domingo, agosto 10, 2008

Briga de petralhas na TV de Franklin e de Tereza Cruvinel

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April 07, 2008 10:02 AM

Escrito por Aluizio Amorim
É COBRA COMENDO COBRA

Vejam só esta matéria que está na Folha de São Paulo desta segunda-feira (íntegra após este prólogo) mostrando o desentendimento entre os próprios petralhas dentro da TV Petralha.

Quem desobedece vai para a rua. Só tem de dar notícia a favor de Lula e de seus sequazes.

Lobo diz que resistiu. Foi para a rua e saiu atirando. Mas eu aqui no blog já estou atirando antes mesmo dessa excrescência ir ao ar.

Quem manda ir trabalhar no lixo petralha. No final da matéria esse jornalista ainda diz que acredita no projeto. Hummm...Que projeto? Esse do Franklin e da cabocra Cruvinel, como diz o Reinaldão?

Primeiro âncora da TV Brasil, o jornalista Luiz Lobo, 42, afirma que o Palácio do Planalto interfere no jornalismo praticado pela TV pública federal, lançada pelo governo Lula, em dezembro, com a promessa de que não seria uma emissora chapa-branca. "Existe, sim, interferência do Planalto lá dentro. Há um cuidado que vai além do jornalístico", afirma.


Lobo foi demitido na última sexta-feira, segundo ele, por ter resistido às interferências. Afirma que o Planalto controla o conteúdo das reportagens por meio da jornalista Jaqueline Paiva, mulher do também jornalista Nelson Breve, assessor de imprensa da Presidência da República.

Lobo era também editor-chefe do "Repórter Brasil", primeiro e único, até agora, programa da TV Brasil. Jaqueline ocupa o cargo de coordenadora de telejornais.


Lobo diz que a "pressão" aumentou nas últimas duas semanas, quando a crise dos cartões corporativos atingiu a ministra Dilma Rousseff, com o vazamento de um dossiê, elaborado pela Casa Civil, de gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de sua mulher, Ruth Cardoso.
"Não podíamos falar em dossiê, mas em "levantamento sobre uso dos cartões". Depois, a orientação era falar "suposto dossiê'", relata Lobo.

Autonomia

"Todo texto sobre Planalto, Presidência, política e economia tem que passar por ela [Jaqueline Paiva]. É ela quem edita, faz as cabeças [a introdução das reportagens de televisão, lida pelo apresentador].

Existe um poder dentro daquela redação. Eu era editor-chefe, mas perdi autonomia até para fazer a escalada [as manchetes de um telejornal]. A Jaqueline muda os textos dos repórteres freqüentemente. Há muita insatisfação entre os jornalistas", afirma.


Outro exemplo de interferência, de acordo com Lobo, foi a orientação para, nas reportagens sobre deficiências da saúde pública, informar que o setor sofreu um corte orçamentário devido ao fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). A derrubada da CPMF foi uma vitória da oposição.


"Fizemos uma reportagem falando que a verba do SUS [Sistema Único de Saúde] acabaria antes do fim do ano. A Helena [Chagas, diretora de jornalismo da TV Brasil] me chamou na sala dela e disse que era um absurdo uma matéria daquelas ir ao ar, porque em nenhum momento mencionava a falta dos bilhões da CPMF", diz.


Lobo e Jaqueline Paiva travavam embates quase diários na redação de Brasília da TV Brasil. Para o jornalista, a função de Jaqueline deveria ser a de dar direcionamento ao telejornal, não a de editá-lo. "Nunca gravei nem uma nota que ela [Jaqueline Paiva] não revisasse. Não vou dizer que fui um editor-chefe de faz-de-conta porque lutei muito", afirma.


Para Lobo, o espaço dado à oposição na TV Brasil é um disfarce. "A forma que se encontrou para mostrar que a TV não era chapa-branca foi ouvir os dois lados. Mas isso é obrigatório no jornalismo."


A demissão de Lobo ocorreu dois dias depois de ele, como conta, ter relatado interferências a Orlando Senna, diretor-geral da TV Brasil.


O jornalista, que trabalhou durante seis anos na PBS (TV pública americana), afirma que continua acreditando no projeto: "Sou defensor da TV Brasil. Ainda acredito no projeto de uma TV pública. Mas de domínio público, não estatal".



As mesmas chatices

As mesmas chatices

"Uma reeleição (e só uma) é algo que, em qualquer lugar, não agride a democracia"

MARCOS COIMBRA

Sociólogo e cientista político

marcos.coimbra@uai.com.br
http://www.uai.com.br/EM/html/sessao_22/2008/04/09/interna_noticia,id_sessao=22&id_noticia=48196/interna_noticia.shtml

Os próximos dias prometem. Depois de ausente do noticiário por algum tempo, a lamentável discussão sobre o terceiro mandato de Lula está de volta. Que desagradável ter de lidar, de novo, com o assunto!


Os mesmos personagens de antes reapareceram, como um deputado cuja única atividade, ao que parece, é ficar defendendo a tese. Agora, receberam a ajuda preciosa do vice-presidente, pessoa honrada e respeitável, mas que nem sempre prima pela oportunidade de seus pronunciamentos. Esse foi um.


O presidente Lula já disse mil vezes que não pretende patrocinar essa conversa e que considera um equívoco a proposta. Ainda bem, pois, ao se colocar assim, Lula mostra que sabe quão prejudicial ao país ela pode ser.


Alguns de seus correligionários e colaboradores, no entanto, não acreditam nessas declarações e acham que é mentira o que ele diz. Para eles, Lula está fingindo e, secretamente, deseja ficar mais “um tempinho” no Planalto. Quatro anos mais? Por que tão pouco?


Quem sabe, no fim do décimo segundo ano na frente da presidência, em 2014, Lula não voltará a ter bons números nas pesquisas? Por que não o quarto mandato e, depois, o quinto? O que são 20 anos na vida de um país? Dom Pedro II não foi nosso rei por 58 anos?


Uma coisa é certa: o argumento de que o PT não tem outro nome vai continuar valendo até lá. É exatamente porque Lula sempre foi o candidato que o PT que não tem outro.


Aliás, se for verdade o que ele diz, ou seja, que um candidato novo terá que ser apresentado pelo PT, esses amigos estarão fazendo um grande desserviço ao partido. Cada vez que voltam a bater na tecla do terceiro mandato, mais enfraquecem os nomes existentes, como se nenhum prestasse. E se um deles vier a ser candidato?


A fórmula à qual chegamos, de mandatos de quatro anos, com a possibilidade de uma reeleição, para presidente, governadores e prefeitos, foi plenamente aceita pela sociedade. De todas as inovações institucionais criadas depois da Constituição de 1988, essa foi a mais compreendida e aprovada.


De lá, para cá, os eleitores a usaram muitíssimo bem, concordando com o argumento de que é correto que um governante possa pleitear um segundo mandato para completar seu trabalho. Aprenderam, também, que a alternância, de partidos ou, no mínimo, de lideranças, faz bem ao sistema político e ao país.


O argumento de que “se Fernando Henrique pôde, então Lula pode” não faz sentido. Uma reeleição (e só uma) é algo que, em qualquer lugar, não agride a democracia, não cria a possibilidade de toda uma geração de eleitores só conhecer um governante. Permite a oxigenação do sistema, não interrompe o fluir democrático.


O terceiro mandato abre a porta para o enésimo. Mais grave: em países como o Brasil, de escassa e epidérmica tradição com a democracia, essas mexidas oportunistas nas instituições só fazem com que as pessoas percam a confiança nelas.


Deixemos aos Chávez essas aventuras. Ninguém precisa de seu exemplo.


Aqui, soa até cômica a superioridade que muitos sentimos quando nos referimos às “repúblicas de bananas” do folclore latino-americano, como se elas fossem bagunçadas, personalistas, sujeitas aos humores de seus líderes.


E nós? Querem mais bananas que essas, de terceiro mandato, prorrogação e coisas parecidas?

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