Coluna Carlos Brickmann
quarta-feira, 27 de agosto
O Comitê Olímpico Brasileiro recebeu do Governo cerca de R$ 700 milhões, para Pequim. Não adiantou; e, para as Olimpíadas de Londres, em 2012, vamos errar de novo. O Governo promete gastar ainda mais para tentar obter mais medalhas. O problema é que o Governo não consegue medalhas; nem o Governo, nem o país. Quem consegue medalhas são os atletas. E, excetuando-se um ou outro de talento excepcional, os grandes atletas surgem quando há muitos atletas, quando o esporte está massificado. Este é o trabalho do Governo: massificar o esporte.
O Brasil tem um grande futebol, fora o talento natural, porque muita gente joga futebol. Se tivermos muita gente nadando, a tendência é que surjam mais Cielos – e Cielos que não precisem treinar e morar nos EUA para desenvolver-se. Ganhar medalhas é bom, todos gostam; mas, a longo prazo, não faz diferença para o país. O que faz diferença para o país é o investimento maciço no esporte para todos, sem ficar pensando
É possível gastar dinheiro e trazer medalhas. A União Soviética fez isso, a Alemanha Oriental fez isso, Cuba transformou as medalhas em vitrina do regime castrista. Hoje, esses países (e seus sucessores) já não são potências olímpicas. Esses países gastaram dinheiro e ganharam medalhas. O Brasil gastou dinheiro e, fora alguns talentos excepcionais, que não dependeram dos gastos públicos, ninguém ganhou nada. Ou melhor, certamente houve gente que ganhou. E houve gente, também, que pensa que o Brasil ganhou. O presidente Lula acha que a participação do Brasil foi razoável. E o governador do Rio, Sérgio Cabral, citou seu autor predileto: “Nunca na história desse país um Governo investiu tanto nas Olimpíadas (...) essa foi a maior delegação brasileira em Jogos”.
Se é assim, este colunista se apresenta como candidato à delegação brasileira em Londres-2012, com o objetivo de torná-la maior e mais pesada. E aceita competir nas modalidades de halterogarfismo e turismo à distância.
SuperMaurren
Newton Lima, prefeito de São Carlos, SP, terra de Maurren Maggi, anunciou a construção de uma estátua de 7m04 – marca com que a atleta ganhou a medalha de ouro
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