domingo, agosto 10, 2008

A política brasileira, o arco-íris e o pote de ouro

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Carlos Vilmar
10 Mar 08
....a lenda diz que no final do arco-íris existe um pote de ouro..
A partir de 1985, ano em que os militares entregaram o governo aos civis, políticos de todos os matizes, sedentos de poder, se apresentaram como os legítimos condutores da democracia. Desde então, como mostra a corrupção instalada nas instituições públicas, a política vem se afastando dos ideais democráticos e, cada vez mais, se dedica a atender as conveniências de quem está no poder. Nas últimas décadas a política nacional se transformou em um grotesco show de falta de ética e de moral. Os destaques desse espetáculo de indecência ficaram por conta dos intermináveis assaltos aos cofres públicos e a falsidade explicita que vigora na política. A desonestidade escancarada que rege o ambiente político, facilmente percebida e sentida pela sociedade, chegou um patamar que a frase “todo o político é ladrão” virou conceito nacional.
Os ditos representantes do povo, da mesma forma como agem os malandros em geral, vivem se desdobrando para encontrar uma maneira de levar vantagem. As últimas manifestações desse “modus operandi” imoral e hipócrita que faz o país sofrer, foram à invocação da Lei de Segurança Nacional para evitar que os ilícitos (furtos?) praticados com os cartões corporativos fossem investigados e a criação de uma Lei, no Senado Federal, que impede que os Senadores sejam processados por crimes anteriores as legislaturas. Atos que, somados ao elenco de falcatruas carimbadas com a impressão digital de parlamentares, demonstram o desprezo do poder político para com a sociedade.
O fato é que a política, no Brasil, está desconectada dos anseios do povo e da Nação. A simbiose que deveria existir entre o parlamento e a sociedade, ideal em qualquer democracia, deu lugar a um grande hiato, situação em que os parlamentares vivem e agem como se pertencessem a uma casta. Um comportamento desprezível que, com certeza, tem a haver com a boa vida proporcionada a eles pelo Estado. O único momento em que os políticos fingem não ignorar a população é durante as campanhas eleitorais. Leis que originalmente tinham o objetivo de resguardar a opinião dos representantes do povo e de salvaguardar os seus mandatos foram transformadas em um “
bunker” legal. Um castelo de proteção e de distribuição de benesses, construído com o objetivo precípuo de presentear os políticos com uma condição de vida muito superior a realidade da população. Um verdadeiro deboche do povo. A dimensão e o alcance dos privilégios distribuídos à classe política geram tal abismo social e jurídico entre os parlamentares e a sociedade que é impossível vislumbrar democracia nesta situação. O desolador de se perceber tamanha hipocrisia escondida sob o manto democrático é ter a consciência de que nada vai mudar por vontade dos políticos. A decadência ética e moral da política no Brasil, onde predominam os interesses particulares, a ganância e a mentira, não deixa espaço para a esperança.
A rotina da política no Brasil, nas últimas décadas, se resume no seguinte: muitas promessas em campanhas eleitorais e poucas realizações durante a gestão (problemas como educação, saúde, transporte e segurança continuam se agravando); a criação de trens da alegria para amparar parentes, afilhados e amigos; distribuição de indenizações milionárias e salários vitalícios para terroristas e ex-guerrilheiros (com direito a histórias fictícias sobre o passado de cada um); eterna campanha para a reeleição (a maior preocupação); e, o objetivo mais importante e imprescindível, usar o mandato político para enriquecer, tendo como máxima que os fins justificam os meios. As mutações constantes do que é legal incorporou a esta rotina a garantia e a confiança plena na impunidade. Este é o cenário de atuação da política nacional. O que não se enquadrar nesse modelo é considerado supérfluo.
No outro Brasil, onde as pessoas trabalham, produzem e pagam impostos já não se sabe para que lado correr e nem a quem recorrer. As últimas pessoas que ousaram pedir socorro ao Estado Brasileiro foram mandadas (devolvidas) para Cuba. A educação, sinônimo de evolução social em todos os idiomas, agoniza. Sucumbe prostrada diante de educadores desmotivados, da violência dos alunos contra os professores e de ensinamentos ideológicos impostos pelo governo. Ingredientes suficientes para causar um desastre educacional. A saúde pública não existe. Pessoas morrem nas filas de atendimento por causas banais e epidemias já erradicadas voltam a assombrar o país. A segurança pública é um caos. Os bandidos atacam em qualquer hora e em qualquer lugar. Queimar ou arrastar pessoas vivas pelas ruas se transformou em ato corriqueiro. Não existem empregos suficientes para atender a demanda do país e a pobreza se alastra. Basta um olhar de quem quer ver para enxergar os milhares de cidadãos anônimos (sem destino) que perambulam pelas ruas das cidades. A miséria social só diminuiu mesmo foi na cabeça dos governantes e políticos.
Enquanto o povo se desdobra para sobreviver o Brasil está sendo dividido em duas ou três nações e, também, por raça e cor. Os políticos além da prática em meter a mão no dinheiro público têm demonstrado um enorme talento para criar motivações que levem a uma ruptura da unidade nacional. A população, mesmo sem entender bem a situação, sabe que ao norte do território brasileiro existe uma nação indígena e que, naquelas terras, os índios não permitem a entrada de outros brasileiros. Essa absurda exigência ainda nem foi assimilada pela população e ela já sabe que o Brasil também será dividido com a nação quilombola, cujos integrantes poderão indicar (sem ter que justificar) as partes do território nacional que desejam se apropriar. O cenário que se vislumbra diante desses fatos é que o Brasil caminha a passos largos para uma dissolução territorial e social, o que, certamente, vai facilitar o objetivo estrangeiro de transformar a Amazônia em patrimônio da humanidade (leia-se: propriedade internacional). Sem a Amazônia, com os índios e os “amigos” missionários tomando conta da região mais ao norte (e de suas riquezas) e os quilombolas já senhores das terras que escolheram para serem os donos, os cidadãos brasileiros que trabalham, produzem e pagam impostos terão que disputar o que restar do território nacional com o Movimento dos Sem Terras (MST). Movimento social que aumenta a violência a cada nova invasão e cujas ações criminosas são ignoradas pelo silêncio comparsa do governo. Não esta longe o tempo em que se estabelecer em qualquer parte do Brasil será uma temeridade, pois vai que de repente o proprietário se depare com uma tribo, um grupo de quilombolas ou o MST reclamando a posse. Se o brasileiro afrontado por estes grupos não for desertor ou guerrilheiro que, no passado, participou da luta armada com o objetivo de implantar o comunismo no Brasil, e, ainda, for branco e heterossexual está totalmente desamparado, pois não se enquadra no perfil dos cidadãos que devem ser protegidos pelo Estado e pelo politicamente correto. Deus! Salve o Brasil e a democracia.
A política brasileira, regida por uma nota só por mais de duas décadas, perdeu o rumo e definhou quando as agressões e as mentiras contadas sobre o movimento militar de 1964 deixaram de servir como garantia de eleição. Desnorteada, por não ter mais a revolução como o arco-íris para chegar ao pote de ouro, enveredou por um caminho de conchavos e arranjos, onde a corrupção fez sua morada. O tal “jeitinho” usado para fazer política no Brasil é a causa de todos os males do país, resultado de uma atuação parlamentar sem ideais, sem patriotismo e sem compromisso com a Nação. A política que se pratica no país, no dias atuais, se dedica exclusivamente a cuidar dela mesmo. O Brasil, o povo e a democracia servem apenas como meros argumentos de retórica. Não é coincidência que o que mais cresce no Brasil é a corrupção, o crime organizado e as regalias dos políticos. Uma bomba armada.

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