domingo, agosto 10, 2008

“ CARTA ABERTA AOS GOVERNANTES BRASILEIROS “

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Ele não está falando sozinho. Duvida?



Aimar Baptista da Silva (*)

Exmas. autoridades brasileiras :

Nós, os conquistadores da Amazônia e Fronteira-Oeste, vimos à presença de V. Excias. expor o seguinte :

A conquista dessas terras, para tornar o Brasil tão grande como ele o é atualmente, nos custou a todos ingentes sacrifícios e a muitos a própria morte. Jamais tivemos recursos suficientes, nosso pessoal era escasso, mas de muito boa qualidade, afrontamos climas rudes, selvas densas e traiçoeiras, feras e animais peçonhentos, relevos acidentados, ataques indígenas, febres, doenças, fome, enfim todo tipo de privações e provações.

Por longo período lutamos pelo domínio dessas áreas de conformidade com as políticas - do Reino, do Império e, até certo ponto, da República - de defesa militar, exploração econômica e progressiva ocupação humana. Fronteiras longínquas, ermas, mas, apesar de tudo, defendidas; áreas de imensos recursos naturais cuja exploração, era esse o nosso sonho, representaria futuro promissor para o Brasil de nossos descendentes.

Por isso pugnamos, com grande bravura e maior esperança, garantindo a sua posse para usufruto de nossos pósteros, a quem caberia fazer do Brasil uma grande Nação. Posse consolidada graças ao trabalho dos diplomatas e demarcadores brasileiros, cuja competência, sabedoria e patriotismo fez nossos vizinhos acordarem com as justas pretensões brasileiras estabelecendo conosco os competentes Tratados de Limites. Isto feito, deveriam os governantes desenvolver a expansão imperialista a que o Brasil está destinado: “Crescer para dentro de si mesmo. “

Entretanto, daqui de onde estamos, os esforços desenvolvidos para conquistar, demarcar e consolidar a posse dessas terras estão nos parecendo baldados. Parece-nos que não reconheceram o valor da nossa luta nem, tampouco, a importância desse território conquistado a duras penas.

Observamos a progressiva e crescente invasão daquelas áreas por missões religiosas (?), expedições científicas (?), organizações-não-governamentais (?), equipes de combate ao narcotráfico (?). A quase totalidade delas estrangeiras. E, bem assim, operações militares realizadas do outro lado de nossas fronteiras, bem debaixo dos nossos narizes.

Fica-nos, então, a angustiosa impressão de que as autoridades brasileiras não têm a mínima preocupação com aquelas terras riquíssimas, quem sabe até achando que se estrangeiros as tomassem para si nos fariam um grande favor.

Vemos pouca ou nenhuma reação visando à manutenção de sua posse e intensificação de sua defesa. Especialmente porque os governantes brasileiros, em troca de eventual cadeira no Conselho de Segurança da cada vez mais combalida ONU, cuidem em enviar tropas para garantir a segurança em outros Estados ao invés de com elas guarnecer nossas cobiçadas fronteiras.

Assistimos, estupefatos, à imprudente concessão de extensas áreas de terras aos indígenas daquelas regiões, em plena faixa de fronteiras e em quase toda a sua extensão, ampliando ao extremo reservas indígenas que, na verdade, não passam de futuros enclaves dentro do território brasileiro, cuja separação poderá ocorrer muito em breve. Com o apoio interesseiro de todas as nações que hoje se dizem nossas amigas e com a conivência criminosa da FUNAI.

Cumplicidade que nos angustia por sabermos da convocação, perante a Comissão de Defesa Nacional da Câmara de Deputados, do Sr. ministro da Justiça, para depor sobre estudos da FUNAI visando aumentar a área das reservas indígenas do País, quase todas nas fronteiras, para dezenove milhões de hectares. Ministro que alertado sobre o perigo que isso representa para a Integridade Territorial, um dos objetivos nacionais permanentes do Brasil, com a ameaça de separação dessas reservas milionárias, formando novos Estados, declarou que iria perguntar à ONU se isto era possível. Simploriedade? (Obs. Refiro-me a Nelson Jobim, então ministro da justiça! O homem tem história!)

E mais apreensivos ficamos ao saber de comentários de que, “na Europa, o mapa do mundo divulgado em publicações especializadas, já está subtraindo a Reserva Ianomami do território brasileiro.” Não caberia, aí, investigação urgente e minuciosa que levasse à tomada de mais urgentes ainda providências para preservar nosso território?

Assim, sentimos que inacreditável passividade, inconcebível desconhecimento, inaceitável descaso por aquelas paragens se apossou, já faz muito tempo, dos governantes brasileiros. O que nos leva a imaginar estarem eles atormentados por grande medo ou dominados por servilismo ainda maior, ou ambas as coisas, que os impedem de afrontar, enfrentar e repelir, vigorosamente, todos os que cobiçam nossas terras.

Agora, entretanto, entendemos porque instituições internacionais, como a Fundação Ford, financiam entidades contrárias ao regime político vigente num Estado, em determinada ocasião, como, p. ex. o CEBRAP do presidente FHC. Chamaríamos estes financiamentos de conquista a longo prazo, barata e indolor !

Tal assistência tem como objetivo indispor o regime, confundir o povo, enfraquecer as resistências do Estado. Os membros dessas entidades são elevados à categoria de heróis e salvadores da pátria; e, aos poucos, envolvendo a instituição política, enredando o povo e inibindo reações salutares, chegam ao poder. Que não pretendem largar tão cedo (já não se fala em reeleição?): afinal, têm um “serviço” a prestar. Ou alguém ainda acredita que essas “fundações” investem milhões e milhões de dólares em tantos países, como nos latino-americanos, visando tão somente à “democratização” deles?

A postura ideológica ou muda ou fica confusa: marxismo-leninismo, socialismo, social-democracia, neo-liberalismo (aparente !!!). Foi assim que aconteceu em boa parte da América Latina!

Aí começam as cobranças: desestatizaçao, desregulamentação, desnacionalização (alguém já falou disso!) e, no caso específico da Amazônia e Fronteira-Oeste, “soberania compartilhada, diluição de fronteiras, desterritorialização.”.

O que mais nos mortifica é ver a maioria dos brasileiros quedar-se aparvalhada, insensível, incapaz de qualquer reação, mínima que seja, inibida, talvez, pelo medo de ser acusada de corporativista, radical sem juízo e outros que tais.

E como são poucas as vozes que se levantam, indignadas com a onda de entreguismo desencadeada por quem caberia preservar a Nação, resolvemos fazer coro com elas. Porque não podemos aceitar se deixe escapar por entre os dedos da mão um patrimônio tão sofridamente construído. Nem queremos que alguém fale aos nossos herdeiros o mesmo que falou Fátima a seu filho Boabdil, último rei de Granada: “Chora, meu filho, chora como uma mulher o trono que não soubeste defender como homem!”.

Autoridades brasileiras:

Nem de longe queremos imaginar que V. Excias, como representantes do povo brasileiro, não estejam encarnando seus anseios devido a um servil acanalhamento que, mesclado a ridículas vaidades e pompas superficiais, revela, além de compromissos estranhos e prejudiciais à Pátria, falta de vontade, de discernimento, de resolução, de decisão, de coragem, de civismo, de patriotismo, de nacionalismo enfim, na condução dos negócios do Brasil. O povo brasileiro está à espera: é hora de agir, a batalha mal começou, a jornada é longa e espinhosa. Estamos aguardando das lideranças do País, se realmente o são, os exemplos de trabalho, de esforço, de sacrifício, de energia necessários para fazer do Brasil uma grande Nação, livre e soberana, democrata e cristã, exemplo de grandeza e de dignidade para todo o mundo.

Se este não é o intento de V. Excias., então que se apartem de nós e que o desprezo de todos os brasileiros caia sobre suas cabeças, para que conheçam e sofram o opróbrio destinado aos traidores que não souberam honrar seus compromissos para com a Pátria. Esta a maldição daqueles que, no passado, se doaram para construir um.................

“BRASIL DO FUTURO: BRASIL POR INTEIRO! “

Obs. - Seguir-se-iam as assinaturas do barão do Rio Branco, do barão de Parima, do barão de Maracaju, do Marechal Rondon, de Plácido de Castro, de Veiga Cabral, de Antônio Raposo Tavares e de milhares de droguistas do sertão, bandeirantes, religiosos luso-brasileiros, soldados e combatentes, diplomatas, demarcadores, todos certamente inconformados com tal situação. Como eles não podem assinar, assino-o eu, certo de que estou cumprindo a vontade de todos eles.

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