sexta-feira, agosto 15, 2008

As Farc se expandem de forma silenciosa pelo continente

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Publicada em 10/05/2008 às 19h09m

O Globo Online

BOGOTÁ - Bernardo é um economista argentino, de não mais que 50 anos, e, entre 1990 e 1996, foi assessor externo da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal). Depois de fazer uma pequena fortuna, acaba de enviar seu filho mais velho aos Estados Unidos para fazer um curso de piloto. Já o colombiano Héctor Orlando Martínez Quinto chegou em 2000 à Costa Rica e se casou com uma jovem, o que lhe permitiu obter o visto de residência e ingressar no mundo das frotas pesqueiras, em associação com outro colombiano, Huberth González Rivas, também casado com uma costa-riquenha.

Essas poderiam ser histórias ordinárias de emigrantes latino-americanos, a não ser pelo fato de Bernardo e Héctor Orlando serem dois dos agentes usados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para levar adiante uma nova e silenciosa batalha: expandir-se ideológica, logística e financeiramente pela América Latina, conta uma reportagem publicada neste domingo pelo Jornal O Globo.

Bernardo, dizem fontes do Exército colombiano e das próprias Farc que hoje colaboram com a Justiça, foi o encarregado de penetrar em países do Cone Sul, enquanto Héctor Orlando - autor do massacre de Bojayá (Chocó), em maio de 2002 - se meteu no negócio da pesca na Costa Rica para utilizá-lo como base de troca de cocaína por armas. É a conclusão a que chegou o Ministério de Segurança da Costa Rica.

- A estratégia consiste em enviar a esses países quadros com o disfarce de refugiados, que, uma vez instalados, tornam-se intocáveis e iniciam a ofensiva - assegura um oficial colombiano.

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