sábado, agosto 09, 2008

Capitão do Exército é morto por assaltantes em Deodoro - RJ

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O capitão do Exército Vander Cerqueira de Lima, 36, foi morto na noite de terça-feira, 20, em uma falsa blitz em Deodoro, próximo à Vila Militar, zona oeste do Rio. A mulher dele, a psicóloga Cláudia, 34, grávida de sete meses, também foi atingida na perna. O filho do casal Mateus, 2, nada sofreu.


A família havia passado o feriado com amigos, na zona sul, e voltava para casa, na Vila Militar, quando foi abordada por dois homens em motocicletas, por volta das 21h30. Os criminosos bateram no vidro do Astra, ao lado do motorista, e ordenaram que todos descessem. Souza saiu do carro com os braços erguidos e disse: "Perdi, perdi! Só quero tirar minha mulher e meu filho do carro. Nesse momento, um outro motorista começou a atirar na direção dos criminosos. No tiroteio, Souza foi atingido por um tiro de fuzil na perna, que ficou destroçada, e. Cláudia foi ferida, provavelmente por estilhaços de bala, no joelho esquerdo.

Um dos assaltantes também morreu no confronto. No local, a polícia apreendeu uma pistola 380. Desesperada, a psicóloga telefonou para um vizinho e pediu para que ele buscasse o filho do casal, Matheus. Ela e o marido foram levados para o Hospital Estadual Carlos Chagas. "Eu já cheguei desesperançosa ao hospital. Ele estava muito ferido", contou Cláudia. Ela foi transferida para o HCE e recebeu alta na manhã de ontem, sem que o projétil fosse extraído. O marido não resistiu.

A família estava prestes a deixar o Rio. A transferência do capitão já havia sido publicada no Boletim do Exército e eles se mudariam em janeiro para Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

O enterro de capitão assassinado reuniu 600 pessoas em Japeri, na Baixada Fluminense. Centenas de amigos e parentes se aglomeraram nas ruas e no cemitério do município para prestar solidariedade, principalmente à mulher do oficial, que, mesmo caminhando com dificuldade devido ao ferimento de tiro na perna, compareceu à cerimônia.

O corpo do militar começou a ser velado por volta das 15h na Igreja Batista de Japeri e, duas horas depois, seguiu em cortejo pelas ruas. No cemitério, soldados do Comando Militar do Leste (CML) homenagearam Vander ao som da marcha fúnebre. A Bandeira do Brasil foi estendida sobre o caixão. Emocionada, Cláudia recebeu a bandeira e o quepe do marido depois de o caixão baixar.

"Até quando o Brasil será tão injusto? Ele era uma pessoa tão simples e divertida", contou, emocionada, a prima Elaine Cerqueira, de 42 anos. "Todos gostavam dele, por isso veio tanta gente ao enterro", completou um oficial amigo da vítima.


INVESTIGAÇÕES

O assessor de imprensa do CML, Carlos Alberto Lima, informou que o Comando da 1ª Divisão do Exército abrirá inquérito para investigar o caso. A 33ª DP (Realengo) está em busca dos bandidos que assaltaram o oficial na Estrada do Camboatá, próximo à Favela do Muquiço. Um deles morreu na ação, mas parentes de Vander negam que tenha sido após disparos do capitão. "Ele não andava armado", afirmou a prima Elaine.

No País do abandono social, a violência se transforma na guerra civil brasileira.

Gen Andrade Nery
A temperatura começa a subir nos quartéis, e os militares não escondem mais a apreensão com a corrupção que se alastra nas altas esferas do governo num descalabro político sem precedentes e com o emaranhado de crises que, acreditam, está desaguando em um quadro preocupante que pode, até mesmo, comprometer a ordem institucional.

A violência por sua vez assume proporções comparáveis a uma guerra civil, com claros sinais de perda de controle sobre os delinqüentes, com extensas áreas nas grandes cidades e no campo sob o controle absoluto de grupos armados, verdadeiras "Áreas Vermelhas" das Guerras Institucionais. Enquanto isso a população desprotegida, desarmada e impedida de se defender, permanece acuada engrossando as estatísticas de vítimas dessa violência absurda.

Nosso País é um dos mais violentos e corruptos do mundo.

Se não chegamos ao fundo do poço, estamos perto.

Ou reagimos agora ou teremos dificuldades maiores quando mais enfraquecidas estiverem as instituições democráticas.

Já não há como esconder que a crise está nas ruas.

Como garantir a soberania nacional com as Forças Armadas sendo submetidas a um processo de carência de meios que determina a obsolescência e o sucateamento do seu material, além da intenção preconcebida de proletarização e fracionamento dos níveis hierárquicos.

Com a compressão do poder aquisitivo dos vencimentos dos militares, o governo busca restringir o interesse pela carreira das armas da camada social mais capacitada assim como a distribuição de vantagens desiguais dissociando os quadros e afetando a sua união.

Os militares jamais serão instrumentos de lideranças políticas improvisadas, incompetentes e fracassadas.

Os militares não podem deixar que a Nação seja destruída.

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