sexta-feira, outubro 19, 2007

Obra Prima, Irrefutável e Profética

Banditismo e revolução
Por Olavo de Carvalho, de Washington DC
16/07/2006
http://www.dcomercio.com.br/noticias_online/638763.htm


Um porta-voz do Exército, por telefone, informou ao Diário do Comércio , e prometeu confirmar oficialmente, que a carta publicada no Alerta Total , aqui comentada no artigo anterior, não é autêntica ou pelo menos não partiu dos comandantes militares. Eu deveria portanto escrever ao editor daquele site, Jorge Serrão, reclamando de ele me fazer gastar neurônios à toa com a análise de um documento forjado. Se não o faço, é porque não considero que o meu esforço tenha sido tempo perdido.

Se os comandantes não escreveram a carta, alguém a escreveu em lugar deles e, espalhando-a pela internet até chegar ao Alerta Total, conseguiu lhe dar tão ampla divulgação que dezenas de leitores, perplexos, me enviaram cópias dela, pedindo que a comentasse. Não é preciso ser muito esperto para perceber que esse fato é tão significativo do presente estado de coisas quanto o seria o próprio documento, se autêntico. Também, quem quer que leia o meu artigo com atenção notará que a análise de significado, ali empreendida, enfocou apenas o texto em si, sem entrar no mérito dos objetivos políticos visados pelos seus presumidos autores. O resultado da análise, pois, permanece intacto a despeito da revelação da falsa autoria. Esse resultado, caso o leitor não se recorde, consistiu na afirmativa de que os remetentes da carta, que eu então acreditava serem os comandantes militares, transmitiam nela uma idéia atenuada da situação presente, raciocinando segundo uma falsa analogia com os tempos finais do governo Goulart e escamoteando o poderio e a agressividade infinitamente maiores da esquerda revolucionária hoje em dia. Não há o que mudar nessa conclusão. Só o que é preciso fazer agora é ampliar a análise levando em conta o desmentido da autoria e colocando o documento no seu efetivo contexto político. E aí a coisa fica ainda mais interessante.
PREPARAÇÃO DOS ESPÍRITOS

Se algum anônimo tentou dar a impressão de que o primeiro escalão militar estava preocupado com as ligações entre a atual corrupção no governo e as velhas maquinações revolucionárias da esquerda continental, mas quis fazer isso sem dar com a língua nos dentes quanto ao agravamento dramático da situação entre 1964 e agora, está claro que o objetivo do farsante foi atrair a atenção do público para uma possível e talvez genuína irritação militar com o governo, mas abafando, ao mesmo tempo, os motivos que a tornariam ainda mais justa e razoável. Ora, que raio de coisa é isso senão desinformação alarmista, preparação dos espíritos para que se encham de hostilidade profilática contra um golpe militar que não está sendo tramado de maneira alguma? E para que haveria alguém de alertar contra uma trama golpista inexistente, senão para dar preventivamente ares de contragolpe a alguma trama existente?


FALA CASTRENSE

A pergunta revela-se ainda mais pertinente quando se considera que todo golpe é contra alguma coisa e que, para descobrir quais tendências golpistas podem existir dentro de um grupo social, basta saber contra quem se fala usualmente nesse grupo. Se tomarmos as declarações oficiais dos srs. comandantes, os exemplares da revista da Escola Superior de Guerra (Defesa Nacional) e os discursos pronunciados nos clubes militares como amostras significativas do pensamento castrense, notaremos que nesse meio só se fala contra três coisas: 1.) o baixo orçamento das Forças Armadas (e a conseqüente míngua dos soldos militares); 2.) a corrupção dos políticos; 3.) a "cobiça internacional" (subentende-se: americana). Com exceção de pequenos grupos de oficiais da reserva que representam antes o passado do que o presente, e que a meu ver são o que de melhor e mais quixotesco ainda resta nas Forças Armadas, em parte alguma do meio militar se ouve ou se lê uma só palavra contra o Foro de São Paulo, contra o esquema revolucionário continental, contra Fidel Castro ou contra Hugo Chávez. Quem quer que, hoje, tentasse unir num empreendimento golpista a classe militar, teria enorme dificuldade de fazê-lo em nome do anticomunismo de 1964.

Desaparelhados para compreender a ameaça comunista desde que o governo Sarney retirou a disciplina de "guerra revolucionária" do currículo das escolas militares, castrados coletivamente por um sistema de promoções que favorece antes os burocratas bem comportadinhos do que os verdadeiros líderes, desmoralizados, atemorizados e esgotados pela hostilidade da mídia inteira, os militares brasileiros, hoje, anseiam mais por um sorriso paternal da esquerda triunfante do que por uma oportunidade de lutar contra ela. Iniciativas golpistas podem florescer, é claro, alimentadas pelo caos em torno. Mas não se voltarão, como em 1964, contra o comunismo internacional, mesmo que este seja hoje muito mais perigoso, mais forte e mais agressivo que o daquela época.


IDEOLOGIA MILITAR


O levante militar de 1964 refletiu uma cultura impregnada de conservadorismo cristão e anticomunismo tradicional – raízes que foram extirpadas da mentalidade nacional por quarenta anos de revolução cultural gramsciana. A "ideologia militar" subsistente compõe-se de moralismo politicamente neutro, ressentimento corporativo e nacionalismo: desses três fatores, nenhum é intrinsecamente anti-esquerdista e os três podem ser absorvidos e instrumentalizados pela estratégia da esquerda. Podem ser, não: já estão sendo, e há bastante tempo. Quem viu, como eu, centenas de oficiais brasileiros inflamados de entusiasmo lulista quando da visita do candidato do PT ao Clube da Aeronáutica logo antes da eleição de 2002, sabe que as Forças Armadas brasileiras já não são as de antigamente. Em 1964, a tendência do espírito militar era exagerar o perigo comunista, o qual nem era tão ameaçador quanto ele próprio se alardeava, se tivermos em vista a facilidade incruenta com que em seguida se desmantelou da noite para o dia o esquema subversivo de João Goulart; hoje, quando esse perigo é incomparavelmente maior, a tendência é minimizá-lo ao ponto de o tornar invisível – e quem conhece a importância estratégica que Antonio Gramsci dava à invisibilidade sabe que isso é a melhor colaboração que o esquema comunista continental poderia receber.


Há ainda outro aspecto que deve ser levado em conta. Ao longo de trinta anos ou mais, a esquerda fez tudo o que podia para favorecer a ascensão do banditismo: ensinou técnicas de guerrilha urbana aos delinqüentes presos na Ilha Grande, integrou quadrilhas de criminosos no esquema do Foro de São Paulo; cultivou com devoção fiel a fantasia ideológica que desculpa o criminoso e inculpa a sociedade; promoveu líderes do narcotráfico à condição de "líderes comunitários" e "intelectuais populares"; glamurizou as drogas como meio de "libertação psicológica"; promoveu o massacre moral da polícia através da mídia, do show business e das escolas, ao ponto de tornar os policiais uma classe inibida e atemorizada, persuadida de que o cumprimento fiel das suas funções legais só lhe trará novas perseguições e punições; debilitou o senso moral dos formadores de opinião por meio de engodos acadêmicos como o multiculturalismo, o relativismo, a maliciosa exploração psicológica das frustrações raciais e sexuais das minorias; garantiu a impunidade para os delinqüentes menores de idade; promoveu por todos os meios a desmoralização do direito de propriedade; e por fim diminuiu as penas para os crimes hediondos. Sua ação no sentido de fortalecer o crime e debilitar a sociedade foi tão coerente, tão contínua e tão abrangente que ela basta para explicar a desordem e a violência atuais, para as quais ela própria fabrica, ex post facto, pretextos diversionistas destinados a agravar ainda mais o estado de coisas. O resultado desse esforço sistemático e perverso está hoje ante os olhos de todos, e ele é a maior prova de que o esquerdismo é criminoso em si, por essência e vocação.


DOIS CAVALOS


Alcançado esse resultado, só restam ao esquema esquerdista dominante duas alternativas: ou governar em aliança com a bandidagem, tentando organizá-la como força armada paralegal e subjugando a ela o que resta do aparato policial e militar do Estado; ou dar a volta por cima, usando como pretexto a atmosfera geral de pavor, criando um Estado repressivo com a ajuda das forças militares, aparecendo como salvador da pátria e angariando o apoio maciço de uma população amedrontada, desmoralizada, disposta a aceitar todas as exigências ditatoriais em troca de uma promessa de alívio.


É cedo ainda para a liderança esquerdista optar por uma dessas vias. Por enquanto, ela pode prosseguir no entretenimento dialético de acirrar as contradições, apostando nos dois cavalos ao mesmo tempo e esperando para ver qual das alternativas será a mais vantajosa no instante temível da mutação revolucionária.


No trato com as duas forças opostas, ela tem sabido até agora conduzir com habilitade notável a manipulação perigosa do "duplo jogo duplo", de um lado fomentando o banditismo sem lhe ceder o controle total da situação, do outro estonteando e subjugando as Forças Armadas por meio da bem dosada alternância de pancadas difamatórias e lisonjas sedutoras.


Por mais sofisticada que seja a brincadeira, ela não é original: é o procedimento-padrão da estratégia revolucionária desde o século XVIII.


Num ponto qualquer do processo, será preciso escolher. A experiência histórica ensina que, no fim, a aliança com os militares predomina sempre. É mais fácil utilizar as forças estatais já existentes do que organizar uma nova com elementos anárquicos, rebeldes e ilimitadamente ambiciosos. É absolutamente impossível que, entre os estrategistas do Foro de São Paulo, nenhum esteja consciente disso. O momento de trair os amigos delinqüentes e esmagá-los entre aplausos da população está chegando, como chegou para Robespierre, para Lênin, para Hitler, para Mao Dzedong e para Fidel Castro. A massa tem de ser preparada para vivenciar o advento da ditadura sangrenta como um consolo e uma libertação. O regime criminoso, como sempre aconteceu, será cimentado com o sangue dos criminosos. O socialismo não admite delinqüentes porque ele é o monopólio estatal da delinqüência.


FETO HEDIONDO


Ainda há tempo para as forças liberais e conservadoras abortarem a gestação desse feto hediondo. Mas só o conseguirão por um ataque direto ao coração mesmo da estratégia maligna. É preciso mostrar ao povo a unidade profunda de banditismo, corrupção e revolução comunista. É preciso conscientizar as Forças Armadas do engodo trágico em que estão caindo quando se desorientam e cedem ante a alternância pavloviana de afagos e pancadas. Durante muito tempo até os políticos e empresários mais antipetistas resistiram a essas obviedades. Mas a declaração recente do senador Jorge Bornhausen sobre a epidemia de assassinatos em São Paulo mostra que, por fim, uma luz parece ter brilhado no cérebro da oposição: "O PT pode estar manuseando, manipulando essas ações. O PT vive no submundo de Santo André, vive no submundo do mensalão e vive no submundo do MLST. Então, tudo é possível, nada seria surpresa."


Essa foi a coisa mais importante que algum líder liberal-conservador brasileiro disse nos últimos trinta anos. Importante, mas não nova. O que os políticos levam décadas para perceber é às vezes anunciado com muita antecedência pelo observador atento. Depois de insistir desde 1993 no tema da unidade de revolução e crime, resumi tudo num artigo publicado em O Globo em 7 de maio de 2005, que quase com certeza apressou a minha demissão daquele ex-grande jornal rebaixado a house organ do PT: a taxa anual de homicídios que o Brasil havia alcançado - cinqüenta mil por ano segundo a ONU, cento e cinqüenta mil segundo o livro do jornalista Luís Mir, Guerra Civil – bastava, dizia eu, "para fazer de um país um bicho amestrado, pronto para curvar-se docilmente, como os alemães do período entre guerras, àquele novo tipo de autoridade anunciado por Fritz Lang no seu filme profético de 1933, O Testamento do Dr. Mabuse: ‘Quando a humanidade, subjugada pelo temor da delinqüência, se tornar louca por efeito do medo e do horror, e quando o caos se converter em lei suprema, então terá chegado o tempo para o Império do Crime '" .

quinta-feira, outubro 04, 2007

MILITARES NA VEJA DE 7 DE ABRIL DE 1999



Forças Armadas



Generais emergentes


A nova geração dos oficiais do Exército
vem de famílias pobres de sargentos e soldados


Alexandre Secco


Foto: Tina Coelho Foto: Álbum de Família


O pai do general Veloso (à esquerda) foi sargento do Exército. Nesta foto da década de 40 (à direita) o sargento aparece ao lado da nora e de um filho mais novo

Todos os anos, o presidente da República assina um decreto em que promove a general um grupo de coronéis do Exército, Marinha e Aeronáutica. Na semana passada, o presidente Fernando Henrique Cardoso assinou um desses decretos, promovendo 24 coronéis a generais. O ato administrativo de FHC acabou consolidando uma mudança marcante na história das Forças Armadas. Principalmente no Exército, nunca houve tantos oficiais–generais oriundos das camadas mais pobres da sociedade ou descendentes de famílias em que a maior patente atingida por um parente até então havia sido cabo ou sargento. No caso da promoção da semana passada, todos os novos generais vêm de famílias pobres. Já tem gente batizando o atual momento das Forças Armadas de a era dos generais emergentes.

"A gente era pobre mesmo", disse na semana passada um dos novos generais promovidos pelo presidente, Jorge Alves de Carvalho, a alguém que lhe perguntou sobre sua infância. Aos 54 anos, dono de uma carreira exemplar no Exército, o general Carvalho é oriundo de família humilde do Rio de Janeiro. Seu pai era funcionário público e sua mãe, dona de casa. Graças ao Exército, mudou de patamar social. O caso de Carvalho é emblemático porque ele é o segundo negro a ir tão longe na carreira militar. O primeiro tornou–se general na década de 50. "Para mim, o Exército permitiu uma ascensão social incrível", revela outro general, Jarbas Bueno da Costa, promovido em junho do ano passado. O pai sustentava a família com salário mínimo, e os irmãos são operários e levam uma vida modesta.

As Forças Armadas sempre foram um motor importante de ascensão social. Todos os anos milhares de jovens se alistam e muitos são convocados para passar um ano servindo no quartel. Recebem tratamento dentário gratuito, roupa, comida, educação e aprendem um ofício. De um tempo para cá, no entanto, observa–se uma segunda fase desse fenômeno, atingindo os oficiais. Há 100 anos, metade dos oficiais era constituída de filhos de generais. Cinqüenta anos atrás, um em cada cinco oficiais vinha de famílias de militares. Os quatro oriundos de famílias de civis eram de classe média e classe média alta. Atualmente, boa parte dos generais é de filhos de militares de baixa patente. Ou seja, o sujeito entrou no Exército para melhorar de vida e avançou um pouco, chegando a cabo ou sargento. Agora o filho virou general. É o caso do general Rômulo Bini Pereira, atual comandante do IV Exército em Minas Gerais, filho de sargento. Ou do general Akira Obara, o primeiro nissei no cargo, filho de um soldado japonês que combateu na guerra russo–japonesa, em 1904.
Diploma de doutor –– Promovido no ano passado a general, Zamir Meis Veloso é atual chefe de gabinete do Estado–Maior do Exército. O pai era sargento e ele entrou para o Exército como uma opção para estudar. "Minha família não tinha dinheiro", explica. Pernambucano, morava com os pais numa casa simples. O Exército pagou seus estudos, deu–lhe uma casa para morar e a roupa que vestia. Ele já serviu em nove Estados e recebeu diploma de doutor nos Estados Unidos. "Dos meus colegas de academia todos experimentaram alguma ascensão social e conseguiram dar educação de nível superior aos filhos", diz. Seus três filhos já partiram de um patamar mais elevado. Em vez de ter de sobreviver com o soldo do vovô sargento, os filhos do general Veloso tiveram mais conforto e nenhum deles entrou para as Forças Armadas. Um é piloto de aviões, outro trabalha com comércio exterior e a filha é advogada.

A História brasileira tem vários exemplos de pessoas oriundas de famílias humildes que chegaram ao generalato, como o ex–presidente Ernesto Geisel. Seu pai era um imigrante órfão alemão que tocava lavoura no interior do Rio Grande do Sul e teve três filhos generais. Há outros casos exemplares. A diferença é que, antes, os oficiais muitas vezes introduziam o filho na carreira militar, criando linhagens. O ex–presidente João Figueiredo teve um avô oficial que combateu na Guerra do Paraguai e seu pai foi general. O ex–ministro do Gabinete Militar Bayma Denys é filho de general. Há um exemplo até mesmo na família do presidente Fernando Henrique. Seu avô era general, o pai era coronel, promovido a general quando foi para a reserva, e o tio, general. Isso é cada vez mais raro. Os filhos dos coronéis e generais estão preferindo tentar a sorte como advogados e engenheiros na iniciativa privada. As vagas acabam sendo disputadas por filhos de cabos e sargentos, porteiros e pedreiros.

Todos os anos até 15.000 jovens concorrem a uma vaga na Academia Militar das Agulhas Negras (única porta para o generalato), mas apenas 500 são aceitos. É dos vestibulares mais concorridos do país. Quem se forma vira tenente e tem uma carreira assegurada até coronel. Mas apenas um em cada grupo de trinta acaba general. É uma carreira lenta e quem decidir enfrentar a profissão deve estar disposto a trabalhar muito e ganhar um soldo baixo. Aquele que alcança o topo da carreira ganha um salário líquido de 3.500 reais. Segundo os especialistas, o ordenado baixo é uma das razões para a mudança no oficialato. Na década de 40, quando os generais tinham filhos generais ou mesmo netos generais, os militares chegavam a ganhar cinco vezes mais do que hoje.

A mudança no meio militar não deve ser compreendida como um fato isolado. Para onde quer que se olhe, seja nas empresas, seja na política, as elites vêm passando por uma transformação, na qual os nomões do passado são substituídos por emergentes. O governador paulista, Mário Covas, é filho de comerciante de café. Olacyr de Moraes ajudava o pai a receber o pagamento pelas máquinas de costura que vendia. Assim como muitos outros membros das atuais classes dirigentes nacionais, os novos generais entraram para a elite, não nasceram dela. Em um estudo clássico das ciências sociais, Mobilidade e Desigualdade Social no Brasil, o sociólogo paulista José Pastore demonstra que quase metade dos brasileiros subiu de vida em relação aos seus pais, do início do século até 1973. Apenas um terço das pessoas que mandam no país é formado por filhos de gente poderosa. Os outros dois terços vieram de famílias de classe média ou de casas pobres.

O decreto de promoções assinado por FHC tem uma segunda marca, que merece registro. Até bem pouco tempo atrás, quem olhava a lista de novos generais buscava identificar os que ali eram liberais e os que eram linha–dura para saber que rumo ideológico as Forças Armadas estariam adotando. Isso era vital para prever qual seria o destino do país. Escarafunchava–se também o passado de cada um dos novos promovidos em busca de alguém que tivesse participado de episódios obscuros durante o regime militar. Não é mais assim.

O sangue azul
Reprod. do Museu da República
Duque de Caxias veio de uma tradicional família de militares
Reprod. do Museu da República
O pai de Getúlio Vargas foi oficial do Exército
Luis Humberto
O general João Figueiredo é filho e neto de oficiais
Ricardo Stuckert
O pai de FHC foi coronel do Exército, seu avô, um general