de um socialista”.


“A cultura pode tanto atuar pela revolução ou pela conservação das relações sociais”, disse Valério. “Por exemplo, o Império Romano, em relação à cultura, incorporava palavras, culto aos deuses e costumes de outras culturas. Por quê? Porque sabia que quanto mais identificação o dominado tivesse com o dominador, melhor”

Um fato inusitado nunca esclarecido: em maio de 1972, o Consulado da Inglaterra no Rio de Janeiro retirou do país o jovem cidadão inglês Thimothy William Watkin Ross, professor de inglês em um colégio em Santa Teresa, que com o codinome de “Samuca” era militante do MR8, tendo participado de diversas ações armadas.

Antes disso, um diplomata do Consulado havia estado no “aparelho” onde “Samuca” residia, tendo retirado todos os documentos que lá se encontravam, muitos deles já destruídos, levando-os para o Consulado. Esses documentos foram retirados de dentro do Consulado, contra a vontade dos diplomatas, por uma equipe da Inteligência da Força Aérea. Ou seja, um cidadão inglês atuando em um grupo terrorista nacional sob a virtual proteção do Consulado!


A partir de uma profunda autocrítica realizada por esses militantes, no Chile, o MR8, em um Pleno, realizado em dezembro de 1972, abandonou a luta armada, definindo-se pelo trabalho de massa, considerado uma absoluta necessidade histórica. Retemperado pela autocrítica e rejuvenescido pela nova linha política, o MR8 voltaria, no ano seguinte, 1973, às suas atividades no Brasil, gradativamente deixando de ser uma organização guerrilheira e transformando-se em um balcão de negócios. Inicialmente tornando-se a chamada “Juventude do PMDB”, ou seja, a ala esquerda do PMDB, sobrevivendo graças ao auxílio financeiro recebido, durante anos, de um ex-governador de São Paulo, auxílio que permitiu a manutenção, desde então até hoje, de um jornal – “Hora do Povo” – editado às terças e sextas-feiras. (Mídia sem Mascara, Carlos Azambuja).


Assinado por quem já esteve lá.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

RUMO AO CAOS FABRICADO

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Gen. Bda RI Valmir Fonseca AZEVEDO Pereira

Brasília, DF, 10 de novembro de 2008

Já falamos acerca do estado policialesco, cujas tétricas asas se abrem sobre a nossa Pindorâmica Nação, e comentamos sobre as arbitrariedades da Lei Seca e da boçal proibição do consumo de bebidas alcoólicas nas estradas. Draconianas medidas, cujos decantados resultados seriam, igualmente obtidos, caso, antes, houvesse uma mínima fiscalização, de acordo com os padrões normais estipulados para o controle de ingestão alcoólica por parte dos motoristas.


No País da impunidade, os agentes de trânsito tornaram–se a consciência nacional.

Vimos como prender porcos selvagens, pouco a pouco, instalando se, sem alarde, cerca após cerca, até torná-los, nada mais do que um confinado rebanho de dóceis ovelhas.

Assistimos impotentes, às transformações de uma sociedade que poderia representar a verve nacional, num exército de zumbis votantes ao serviço do desgoverno. E ai, de quem ouse insurgir–se.

Lemos que a nossa justiça tem autorizado a instalação de mais de mil grampos por dia, notícia que, certamente, não causará a menor fissura no espírito dos mortos–vivos, mas que cala fundo nos corações e mentes daqueles que percebem o que está acontecendo.

É facílimo imaginar que, entre as justas autorizações para a instalação daqueles artifícios, no sentido de descobrir e penalizar pretensos criminosos, corruptos e corruptores, um número sem conta deve primar pelo caráter ilegal e pelo descumprimento de uma série de normas, como o seu tempo de duração.

Assim, conhecendo-se os gestores dos aparatos policiais de mais alto nível da Nação, podemos aventar, sem medo de cometer perjúrio, que muitos grampos destinam-se a bisbilhotar os inimigos do “regime”.

Considerando-se, ainda, que o dado de mil por dia é o oficial, podemos questionar quanto à veracidade daquele número, e, realmente, admitir que ele possa ser bem maior do que o divulgado.

A cada dia, salta aos olhos, mesmo dos que insistem em olhar apenas para a ponta do próprio nariz, que vivemos às portas de um arremedo de governo, que está decidido a exercer o domínio total sobre a sociedade, através da instrumentalização do poder do aparato estatal.

E os subterfúgios e artimanhas para tanto são de toda ordem, sendo importante destacar a instalação de um clima de contradições estabelecido pelas declarações das autoridades governamentais, a começar pelo nosso loquaz Macunaíma nordestino, sempre pronto, a pronunciar–se, abestalhadamente, sobre qualquer coisa ou assunto, para depois, descarada e malandramente, contradizer–se ao sabor de seus interesses.

O clima de confusão fabricada é exacerbado pelo fomento de dicotomias e arestas entre os segmentos sociais. As discussões sobre a Lei da Anistia que o digam.

Contando com a mídia parcial e atrelada aos seus interesses, assistimos ao surgimento de excrescências territoriais como os Mega–Latifúndios Indígenas de Roraima, agora ombreados por obra e graça dos agentes dissociativos, pelos Mega–Latifúndios Quilombolas.

Assim, “la nave va”.

Sem a menor reação, foi criado o dia das vítimas da tortura; prosseguiram as concessões de Bolsa – Anistia; reavivaram–se os salamaleques para os ditadores e assassinos de Cuba; a Venezuela, o Paraguai, o Equador e a Bolívia desdobram–se em tripudiar sobre ao Brasil.

E nós, “os bonitões”, nem estamos ai.

Os otimistas afirmam que o resultado das eleições para a Prefeitura de São Paulo mostrou ao molusco e caterva que eles não estão com a bola toda. Ledo engano. Incautos, focam o miúdo e não analisam o conjunto da obra.

Os “petralhas” e a base aliada dominaram mais de 72 % do eleitorado, ou seja, uma maioria significativa subordinou–se às cantilenas e aos chamados lulo–petistas.

Dominando o ensino, os sindicatos, o funcionalismo, que recebe mais do que os empregados das empresas privadas; insuflando greves e abonando aos banqueiros, o nosso governo segue impávido, como se nada mais importasse. O fim justifica os meios.

Assim, “a lula va. Sempre alhures, comandando de longe, como um profissional que maneja os cordões das marionetes.

Destarte, como maquiavelicamente planejado, caminhamos para o caos, até que o Estado, ou melhor, o esperto Governo, impelido pelo dever de pôr ordem na casa, venha a exercer, de fato, o domínio do Estado sobre a sociedade.

E pronto. Como um passe de mágica, eis que, ao abrirmos os olhos, estaremos atolados no velho comunismo.

A marola agora é diarréia

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Por Paulo Carvalho Espíndola, Cel Reformado

Ternuma Regional Brasília

www.ternuma.com.br


Quando as coisas passam dos limites, não há nada que possa conter as conseqüências das coisas. Por isso me atrevo a expor a figura do supremo mandatário do Brasil, assim como me passam que ele é. Não criei essa foto e, muito menos, fiz qualquer edição que pudesse forjá-la ou deturpá-la. Ela é verdadeira e corre pela Internet. Só têm acesso a ela os que pagam impostos, trabalham e ainda têm algum dinheiro para ver a vida como ela é, na rede mundial, sem precisar de bolsas e outras esmolas dele.


A marola agora é diarréia. A sua incontinência verbal é cada vez mais acintosa.


Os bajuladores presentes no lançamento do “Fundo Setorial do Audiovisual”, iniciativa da qual não percebo qualquer serventia, fartaram-se de rir e de puxasaquismo. Não sei se riram do presidente ou de nós, que vamos pagar por mais uma agressão aos nossos bolsos.


Em minha opinião, a melhor medida de Fernando Collor de Mello foi a de acabar com a EMBRAFILME, que vivia a expensas de recursos públicos para fazer filmes pornográficos e de conteúdo político, sob o viés da esquerda. Até o sexo era político. Hoje, outros incentivos à cultura promovem a mesma mesmice, como se não tivéssemos outros valores. Enfim, carreiras de pó e indecorosidades só têm a ver com esse tipo de intelectuais e artistas que impingem a todos nós os padrões da “cultura” afro-ipanemense-do-baixoleblon. È essa gente que se veste de branco para pedir paz, mesmo que com ressaca pelo muito pó e muito fumo, enquanto a violência se espalha por obra e graça do submundo sustentado por ela. Isso, no entanto, é outro assunto.


Estavam lá no lançamento do “Fundo Setorial do Áudio Visual” figuras de proa. Pensando bem, estavam felizes porque vão receber recursos para os seus bostejos e “cultura”, ao estilo do petismo. O país é rico e pode dar-se ao luxo de sustentar essas “prioridades”.


Aproveitou-se Lula desse evento de “suma importância” para mudar o seu discurso acerca da crise financeira. Não é mais marola; agora é diarréia a crise financeira.


Pode até ser. Podemos, mesmo, atolar num lamaçal fétido.


Nem tudo está perdido, entretanto, contribuintes brasileiros! O “Dom Quixote” Lula, como ele se diz, prega otimismo e jura lutar contra tudo e contra todos para esconjurar os perigos. Não sei. Possivelmente, apagando incêndios com os copos que não lhe faltam. Cuidado, é o que lhe peço, pois alguns deles podem atiçar o fogo.


Marola ou diarréia, não importa. O problema é que o nosso rumo está em mãos delirantes e, mesmo, diarréicas. Se a incontinência presidencial for só retórica, tudo bem. O pior será se o Palácio do Planalto for inundado por incontinência de outra ordem.


À matroca, ou à deriva, dizem os marinheiros, é como me parecem as coisas.


Fétida essa marola, não é Lula?

GOVERNO INSISTE NO GENOCÍDIO LENTO E SILENTE DOS APOSENTADOS

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Luiz A. Góes


Tenho que dar um conselho a todos: nunca se aposentem, ou pelo menos agüentem firme sem se aposentarem enquanto puderem, porque está demonstrado que os governos ditos "democráticos" do Brasil, particularmente o atual, estão mesmo a fim de acabar com os aposentados, matando-os de fome e impossibilitando que se tratem quando adoecerem.


O esforço que o atual (des) governo faz para impedir que os aposentados pelo menos deixem de perder os direitos – pelos quais trabalharam toda a vida – nada pedem além do que aquilo que lhes pertence – chega a ser "comovente", para usar uma palavra amena.


Não podendo impedir a aprovação dos projetos em andamento para pelo menos tentar devolver uma parte dos ditos direitos aos aposentados, depois de tudo o que lhes tem sido roubado ao longo dos anos, o "magnífico retirante" deu a ordem: engavetem esses projetos. E a turma da tal "base" – um verdadeiro "baseado" – vai obedecer, porque estão mais do que drogados pelas benesses e favores que lhes são reservados em substituição ao mensalão.


Mas, não contente com essa tunga continuada, de repente o "magnífico retirante" ficou com pressa para aprovar uma reforma tributária que apenas aumenta ainda mais a balbúrdia fiscal brasileira, além, é claro – quem poderia esperar outra coisa? – de acrescentar mais um grande imposto de âmbito federal ao já numeroso elenco deles, o que vai seguramente resultar em aumento ainda maior da carga tributária.


Em artigo reproduzido a seguir, que me foi gentilmente enviado por um de meus correspondentes internautas, o tributarista Ives Gandra Martins analisa de modo sucinto, mas brilhante, essa ‘reforma’, que melhor se poderia chamar de maracutáia tributária proposta pelo insigne (des) governante. Talvez esteja com pressa para ter como arrancar mais grana do povo, particularmente das classes que trabalham, prevendo que a tal "marolinha" vai fazer estragos muito grandes justamente em seus últimos dois anos e ameaçar o "brilho" de sua imagem para as próximas eleições. Sim, porque alguém duvida que ele tenha a intenção de ficar? De insigne (des) governante vai ser promovido a insigne ficante.


E para ficar quer fazer uma reforma política de última hora, a qual, como bem tem advertido o jornalista Carlos Chagas, terá como ponto central "mudar o regime", acabando com a reeleição e estabelecendo mandatos mais longos para presidente, governadores e prefeitos – mudança essa que permitirá a invenção da "apagatória", ou seja, a legislação que apagará tudo o que ficou para trás e permitirá a todos, particular e principalmente ao insigne ficante, concorrer sem qualquer problema porque afinal "o regime mudou".


Cada insigne ficante tenta resolver o problema a seu modo. O Chávez, na Venezuela, está de novo tentando perpetuar-se no poder, com outras maracutáias pseudo-eleitorais. O insigne ficante vai tentar ao seu modo no Brasil, com essa "reforma política", perdão, maracutáia política. Aposto que combinaram que o que for bem sucedido ensinará ao outro como fazer o truque, perdão mais uma vez, dar o golpe "de mestre".


Quem viver verá. Os aposentados, nesse ponto, levam alguma vantagem, porque muitos já terão partido para melhor quando essas coisas aconteceram, já que estão chegando ao fim das suas picadas. Essa é, seguramente, a única vantagem que ainda têm e que ninguém, nem mesmo o insigne ficante, pode lhes tirar.

PERDEM-SE NO VAZIO

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José de Araújo Madeiro

Cirurgião Torácico


Vimos o presidente ontem falando para um forte grupo de empresários, sobre a crise do capital especulativo, até com dados que não tínhamos conhecimentos. É óbvio que esse está bem treinado, não só pelos folhetos de Gramsci do Foro de São Paulo, como pelos marqueteiros de plantão, a custa do suor da classe média e dos seus pesados tributos.

Ora o povão gosta de utopias. Também os empresários de fachada, ganhadores de dinheiro fácil. O cerne da questão fica sepultado no inconsciente das massas febris e que sufragam votos sem objetivos. Só que o povão em nada avança e não passa da conotação de Zé Povinho e os empresários sem nacionalismo se afogam em lagos de papel pintado.

Na essência, o discurso do títere ajusta-se às expectativas dos ouvintes, recheado de aplausos e que nada produz de concreto, o seja na construção da verdadeira riqueza e que promova o bem estar necessário e esperado. Riqueza em bens matérias e não moeda ou ações flutuantes, que não passam de papéis podres a forjar poder para alguns e a disseminar a miséria para todas camadas da população. Tendo a classe média como pode expiatório a ser depauperada e nivelada por baixo.


Então a eloqüência do presidente perde-se na acidez da crítica e da resolutividade que se impera. O discurso deve resultar em ações, se isto não vem acontecendo, há seis anos, perdendo-se no vazio e a utopia permanece como amálgama de esperanças dos ingênuos que não passam de massa de manobra.


Pelos dados até por ele apresentados, observamos e tomamos consciência de que o PIB mundial é de U$ 65 bilhões. O volume de moeda circulante é de U$ 650 bilhões. Então temos, desgraçadamente, 90% de papel-moeda, sem futuro, correndo pelo mundo afora a socorrer a economia das nações. Pelas estimativas, o PIB dos Estados Unidos está hoje na ordem de 10 trilhões de dólares. O dólar, como a principal moeda mundial, temos em torno de 40 trilhões. São, portanto, 30 trilhões de dólares que de nada servem a não ser para o lixão e para incineração. A especulação degrada o mundo e este se expõe a um severo risco de uma catástrofe mundial. Havendo até previsões pessimistas de uma guerra mundial e sem precedentes, a dita Guerra Assimétrica.


O mundo precisa de novas lideranças e de novos rumos. De líderes que estejam sintonizados e decididos com as demandas mundiais e somente com as premências imediatas dos seus povos e não envoltos de corrupções e de engodos, que são envernizados a pinceladas de marqueteiros e de uma mídia amestrada. Precisamos de horizontes e não de utopias ou ideologias. De trabalho e soluções, não de conversas e promessas. De autênticos líderes e não de mentirosos utopistas.


Para ordem interna da nação brasileira, a lábia do presidente é muito hábil e de tamanha enganação. Na frenética busca de votos para Dilma Rouseff, volta a conectar o PAC que não até hoje não sai do papel, com a crise mundial do capital especulativo. Fala em vender automóveis, de longas prestações e parcelas degustáveis pelo povão, enquanto a nação padece de boas e seguras estradas e de meios de transportes coletivos que tornem as cidades brasileiras menos congestas e menos poluídas. Vejamos as filas quilométricas de automóveis nas grandes cidades, quando o povão precisa se locomover para trabalhar e não ficar estancados por longas horas e filas nas cidades, sem alternativas e expostos a assaltos e à improdutividade.


Infelizmente, são palavras vazias que servem para receber aplausos, para transbordarem especulações, mas que no fundo se perdem no vazio.

Onde está Wally? Santa Catarina inteira quer saber: onde está Wally?

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Félix Maier

26/11/2008


http://www.dominiocultural.com/index.php


Afinal, onde está Wally?


Tomando caipirinha na Granja do Torto?


Fazendo turismo no Air Force 51, vulgo Aerolula?


Encomendando outro terno Armani ao seu alfaiate?


Cumprimentando o presidente do Corinthians pela volta do timão à Primeira Divisão?


Dando beijinhos nas crianças na Esplanada dos Ministérios, fantasiado de Papai Noel?


Assando um coelhinho no apartamento de cobertura em São Bernardo do Campo?


Reunindo 37 ministros no Palácio da Alvorada para falar abobrinha?


Pedindo para redigir outro discurso sobre o pré-sal, depois que outro poço de petróleo foi descoberto lá no fundão do Oceano, no além-sal, do outro lado do mundo, a 12.000 km de profundidade, cujas sondas estão fazendo "cosquinha" nos calcanhares dos japoneses?


Lendo o livro de Larry Rohter, Deu no New York Times, que trata das estripulias do Babalorixá de Banânia, que criou um tornado dentro de um copo de cachaça, querendo expulsar um jornalista americano?


Viajando a Cuba para entregar outros milhões de dólares ao dileto amigo Fidel Castro, junto das toneladas de arroz enviadas para aquele país, depois dos furacões que mataram 8 pessoas (em SC, já são mais de 100 mortos)?


Falando ao telefone com o presidente do Equador, "na posição em que Napoleão perdeu a guerra", aceitando mais um calote no BNDES?


Mandando uma mensagem de felicitações a Hugo Chávez, pelas manobras militares que a Venezuela fará com navios russos no Mar do Caribe, para irritar os norte-americanos?


Depois da calamidade climática, Santa Catarina inteira quer saber: onde está Wally?

DETURPAÇÃO OFICIAL DA HISTÓRIA

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No país do presidente que não sabe nada de História, igualmente os jovens e crianças de hoje são doutrinados pela esquerda e serão adultos mal informados e papagaios das mentiras que vêm aprendendo. Vejam como é que este site de educação Federal (CEFET-SP - Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo) ensina sobre João Cândido e sobre Che Guevara - só para citar dois exemplos. Assim fica difícil esperar que os adultos do futuro tragam conhecimento, cultura e esperança de liberdade para o país em que viverão...

A REVOLTA DA CHIBATA

http://www.brazilkids.org/novidades4.html



O Congresso brasileiro restabeleceu, no mês de agosto de 2003, os direitos de todos os marinheiros envolvidos na chamada "Revolta da Chibata", ocorrida em 1910. O decreto devolve aos marinheiros suas patentes, permitindo que recebam na Justiça os valores a que teriam direito se tivessem permanecido na ativa. Após 93 anos, resgata-se a memória dos marujos, especialmente do líder da Revolta, João Cândido Felisberto, o "Almirante Negro".


Para entender a história de João Cândido e da Revolta da Chibata - uma das poucas revoltas populares que atingiu seus objetivos no Brasil - é preciso voltar a 1910. Neste ano, no meio de uma grande instabilidade política, o militar Hermes da Fonseca é eleito para a presidência.


Na noite do dia 22 de novembro de 1910, o novo presidente recebe a notícia: os canhões de alguns dos principais navios de guerra da Marinha Brasileira – neste momento ancorados em frente à cidade, na Baía de Guanabara - apontam para a capital do Rio de Janeiro e para o próprio palácio de governo. As tripulações se rebelaram e tomaram os principais navios da frota.



Três oficiais e o comandante do encouraçado Minas Gerais, João Batista das Neves, estão mortos. Os demais oficiais são pegos de surpresa: os marinheiros manobram a frota exemplarmente, como não acontecia sob seu comando. O movimento, articulado por marinheiros como Francisco Dias Martins, o "Mão Negra" e os cabos Gregório e Avelino, tem como seu porta-voz o timoneiro João Cândido.


A última chicotada

Os motivos principais da Revolta eram simples: o descontentamento com os baixos soldos, a alimentação de má qualidade e, principalmente, os humilhantes castigos corporais. Estes haviam sido abolidos no começo do século, acompanhando o final da escravidão, sendo depois reativados pela Marinha como forma de manter a disciplina a bordo.


No Minas Gerais, por exemplo, no dia da Revolta, o marinheiro Marcelino Menezes é chicoteado como um escravo por oficiais, à frente de toda a tripulação. Segundo jornais da época, recebe 250 chibatadas. Desmaia, mas o castigo continua. O movimento então eclode. João Cândido no primeiro momento não está presente. No calor da luta, são mortos os oficiais presentes no navio, o que terá conseqüências trágicas para os revoltosos.


Além do Minas Gerais, os marinheiros tomam os navios Bahia, São Paulo, Deodoro, Timbira e Tamoio. Hasteiam bandeiras vermelhas e um pavilhão: "Ordem e Liberdade". A frota inclui mais de 80 canhões, que são apontados para a cidade. Alguns tiros de aviso chegam a ser disparados. Os marujos enviam um radiograma, onde apresentam ao governo suas exigências: querem o fim efetivo dos castigos corporais; o perdão por sua ação e que melhorem suas condições de trabalho.

A Marinha quer punir a insubordinação e a morte dos oficiais. O governo, contudo, cede. A ameaça à cidade e ao poder de Hermes da Fonseca são reais. Aprovam-se então medidas que acabam com as chibatadas e também um projeto que anistia os amotinados. Depois de cinco dias, a revolta termina vitoriosa.


A despedida do marinheiro


Os marinheiros, em festa, entregam os navios. O uso da chibata como norma de punição disciplinar na Marinha de Guerra do Brasil finalmente está extinto.

Logo, no entanto, o governo trai a anistia. Os marinheiros começam a ser perseguidos. Surgem notícias de uma nova revolta, desta vez no quartel da Ilha das Cobras. O governo recebe plenos poderes do Congresso para agir. A ilha é cercada e bombardeada.


Cerca de 100 marinheiros são presos e mandados, nos porões do navio "Satélite" - misturados a ladrões, prostitutas e desocupados recolhidos pela polícia para "limpar" a capital - para trabalhos forçados na Comissão Rondon, ou simplesmente para serem abandonados na Floresta Amazônica. Na lista de seus nomes, entregue ao comandante do "Satélite", alguns estão marcados por uma cruz vermelha. São os que morrerão fuzilados e, depois, serão jogados ao mar.



João Cândido, embora não tenha participado do novo levante, também é preso e enviado para a prisão subterrânea da Ilha das Cobras, na noite de Natal de 1910, com mais 17 companheiros. Os 18 presos foram jogados em uma cela recém-lavada com água e cal. A cela ficava em um túnel subterrâneo, do qual era separada por um portão de ferro. Fechava-a ainda grossa porta de madeira, dotada de minúsculo respiradouro. O comandante do Batalhão Naval, capitão-de-fragata Marques da Rocha, por razões que ninguém sabe ao certo, levou consigo as chaves da cela e foi passar a noite de Natal no Clube Naval, embora residisse na ilha.


A falta de ventilação, a poeira da cal, o calor, a sede começaram a sufocar os presos, cujos gritos chamaram a atenção da guarda na madrugada de Natal. Por falta das chaves, o carcereiro não podia entrar na cela. Marques da Rocha só chegou à ilha às oito horas da manhã. Ao serem abertos os dois portões da solitária, só dois presos sobreviviam, João Cândido e o soldado naval João Avelino. O Natal dos demais fora paixão e morte.


O médico da Marinha, no entanto, diagnosticou a causa da morte como sendo "insolação". Marques da Rocha foi absolvido em Conselho de Guerra, promovido a capitão-de mar-e-guerra e recebido em jantar pelo presidente da República.


João Cândido continuou na prisão, às voltas com os fantasmas da noite de terror. O jornalista Edmar Morel (1979, p. 182) registrou assim seu depoimento pessoal: "Depois da retirada dos cadáveres, comecei a ouvir gemidos dos meus companheiros mortos, quando não via os infelizes, em agonia, gritando desesperadamente, rolando pelo chão de barro úmido e envoltos em verdadeiras nuvens da cal. A cena dantesca jamais saiu dos meus olhos.


Atormentado pela lembrança dos companheiros mortos, João Cândido é algum tempo depois internado em um hospício.


Perto do mar, as "pedras pisadas do cais"


Aos poucos, ele se restabelece. É solto e expulso da Marinha. Os navios mercantes não o aceitam: nenhum comandante quer por perto um ex-presidiário, agitador, negro, pobre e talvez doido. João Cândido continuará contudo perto do mar, até morrer, em 1969, aos 89 anos de idade, como simples vendedor de peixe.


Os que fizeram a Revolta da Chibata morreram ou foram presos, desmoralizados e destruídos. Seu líder terminou sem patente militar, sem aposentadoria e semi-ignorado pela História oficial. No entanto, o belíssimo samba "O Mestre-Sala dos Mares", de João Bosco e Aldir Blanc, composto nos anos 70, imortalizou João Cândido e a Revolta da Chibata. Como diz a música, seu monumento estará para sempre "nas pedras pisadas do cais". A mensagem de coragem e liberdade do "Almirante Negro" e seus companheiros resiste.


HOMENAGEM DE JOÃO BOSCO E ALDIR BLANC À "REVOLTA DA CHIBATA"


Sobre a censura à música, o compositor Aldir Blanc conta: "Tivemos diversos problemas com a censura. Ouvimos ameaças veladas de que a Marinha não toleraria loas e um marinheiro que quebrou a hierarquia e matou oficiais, etc. Fomos várias vezes censurados, apesar das mudanças que fazíamos, tentando não mutilar o que considerávamos as idéias principais da letra. Minha última ida ao Departamento de Censura, então funcionando no Palácio do Catete, me marcou profundamente. Um sujeito, bancando o durão, (...) mãos na cintura, eu sentado numa cadeira e ele de pé, com a coronha da arma no coldre há uns três centímetros do meu nariz. Aí, um outro, bancando o "bonzinho", disse mais ou menos o seguinte:


  • Vocês não então entendendo... Estão trocando as palavras como revolta, sangue, etc. e não é aí que a coisa tá pegando...
  • Eu, claro, perguntei educadamente se ele poderia me esclarecer melhor. E, como se tivesse levado um "telefone" nos tímpanos, ouvi, estarrecido a resposta, em voz mais baixa, gutural, cheia de mistério, como quem dá uma dica perigosa:

- O problema é essa história de negro, negro, negro..."


MÚSICA DE JOÃO BOSCO E ALDIR BLANCI EM HOMENAGEM A REVOLTA DA CHIBATA


Mestre-Sala dos Mares", de João Bosco e Aldir Blanc, composto nos anos 70, imortalizou João Cândido e a Revolta da Chibata. Como diz a música, seu monumento estará para sempre "nas pedras pisadas do cais". A mensagem de coragem e liberdade do "Almirante Negro" e seus companheiros resiste.

Mestre Sala dos Mares

(João Bosco / Aldir Blanc)

(letra original sem censura)

Há muito tempo nas águas da Guanabara

O dragão do mar reapareceu

Na figura de um bravo marinheiro

A quem a história não esqueceu

Conhecido como o almirante negro

Tinha a dignidade de um mestre sala

E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas

Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas

Jovens polacas e por batalhões de mulatas

Rubras cascatas jorravam das costas

dos negros pelas pontas das chibatas

Inundando o coração de toda tripulação

Que a exemplo do marinheiro gritava então

Glória aos piratas, às mulatas, às sereias

Glória à farofa, à cachaça, às baleias

Glória a todas as lutas inglórias

Que através da nossa história

Não esquecemos jamais

Salve o almirante negro

Que tem por monumento

As pedras pisadas do cais

Mas faz muito tempo

O Mestre Sala dos Mares

(João Bosco / Aldir Blanc)

(letra após censura durante ditadura militar)

Há muito tempo nas águas da Guanabara

O dragão do mar reapareceu

Na figura de um bravo feiticeiro

A quem a história não esqueceu

Conhecido como o navegante negro

Tinha a dignidade de um mestre sala

E ao acenar pelo mar na alegria das regatas

Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas

Jovens polacas e por batalhões de mulatas

Rubras cascatas jorravam das costas

dos santos entre cantos e chibatas

Inundando o coração do pessoal do porão

Que a exemplo do feiticeiro gritava então

Glória aos piratas, às mulatas, às sereias

Glória à farofa, à cachaça, às baleias

Glória a todas as lutas inglórias

Que através da nossa história

Não esquecemos jamais

Salve o navegante negro

Que tem por monumento

As pedras pisadas do cais

Mas faz muito tempo



Ernesto Guevara (Che Guevara)


Ernesto Guevara nasce em 14 de junho de 1928 na cidade de Rosário, foi o primeiro dos cincos filhos do casal Ernesto Lynch e Celia de la Serna y Llosa. Sua mãe foi a principal responsável por sua formação porque, mesmo sendo católica, mantinha em casa um ambiente de esquerda e sempre estava cercada por mulheres politizadas.



Desde pequeno, Ernestito - como era chamado - sofria ataques de asma e por essa razão, aos 12 anos, se mudou com a família para as serras de Córdoba, onde morou perto de uma favela. A discriminação para com os mais pobres era comum à classe média argentina, porém Che não se importava e fez várias amizades com os favelados. Estudou grande parte do ensino fundamental em casa com sua mãe. Na biblioteca de sua casa - que reunia cerca de 3000 livros - havia obras de Marx, Engels e Lenin, com os quais se familiarizou em sua adolescência.

Em 1947, Ernesto entra na Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires, motivado em primeiro lugar por sua própria doença, desenvolvendo logo um especial interesse pela lepra.



Em 1952, realiza uma longa jornada pela América do Sul com o melhor amigo, Alberto Granado, percorrendo 10.000 km em uma moto Norton 500, apelidada de 'La Poderosa'. Observam, se interessam por tudo, analisam a realidade com olho crítico e pensamento profundo. Os oito meses dessa viagem marcam a ruptura de Guevara com os laços nacionalistas e dela se origina um diário. Aliás, escrever diários torna-se um hábito para o argentino, cultivado até a sua morte.



No Peru, trabalhou com leprosos e resolveu se tornar um especialista no tratamento da doença. Che saiu dessa viagem chocado com a pobreza e a injustiça social que encontrou ao longo do caminho e se identificou com a luta dos camponeses por uma vida melhor. Mais tarde voltou à Argentina onde completou seus estudos em medicina. Foi convocado para o exército, porém, no momento estava incompatibilizado com a ideologia peronista. Não admitia ter de defender um governo autoritário. Portanto, no dia da inspeção médica, tomou um banho gelado antes de sair de casa e na hora do exame teve um ataque de asma. Foi considerado inapto e dispensado.



Já envolvido com a política, em 1953 viajou para a Bolívia e depois seguiu para Guatemala com seu novo amigo Ricardo Rojo. Foi lá que Guevara conheceu sua futura esposa, a peruana Hilda Gadea Acosta e Ñico Lopez, que, futuramente, o apresentaria a Raúl Castro no México.



Na Guatemala, Arbenz Guzmán, o presidente esquerdista moderado, comandava uma ousada reforma agrária. Porém, os EUA, descontentes com tal ato que tiraria terras improdutivas de suas empresas concedendo-as aos famintos camponeses, planejou um golpe bem sucedido colocando no governo uma ditadura militar manipulada pelos yankees. Che ficou inconformado com a facilidade norte-americana de dominar o país e com a apatia dos guatemaltecos. A partir desse momento, se convenceu da necessidade de tomar a iniciativa contra o cruel imperialismo.



Com o clima tenso na Guatemala e perseguido pela ditadura, Che foi para o México. Alguns relatos dizem que corria risco de vida no território guatemalteco, mas essa ida ao México já estava planejada. Lá lecionava em uma universidade e trabalhava no Hospital Geral da Cidade do México, onde reencontrou Ñico Lopez, que o levou para conhecer Raúl Castro. Raúl, que se encontrava refugiado no México após a fracassada revolução em Cuba em 1953, se tornou rapidamente amigo de Che. Depois, Raúl apresentou Che a seu irmão mais velho Fidel que, do mesmo modo, tornou-se amigo instantaneamente. Tiveram a famosa conversa de uma noite inteira onde debateram sobre política mundial e, ao final, estava acertada a participação de Che no grupo revolucionário que tentaria tomar o poder em Cuba.



A partir desse momento começaram a treinar táticas de guerrilha e operações de fuga e ataque. Em 25 de novembro de 1956 os revolucionários desembarcam em Cuba e se refugiam na Sierra Maestra, de onde comandam o exército rebelde na bem-sucedida guerrilha que derrubou o governo de Fulgêncio Batista. Depois da vitória, em 1959, Che torna-se cidadão cubano e vira o segundo homem mais poderoso de Cuba. Marxista-leninista convicto, é apontado por especialistas como o responsável pela adesão de Fidel ao bloco soviético e pelo confronto do novo governo com os Estados Unidos.



Guevara queria levar o comunismo a toda a América Latina e acreditava apaixonadamente na necessidade do apoio cubano aos movimentos guerrilheiros da região e também da África. Da revolução em Cuba até sua morte, amargou três mal-sucedidas expedições guerrilheiras. A primeira na Argentina, em 1964, quando seu grupo foi descoberto e a maioria morta ou capturada. A segunda, um ano depois de fugir da Argentina, no antigo Congo Belga, mais tarde Zaire e atualmente República Democrática do Congo. E por fim na Bolívia, onde acabaria executado.



Sem a barba e a boina tradicionais, disfarçado de economista uruguaio, Che Guevara entrou na Bolívia em novembro de 1966. A ele se juntaram 50 guerrilheiros cubanos, bolivianos, argentinos e peruanos, numa base num deserto do Sudeste do país. Seu plano era treinar guerrilheiros de vários países para começar uma revolução continental.



Guevara foi capturado em 8 de outubro de 1967. Passou a noite numa escola de La Higuera, a 50 quilômetros de Vallegrande, e, no dia seguinte, por ordem do presidente da Bolívia, general René Barrientos, foi executado com nove tiros numa escola na aldeia de La Higuera, no centro-sul da Bolívia, no dia seguinte à sua captura pelos rangers do Exército boliviano, treinados pelos Estados Unidos.



Sua morte, no dia 9 de outubro de 1967, aos 39 anos, interrompeu o sonho de estender a Revolução Cubana à América Latina, mas não impediu que seus ideais continuassem a gozar de popularidade entre as esquerdas.



Os boatos que cercaram a execução de Che Guevara levantaram dúvidas sobre a identidade do guerrilheiro. A confusão culminou no desaparecimento dos seus restos mortais, encontrados apenas em 1997, quando o mundo recordava os trinta anos de sua morte, sob o terreno do aeroporto de Vallegrande. O corpo estava sem as mãos, amputadas para reconhecimento poucos dias depois da morte, e contrabandeadas para Cuba.



Em 17 de outubro de 1997, Che foi enterrado com pompas na cidade cubana de Santa Clara (onde liderou uma batalha decisiva para a derrubada de Batista), com a presença da família e de Fidel. Embora seus ideais sejam românticos aos olhos de um mundo globalizado, ele se transformou num ícone na história das revoluções do século XX e num exemplo de coerência política. Sua morte determinou o nascimento de um mito, até hoje símbolo de resistência para os países latino-americanos.