sexta-feira, agosto 08, 2008

Ação e resgate

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GIL AUGUSTO MUNIA TAVARES
Pós-graduado em engenharia pela UFRJ e pela Stanford University/USA e diplomado pela Escola de Governo/SP

Tomaram de assalto o meu país e eu o quero de volta! Não importa o sacrifício, nem quanto tempo levará, e nem o estado de abandono e de pilhagem em que ele se encontra. Mas, quando eu resgatá-lo o receberei com a alegria de quem estava perdido e foi salvo, como na parábola de Jesus Cristo em que o pai recebe de braços abertos o filho pródigo de volta à casa. Prometo que ao recebê-lo farei uma grande festa. Tratarei suas feridas e sanearei as suas entranhas. Eu o protegerei dos predadores e saqueadores, o alimentarei de valores e de princípios e o chamarei de nação. Uma nação é o valor de seu povo e o conjunto de princípios que regem sua sociedade. Uma nação sem valores e sem princípios não é uma sociedade. Somos um país, mas lamentavelmente não podemos ser chamados de nação. Não há como esconder o que nos acontece. A bem da verdade, o presidente Lula e seu partido nunca tiveram um plano de governo. Se tivessem não estaríamos em meio ao caos e penúria em que nos encontramos. O plano é bem diferente e consiste na tomada total do poder através da imobilização da democracia por meio de um populismo autocratizante e estatizante com o controle da mídia sob o eufemismo da democratização dos meios de comunicação; da degeneração das instituições; do aparelhamento da máquina do governo e das empresas estatais; da corrupção desenfreada visando garantir os recursos para viabilizar o plano mestre.

Sem cerimônia usam as liberdades democráticas em proveito de interesses próprios e como veículo de autotransformação do poder, o que aparentemente legitima os objetivos fim. E quanto mais os populistas vão pervertendo a política e degenerando as instituições, mais os oportunistas aderem ao governo com receio de prejudicar suas carreiras políticas e seus negócios, o que se constitui em fisiologismo e casuísmo sujos e vagabundos. Com tudo dominado, se o poder não se transformar numa ditadura com a proletarização da classe média, então criará as condições para manipular as massas pobres, seduzidas com programas sociais caros, paliativos e paternalistas. Fruto de uma rara conjunção de fatores e de um cenário mundial favorável, o país surfará nos bons ventos da economia mundial somente até o fim da liquidez internacional - e não durará muito tempo. Com este quadro excepcional nem assim saímos da inércia de duas décadas sem crescimento compatível com as nossas necessidades, como resultante da falta de visão de futuro e associada a uma ideologia retrógrada e em extinção. A degradação das instituições e os descaminhos do país invadirão, em algum momento, o pensamento da população consciente e então espero que a sociedade se mobilize. Faz muita falta gente instruída, plural, pragmática, com visão de conjunto e pronta para administrar com responsabilidade e patriotismo a condução do país. É um insulto este governo privilegiar a arrogância, a prevaricação, a dissimulação, a bravata, a covardia, a mentira, o patrulhamento ideológico, o messianismo. Que se faça juízo de valor com isenção, e se concluirá que é preciso resgatar o nosso país dessa bandalheira e trazê-lo de volta ao seu lugar de destaque, antes que a liberdade deixe de ser um instrumento de nossa convicção.

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