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Luís Mauro Ferreira Gomes
O autor é Coronel-Aviador reformado.
Em 25 de agosto de 2008
Mais uma vez, vive o Brasil um momento decisivo em sua História.
Sempre que a nacionalidade se viu ameaçada, fosse por quem fosse, não faltou quem, independentemente de quaisquer considerações, enfrentasse e batesse o inimigo, para devolver ao País a segurança indispensável ao desenvolvimento, e à paz e à harmonia dos que aqui vivem e trabalham honestamente. Assim agia o Imperador, assim agiam os Militares, entre os quais, destacamos o Duque de Caxias, herói máximo que dedicou toda a vida a defender a nossa integridade territorial, que, hoje, um bando de terroristas apátridas, a serviço de ideologias e interesses espúrios, resolveu demolir.
Herói que o Presidente da República, com a falta de compostura e de decoro de sempre, mas fingindo uma ignorância maior do que a que lhe é peculiar, fez questão de desconhecer, em comício recente, mesquinho e desagregador.
No mesmo ato sectário e maniqueísta, o presidente, eterno candidato, cometeu, ainda, a apologia do seqüestro, do assalto, do assassinato e do terrorismo, e esbanjou dinheiro público para financiar meia dúzia de estudantes subversivos.
Desta vez, a responsabilidade por colocar esta grande Nação a salvo recai sobre os Ministros da Suprema Corte e, como sempre, sobre as nossas Forças Armadas.
No dia 27 próximo, o STF decidirá sobre a inconstitucionalidade da demarcação contínua das terras indígenas.
Na tentativa de garantir o sucesso de sua política indigenista deletéria e criminosa, o governo federal não tem poupado, nestes últimos dias, ataques preventivos a essas duas Instituições, não hesitando em, mais uma vez, afrontar a Constituição para constranger o Presidente do Supremo com uma cilada cuidadosamente preparada, numa interferência absolutamente indevida e intolerável em outro Poder da República, sepultando o que ainda restava da farsa de Estado de Direito em que vivemos.
A tentativa não deu, de todo, certo, e o governo, com a covardia característica de seus militantes, temendo o agravamento da crise, teve de retroceder e admitir os abusos da Polícia Federal – não por desistência, mas, apenas, para ganhar tempo.
Antevendo o sério risco de derrota no STF, os marqueteiros devem ter orientado os jornalistas a soldo da traição, que já começaram a insinuar, quase como uma proposição, que “o Supremo poderia adotar uma solução intermediária que conciliasse todos os interesses envolvidos”. Nova tentativa de dar os anéis para salvar os dedos.
Infelizmente, tal solução não existe. O governo é mal-intencionado e não desistirá dos seus propósitos e dos compromissos secretos já assumidos internacionalmente.
Se perdermos este momento histórico, enquanto ainda é possível por fim, definitivamente, a todas as mazelas que nos são impostas – uma das quais a demarcação das terras indígenas – eles se fortalecerão e logo voltarão aos objetivos clandestinos tradicionais, levando, inevitavelmente, a grande derramamento de sangue em confronto com a sociedade, que tem dado claras mostras de que não está mais disposta a tolerar as arbitrariedades de governos ditatoriais e populistas.
Não há, portanto, solução sem que se fulmine, como inconstitucional, a demarcação contínua das terras indígenas. Reservas, quando imprescindíveis, não deverão passar de pequenas ilhas indispensáveis à vida dos índios ainda não aculturados, sempre cercadas de Brasil por todos os lados, e bem longe das nossas fronteiras.
É primordial que os brasileiros lúcidos e ainda livres, que tenham acesso aos Ministros do STF, lhes digam que eles terão todo o apoio da sociedade brasileira para enfrentar as prováveis investidas retaliativas do Governo e dos que lhe são coniventes.
Isso ficou claro depois das denúncias do General Heleno, quando, praticamente, a unanimidade dos intelectuais, dos formadores de opinião, dos jornalistas, dos políticos, dos empresários, do povo, e, também, dos militares expressou-se contra a posição do governo, condenando-o a um isolamento absoluto.
Somente se disseram favoráveis o ministro da justiça, o presidente da FUNAI, o advogado da geral da União, e o próprio presidente da República, todos, partes integrantes do problema. Nem a “base aliada” ousou manifestar-se.
O que vimos, então? Mais uma vez, a covardia entrou em cena e, em um esforço infantil de dissimulação, essas mesmas autoridades passaram, a falar em soberania nacional (palavras cujo significado não conhecem), em controle das ONG (só agora descobertas) e, em aumentar a presença das Forças Armadas na Amazônia (com a ajuda de dois analfabetos em Defesa Nacional, os ministros Nelson Jobim e Mangabeira Unger).
Tudo falso, enganador, hipócrita, para esconder as verdadeiras intenções.
Mas vislumbramos dias melhores para o Brasil, cujos cidadãos nunca lhe faltaram. Sempre que algum falhou, logo apareceu outro para fazer o que deveria ser feito.
Neste grave momento, depositamos as nossas esperanças no Supremo Tribunal Federal, que saberá ficar com os brasileiros de bem, neutralizando as manobras dos aproveitadores, cujo apetite insaciável terminaria por nos levar ao esgotamento, caso não fosse detido.
Todos os dias vemos no que dá ser conciliador com quem não quer concerto. Foram eles que se posicionaram em termos de “nós ou eles”.
Assim, o mal precisa se cortado pela raiz.
Não é possível conviver com que nos quer destruir.