sexta-feira, agosto 15, 2008

"Lauro Jardim" é codinome da Melinda, a "Ghost Whisperer" da série de tv.

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OBSERVAÇÃO DESTE SITE:

NEIL FERREIRA TEM RAZÃO. PARA PARECER MAIS FALSO AINDA, SÓ FALTOU A DUBLAGEM. FOI TERRÍVEL MESMO.

Por Neil Ferreira.

Acabei de descobrir que "Lauro Jardim", editor do "Radar On Line" da "Veja", não existe.

"Lauro Jardim" é codinome da Melinda, aquela menina com uns seios incríveis, que é dona de uma loja de antiguidades nas horas vagas, na série "Ghost Whisperer".

Sua função de verdade é conduzir ao encontro da "luz" a multidão de fantasmas penados que circula pela sua pacata cidadezinha.

A cidadezinha da Melinda é fogo, tem mais fantasmas do que viventes. Melinda cumpre sua missão em episódios semanais. Sobra-lhe tempo para editar o profícuo "Radar On Line" com interessante quantidade de notícias petistas, aparentemente só disponíveis aos insiders ou aos com poderes extra-sensoriais.

Exemplo catado na coluna, a esmo:

"Dirceu batalha para que o PT não vete a aliança com Aécio, nas eleições municipais de BH. Objetivo, enfraquecer Serra".

Poder extra-sensorial, subtexto aos raros petistas Com Alfabeto: vocês só fortalecem o Serra com essa sabotagem idiota.

Prova dos noves:

"Nem Marco Aurélio Garcia, nem Luiz Dulci, nem João Santana. O aplaudido (por dois minutos) discurso de Lula na conferência sobre segurança alimentar em Roma, é da lavra de Franklin Martins e não do trio que normalmente faz o papel de "ghost writer" do presidente.

A fala de Lula foi recheada de imagens fortes. "Vejo com indignação que muitos dos dedos que apontam contra a energia limpa dos biocombustíveis estão sujos de óleo e carvão".

Berlusconi bocejou, a muitos o falatório pareceu longo demais, "imagens fortes" é uma opinião pessoal do comentarista que assistiu ao jogo, enfim.

Só mesmo sendo "Ghost Whisperer", como Melinda é, que "Lauro Jardim" poderia detectar a identidade de um "ghost writer" (literalmente "escritor fantasma"), que escreve nas sombras do anonimato as falas brilhantes e/ou mediocres dos seus chefes.

Por serem "ghosts", não têm direito de reivindicar autoria e, portanto, ofuscar a pose do chefe. Não podem escrever bem ou mal e distribuir "press releases" por aí dizendo "fui eu... fui eu !

a frase é minha !" Seria uma enorme sacanagem com o chefe, entregaria que é incapaz de produzir um mero texto.

Como acredito na pureza de propósitos do ex-sequestrador "nosso" franklin, que tem no seu "site" o brilhante manifesto ameaçando assassinar o embaixador americano Elbrick caso o "resgate" exigido não fosse pago, duvido que ele tenha "vazado" a autoria do discurso agora citado.

Ao revelar a vidência dessa fatasmagoria, "Lauro Jardim" entregou-se. "Lauro Jardim" é Melinda, CQD.

Mas esse discurso do lulla em Roma será brilhante, como quer Melinda?

Apenas para analisar a retórica, porque não há o discurso feito prática, o biocombusível brasileiro é papo furado de propaganda igual ao PAC, atrevo-me a citar um mestre no assunto.

Encontrei certa vez em São Paulo, Richard (Dick) Goodwin, um dos 3 (ghosts) speechwriters de John Kennedy e, depois, de Bob Kennedy (pé frio hem). Passei uma tarde espremendo-o, tentando saber como era escrever para o homem mais poderoso do mundo.

Eu queria saber quem sacou a frase "Nós só devemos ter medo do próprio medo". Ele contou que os speechwriters e o presidente reuniam-se no Oval Office. A "presidência" transferia-se para Arthur Schlesinger Jr, brilhante intelectual de Harvard (nada a ver com mangabeira unger, pelo amor de Deus) e autor de "Thousand Days", sobre os "Mil Dias" da presidência de Kennedy.

Todos opinavam livremente, inclusive o presidente, era o dele na reta. O objetivo era achar um foco seco, curto, imediato, que pudesse ser uma frase de 5 segundos para uma entrevista de tv na chegada a um aeroporto, ou esticada a um discurso de 3 minutos, de onde decorreria todo o resto.

Essa frase do "medo", contou Goodwin, poderia ser de qualquer um, "acho que nesse caso era do presidente mesmo".

Um dos seus biógrafos afirmou que a frase era de Goodwin, que a tinha rabiscado num papel, amassado e guardado no bolso. A mulher de Goodwin deu-a ao biógrafo, jornalista amigo da família.

Falando comigo, anos depois da morte de Kennedy, Goodwin preservou o brilho do chefe, não "passou a mão" na autoria da frase histórica. E ditou a regra crucial: "O discurso tem que se parecer com quem o pronuncia, nenhum dos nossos poderia ser dito por qualquer outro presidente. O que não se parece com o dono é roubado."

Esse o meu ponto. O discurso "do lulla" não se parece com o lulla. Quando se parece, não há fantasma com ectoplasma (biomassa, peito) para assumir a autoria.

Melinda está certa.

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