terça-feira, setembro 16, 2008

Dependência e Morte da Classe Mérdia

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07, Setembro, 2008

Alerta Total http://www.alertatotal.blogspot.com

Por Jorge Serrão


Sete de Setembro. Dia da Independência do Brasil? Mentira! Melhor contar outra piada de português. Nesta anedota histórica de brasileiro só quem acha graça é o inglês da Oligarquia Financeira Transnacional que nos controla desde de 1822. Mesmo com o brado retumbante do famoso Grito retórico do Ipiranga (que hoje é um canal dragado e de água podre), o Brasil é uma rica colônia de exploração pós-moderna mantida artificialmente na miséria por poderes globais externos. Até quando aceitaremos tal estigma? Eis a questão.

Uma questão para ser resolvida com Vontade Política e Disposição Patrótica. Patriotismo é a consciência objetiva do amor e devoção à Pátria. Difere completamente do nacionalismo – que é um sentimento ideologicamente induzido, e não produzido pela decisão individual sábia e soberana. Hoje é dia de lembrar e observar que o Brasil tem de evoluir.



O Estado Nacional precisa ser reinventado e reestruturado com base na Autodeterminação e na verdadeira Democracia – que é a Segurança do Direito Natural. A missão do brasileiro esclarecido e patriota é defender e praticar os Objetivos Nacionais Permanentes: Soberania, Paz Social, Integridade do Patrimônio Nacional, Integração Nacional, Progresso e Democracia (que é a base para os demais).

É necessário sempre destacar que os Objetivos Nacionais Permanentes dependem da afirmação e da defesa do interesse do País, da preservação da integridade do território nacional, da projeção internacional do Estado brasileiro, da consolidação de seu potencial econômico e militar e do desenvolvimento integral da Nação, sobretudo em termos de cidadania.


O primeiro passo para a correção de tantos desvios no Brasil é a conscientização da realidade. O segundo passo é a formulação objetiva de um Projeto Nacional autônomo, até hoje não formulado por qualquer grupo político tradicional para o Brasil. O terceiro passo é fazer tal plano virar realidade.



Em suma, temos de colocar ordem no caos. A História se escreve com soluções de sucesso. E não enxugando gelo de problemas, ou, simplesmente, falando mal de sucessivos e criminosos desgovernos entreguistas, corruptos e incompetentes que reinam por aqui há séculos.


Os ignorantes entreguistas daqui sofrem da “Síndrome do Diplodoco”. A doença foi catalogada por um patriota brasileiro, especialista em Inteligência e assuntos militares, que tem a curiosa alcunha de “Zeca Diabo” (porque ostenta uma careca igual a do personagem de “O Bem Amado”, de Dias Gomes). Royalties para o Zeca.



O Diplodoco viveu 150 milhões de anos atrás, no período Jurássico. O bicho é um dos dinossauros mais conhecidos. Pesava umas 38 toneladas. Tinha 45 metros de comprimento. Um rabo enorme! Pelo menos 5 metros na altura dos quadris. Seus pés eram largos e gigantes. O herbívoro que viveu na América do Norte parecia um elefante. Só que era burro!



O tal bichão levava uma enorme desvantagem tática na luta pela sobrevivência. Seu tamanho lhe tornava muito lento nas reações. Seu reduzido cérebro (lhe confere uma triste ignorância ou incapacidade de pensar a própria realidade existencial). O curioso é que o gene do Diplodoco parece inoculado nos brasileiros otários.



O ilustre saurópode em formato de dupla viga vivia um drama moral. Pequenos predadores comiam o imenso rabo do Diplodoco. E o idiota do bicho nem sentia ou percebia. O rabo era sua arma letal. Quando os predadores maiores apareciam, ele lhes dava uma “chicotada fatal”. Até que, uma hora, devorado pelos bichinhos, na hora da reação, lhe fazia falta o rabo comido. Resultado: o Diplodoco acabou extinto.

O Governo do Crime Organizado, com a conivência dos Diplodocos Tupiniquins, pratica sua ideocracia contra as expressões do poder político, econômico, jurídico, militar, científico-tecnológico, cultural e psicossocial do Estado brasileiro. Aos brasileiros diplodocos são impostas (e aceitas pela maioria néscia), idéias, conceitos, ideologias e ideocracias fora do lugar – que afrontam nossa realidade objetiva e atrasam nosso desenvolvimento como Nação.


Assim, somos impedidos de exercer a verdadeira liberdade de pensar e agir no interesse da Pátria. Historicamente, somos uma plataforma de transferência de recursos naturais e financeiros para o exterior. Por aqui impera o entreguismo, definido como um conjunto de idéias, ou interesse político, que preconiza entregar à exploração do capital estrangeiro transnacional os recursos naturais do País e sua própria economia.


Resistir parece inútil. A cada mês, o Brasil entreguista registra recordes de fusões e aquisições de empresas. Até agosto, o entreguismo movimentou US$ 62,3 bilhões de dólares. Só em 2007, o valor foi de US$ 59 bilhões. Adivinha quem mais ganha dinheiro com tais operações? Os banqueiros internacionais, é claro. O líder em operações de fusão e aquisição no Brasil é o Credit Suisse. Em segundo lugar, vem o Citi. Em terceiro, o Banco Rothschild. As informações são da Thompson Reuters Markets. A Oligarquia Financeira Transnacional sabe tudo... E um pouco mais...


Os Governadores Reais do Brasil – os banqueiros e grandes corporações transnacionais - têm pelo menos dois objetivos bem definidos, para justificar seu controle. O primeiro é a exploração econômica da nação e dos recursos naturais do seu território. O segundo é a contenção das potencialidades sócio-econômicas, políticas e militares da Nação, na medida exata de seus interesses transnacionais. Os controladores internacionais do Brasil sabem como transformar poder em cada vez mais dinheiro.


O método de colonização no globalitarismo é mais que manjado. Em países sem soberania, autodeterminação e independência como o nosso, a Oligarquia Financeira Transnacional patrocina seus ideólogos ou ideocratas para que promovam pelo menos quatro instrumentos básicos de controle, dominação ou manipulação. 1) A oferta de dinheiro (via monetarismo) 2) Os meios de comunicação de massa. 3) O “crime organizado formal” (sinônimo de violência, terrorismo e corrupção). 4) As “legislações” globais padronizadas.


O falecido sociólogo Herbert de Sousa, o Betinho, em seu livrinho “Como Fazer Análise de Conjuntura (1990), nos ensinava que: “O capital transnacional é um dos principais atores de nossa economia política. Ele está presente em posição estratégica nos setores fundamentais da economia. Controla os setores industriais mais dinâmicos e praticamente determina a natureza e os rumos de nosso processo econômico”.


Betinho foi mais explícito ainda naquele começo de década de 90: “O Estado brasileiro está sendo dirigido por atores políticos que não têm condições de se apresentar clara e diretamente à sociedade, porque respondem aos interesses do capital transnacional instalado no País”. O entreguismo denunciado por Betinho só se agravou daquela época até agora. A Síndrome do Diplodoco explica. É Freud...

A classe média brasileira vive hoje o mesmo drama do extinto dinossauro que não percebia a ação de seus verdadeiros predadores, que lhe comiam o rabo gradualmente. O popular chefão Lula da Silva, em sua marketagem diária, exalta que o "Brasil vive um momento especial, em que as coisas estão acontecendo rapidamente".

Na mesma linha de engodos, o presidente Henrique Meirelles destaca que o Banco Central (por ele gerenciado em favor dos banqueiros nacionais e internacionais) tem incentivado a expansão do mercado de capitais, por meio do crédito. Meirelles ainda tira onda com a cara dos otários diplodocos tupiniquins: “Só este ano, o crédito cresceu 30%. Quer incentivo melhor que esse?”

Incentivo melhor para quem? Para os banqueiros, é claro. A classe média diplodótica é iludida pela farra do crédito pretensamente fácil. Em 31 de julho, o Alerta Total informou que nada menos que 37 milhões e 759 mil brasileiros estavam altamente endividados e com dificuldades mensais para quitar empréstimos bancários ou financiamentos de longo prazo.


Só na modalidade de crédito consignado, onde o valor devido é descontado mensalmente no contra-cheque, existem 24 milhões e 914 mil pessoas penduradas. A maioria é formada por aposentados e pensionistas do INSS, e por servidores públicos civis e militares que apelam ao crédito (nada) fácil, com juros e taxas abusivas, por causa dos salários ou proventos defasados. As dívidas acumuladas por cidadãos e empresas já atingiam, no final de julho, o alarmante valor de R$ 360,9 bilhões.


O diplodoco endividado terá seu rabo, brevemente, comido pela voracidade dos banqueiros. Estudos reservados do Banco Central, que o Palácio do Planalto estrategicamente esconde da sociedade, indicam que o Brasil tem uma grande bolha de crédito prestes a estourar. O quando e o como vão depender da velocidade e da intensidade da crise econômica mundial que já é uma realidade objetiva.

Em tese, nenhuma blindagem agüenta um calote generalizado sobre um volume de empréstimos que já chega a 36,5% do PIB (Produto Interno Bruto, ou tudo que é produzido em nossa economia). Mas os banqueiros alegam que o sistema tem saúde para suportar o calote. Será que tem mesmo? Quem vai pagar para ver? A classe “mérdia” vai.


O Alerta Total também denunciou em 31 de julho que, nos maldosos bastidores do mercado financeiro e do Congresso, já circulam informações de que ilustres membros da cúpula petista já descobriram uma fórmula para se dar bem se a crise econômica estourar. Escritórios de advocacia, de pessoas muito próximas ao chefão Lula, usando e abusando de tráfico de influência, já fecharam um acordo com grandes bancos e financeiras para um esforço de recuperação do crédito que será dado em breve como perdido.

O esquema de cobrança terceirizada – que em princípio é inconstitucional – seria remunerado com a comissão de 30 por cento do valor que fosse recuperado de grandes devedores. Nos bastidores, afirma-se que o negócio é muito melhor e rentável que o ajuizamento de ações judiciais ou administrativas para receber indenizações políticas (a chamada “bolsa dita-dura”).


Enquanto os diplodocos vão pagando a conta para os banqueiros, que drenam as riquezas da sociedade, o desgoverno perdulário dos socialistas tupiniquins vai “aparelhando” ainda mais a máquina estatal. Lula vai gastar, em 2009, R$ 128,5 bilhões só com a folha de pessoal do Poder Executivo, que já ultrapassou a marca de 1 milhão de servidores ativos. O número era de 780.975 no final do governo Fernando Henrique Cardoso (2002). Já em abril passado, chegava a 997,9 mil servidores. Houve um crescimento de 27%.


Pagando impostos cada vez mais elevados, que jogam a carga tributária para perto ou acima dos 40%, os diplodocos tupiniquins da classe mérdia ajudam a financiar a política de concessão de reajustes de salários e criação de milhares de cargos na administração pública. Desde 2003, o governo Lula criou 91.413 cargos, segundo dados do Ministério do Planejamento apresentados no projeto de lei do Orçamento da União para o ano que vem.

Em 2009, o desgoverno pretende manter o ritmo de crescimento da máquina pública: quer criar mais 15.076 cargos e contratar até 50.302 novos funcionários, só no Executivo. Desse total, 19.423 serão para substituir o pessoal terceirizado, principalmente em setores como limpeza e transportes.

Eis a triste relação de dependência financeira e morte gradual da classe mérdia brasileira que merece um 7 de setembro de verdade para comemorar. Quem sabe este dia não demora a chegar? O negócio é “Pensar Brasil” e agir depressa. Antes que comam o rabo do dinossauros ignorantes.

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