quinta-feira, agosto 14, 2008

A BUSCA PELA PROTEÇÃO

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A desvalorização intermitente do dólar, frente a todas as demais moedas regidas pelo regime de flutuação cambial, está promovendo uma grande revolução nos preços das commodities mais demandadas no mundo todo.

A busca pela proteção contra a perda contínua do valor do dólar faz com que muitos investidores não percam tempo: tão logo recebem a moeda fraca tratam de trocá-la imediatamente por outra ou por vários tipos de matérias primas mais consumidas nos principais países.

Tais matérias primas, conhecidas como commodities, diante da forte demanda vem obtendo valorizações maiores do que o recuo do dólar. E as preferidas, que oferecem risco de menor encalhe, tem sido as minerais, como petróleo e ferro, por exemplo; e agrícolas, como milho, soja etc...

Porém, como ninguém de fato deseja receber, fisicamente, as commodities compradas, tudo acontece através de contratos futuros negociados. Antes do vencimento, para evitar a entrega dos bens, a liquidação se dá pela forma financeira. E novos contratos, com novos prazos são negociados.

Portanto, o momento em que o mundo encharcado de dólares está passando, é de valorização de tudo aquilo que tem valor real e liquidez imediata em qualquer lugar. Isto explica perfeitamente o fenômeno da escalada dos preços dos vários produtos mais demandados no mundo todo.

Chamo, portanto, a atenção que é um grande equivoco dizer que o mundo está se alimentando mais e daí a alta dos preços dos alimentos. Um engano puro. Até porque, a elevação dos preços dos grãos já seria suficiente para tirá-los do prato dos menos aquinhoados. Mesmo depois de já terem experimentado e gostado.

Diante dessa realidade, e do jeito que as coisas estão se apresentando, uma coisa é certa: em algum momento o mercado vai corrigir. As commodities não deixarão de existir e de serem ofertadas no mercado. Mas a demanda física, a preços muito elevados, não poderá ser acompanhada. Aí muita gente vai se dar mal.

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