terça-feira, setembro 30, 2008

Vítimas

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DENIS LERRER ROSENFIELD

Professor de filosofia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O GLOBO

29.09.2008


A questão indígena tem sido envolta numa tão espessa névoa ideológica que se torna, muitas vezes, difícil descortinar o que está realmente em questão. Os protagonistas se confundem, agentes históricos de atrocidades se eximem de suas responsabilidades e novas vítimas surgem. Pegue-se, por exemplo, uma publicação intitulada Outros 500. Construindo uma nova história, do Conselho Indigenista Brasileiro - Cimi/CNBB.


Nela, em sua apresentação, Dom Pedro Casaldáglia considera toda a história brasileira como uma história de usurpação, carregando inclusive nos termos ao assinalar que se trata de uma história "etnocida, genocida, suicida". Ora, o grande problema, como o próprio livro, aliás, assinala em várias partes, consiste em que essa história é de responsabilidade da Igreja e do Estado brasileiro. Os missionários exterminaram culturalmente os indígenas, destruindo as suas diferentes cosmogonias, a sua religião e a sua cultura em geral, por intermédio de conversões forçadas ao cristianismo. Foram também partícipes de massacres e de reclusões em missões, quando não diretamente de escravidão. Assinale-se, porém, que esses mesmos atores também lutaram pela proteção dos índios, integrando-os à nova civilização, contra as próprias políticas do Estado brasileiro.


O livro oferece vários exemplos. Na região amazônica, entre os séculos XVII e XVIII, "a corrupção era prática corrente nos resgates oficiais e envolvia desde funcionários encarregados da fiscalização até governadores, como Francisco Coelho de Carvalho, que exportava escravos do Pará para o restante do país e até para as Antilhas. Missionários entregavam índios para serem escravos, cedendo às ameaças das tropas ou favorecendo seus próprios interesses". Ou, ainda, "os religiosos costumavam participar das tropas de resgate como capelães, para evitar abusos. Mas existiam também outros que ajudavam na escravidão".


Observe-se, numa outra perspectiva, que os índios viviam em guerra constante entre si, não se podendo caracterizar o seu modo de vida como sendo o de um idílico estado de natureza à la Rousseau ou o do comunismo primitivo no sentido de Marx e Engels. Não se pode compreender a colonização portuguesa, senão sob o prisma de uma disputa entre povos indígenas, que se digladiavam até a morte. Da mesma maneira, na fase das bandeiras, no século XVII, havia sempre o envolvimento de indígenas contra indígenas, como no caso dos tupis aliados aos bandeirantes contra os guaranis. E se os portugueses conseguiram se estabelecer nestas terras, foi porque índios colaboraram com eles, combatendo outros índios. Trata-se de um grande equívoco histórico considerar a existência de uma concórdia indígena originária, quando a realidade é bem outra.


Logo, a questão diz respeito à responsabilidade da Igreja naquilo que o Cimi chama de "genocídio". A Igreja, conforme a orientação esquerdizante do livro, teria seguido essa política até 1972, quando o próprio Cimi foi criado, tentando, via conversão ao marxismo e à Teologia da Libertação, reverter ideologicamente esse quadro. A partir desta data, o Cimi/CNBB, graças a essa "conversão", passa a pregar, ao arrepio dos fatos, a volta a um estágio primitivo, dito de natureza, como se este tivesse jamais existido. Desconsidera a história brasileira, feita de miscigenação racial e étnica, baseada na integração de culturas. Estamos diante de uma reviravolta da Igreja em relação à sua própria história, como se estivesse expiando um incontornável sentimento de culpa.


O problema se torna mais paradoxal pelo fato de o Cimi, em vez de assumir a sua própria responsabilidade com o Estado brasileiro, transferir essa responsabilidade para os produtores rurais, que, hoje, nada têm a ver com o acontecido. Compraram as suas terras, tendo títulos de propriedade perfeitamente estabelecidos, registrados em cartório. Não cometeram nenhuma violência. Ora, são essas pessoas que se tornam alvos do Cimi/CNBB, como se fossem os responsáveis do que foi feito pela própria Igreja e pelo Poder Público. Ambos, na verdade, pretendem devolver a "terra roubada" através de um outro roubo, o cometido contra os produtores rurais. A transferência de responsabilidades se faz mediante o recurso a Rousseau e Marx. O marxismo serve de instrumento de sua luta contra a propriedade privada. E Rousseau comparece como aquele que, além de denunciar a propriedade privada, teria estabelecido uma comunidade originária de homens intrinsecamente bons. A volta a Rousseau significa um ocultamento da Igreja e do Estado brasileiro, via Funai, de suas respectivas histórias. Num toque de mágica, o direito de propriedade e os produtores rurais passam a ser considerados os responsáveis de todos os malefícios da história brasileira.


Cria-se, então, uma situação inusitada: para reparar uma injustiça, comete-se outra. O trágico desta situação consiste em que os indígenas sofreram uma grande injustiça, cometida por diferentes atores históricos, dentre os quais se destacam a Igreja e o Estado brasileiro, em suas diferentes fases de constituição, em particular a relativa à escravidão. Os produtores rurais, por sua vez, são igualmente vítimas dessa situação, pois não são responsáveis pela conversão forçada das tribos indígenas pelos missionários, nem das atrocidades cometidas pelo Estado brasileiro. Acontece, porém, que o Cimi e a Funai procuram reparar uma injustiça histórica por meio de uma outra injustiça, que afeta pessoas inocentes. Tanto a Igreja quanto o Estado brasileiro não assumem as suas respectivas responsabilidades e as transferem a um terceiro, no caso os proprietários rurais. Pregam justiça com recursos alheios. Se a justiça fosse o eixo de suas ações deveriam comprar terras pelo valor de mercado, distribuí-las e não expropriar terceiras pessoas que não são responsáveis dessa história.

segunda-feira, setembro 29, 2008

ALERTA SOBRE A MANIPULAÇÃO DO DIREITO PARA FAVORECER O ADVENTO DE UM ESTADO SOCIALISTA

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HEITOR DE PAOLA divulga:


Redação da Revista Catolicismo entrevista a Doutora Arinda Fernandes, Procuradora de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios e Professora da Universidade Católica de Brasília. É um alerta sobre os graves riscos do movimento organizado para manipular o Direito, com o objetivo de corroer o ordenamento legal e favorecer o advento de um Estado socialista.


Arinda Fernandes é Pós-Doutorada em Crime Organizado e Criminalidade Transnacional pela Universidade de Roma - Tor Vergata, integra a Câmara de Coordenação Criminal, é professora da graduação e pós-graduação da Universidade Católica de Brasília, Pesquisadora do CNPq, membro do Conselho Pontifício do Observatório do Crime Organizado - Genebra (Suíça) e da Société Internationale de Droit Pénal - AIDP, com sede em Pau, França.


http://www.heitordepaola.com/publicacoes_materia.asp?id_artigo=379


Como a Sra. vê o problema da politização do Poder Judiciário?


A militância ideológica dentro do Poder Judiciário é um fenômeno relativamente recente no Brasil, mas vai tomando rumos preocupantes. Nos Estados Unidos, o problema é mais antigo e vem sendo combatido por diversos setores da sociedade. Recentemente foi lançado naquele país um livro intitulado Homens de preto: como a Suprema Corte está destruindo os Estados Unidos, mostrando que a esquerda está utilizando o Poder Judiciário para colocar em prática sua agenda reformista. Aqui no Brasil, já existe uma considerável rede de profissionais do direito - especialmente na magistratura e no Ministério Público - empenhados em questões como legalização do aborto, união de homossexuais, eutanásia, enfraquecimento do direito de propriedade. A ação desses operadores do direito está pautada por sua ideologia e conseqüentemente não há por parte deles nenhum compromisso com a legalidade instituída. É bastante comum ver esses profissionais evocarem os princípios constitucionais para fundamentarem suas peças processuais como sentenças, pareceres, pedidos de arquivamento. Trata-se de um sagaz exercício de retórica: afirmam estar cumprindo a Constituição, no momento mesmo em que a desobedecem. Por exemplo, não faz muito tempo, um Juiz do Rio Grande do Sul reconheceu como união estável o relacionamento de cinco anos entre dois homossexuais. E fundamentou sua decisão na Constituição Federal. Mas a Constituição, assim como o Código Civil, é taxativa em reconhecer união somente entre homem e mulher.


A ação desses juristas é um fator de enfraquecimento da ordem legal?


Sim, e de várias formas. Uma delas é debilitando a própria organização do Estado. Nossa Constituição define claramente a existência de três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Em linhas gerais, a tarefa de exprimir a vontade popular cabe ao Legislativo, por meio da elaboração de leis. Ao Executivo, administrar e executar as leis. E, por fim ao Judiciário dirimir as controvérsias em torno das leis. Quando esses ativistas dentro do Judiciário têm a oportunidade de levar à frente alguma de suas propostas progressistas, passam por cima de toda a legalidade instituída. Afirmam que as leis são injustas, ou que estão realizando mera interpretação. Na prática, estão furtando uma tarefa que é do Poder Legislativo e colocando em xeque o próprio Estado de Direito. Mas o problema central - e muitos juristas sérios se recusam a ver essa realidade - é que boa parte desses profissionais engagés não está interessada meramente em aplicar uma agenda reformista, Isso é apenas o começo. O objetivo principal - dizem explicitamente - é corroer o ordenamento legal para, com isso, favorecer o advento de um Estado socialista. Usam o Direito como arma na pretensa luta de classes teorizada pelos socialistas.


Qual é a inspiração ideológica ou doutrinária desses magistrados?



Aqui no Brasil, esses juristas realizaram todo um trabalho teórico de adaptação da estratégia de revolução cultural do ideólogo italiano Antônio Gramsci para poder aplicá-la ao direito. Gramsci queria uma revolução cultural capaz de apagar todos os valores ocidentais e cristãos que orientaram a atual civilização. Para ele, não seria possível estabelecer o socialismo sem antes realizar essa reforma intelectual. Dentro desse esquema, é muito importante apagar nas pessoas as noções tradicionais de justiça. É o que ocorre, por exemplo, quando um proprietário tem sua terra invadida e recorre ao judiciário, exigindo reintegração de posse. Na sentença o juiz afirma que os invasores têm o direito de permanecer na terra invadida. O caso é noticiado na imprensa. Se ao longo de alguns anos houver vários casos semelhantes, a idéia que fica para a opinião pública é a de que alguma coisa mudou, e que um invasor tem mais direito sobre a terra do que o próprio dono. Gramsci chamava isso de “função pedagógica de direito”. É uma forma de educar e assimilar as massas. Outro aspecto interessante foi abordado por um aluno da Universidade Católica de Brasília, chamado Mauro Alves Corrêa, em sua monografia de conclusão de curso intitulada “Revolução Cultural no Direito: Gramsci e o Direito Alternativo”, cuja banca examinadora tive a grata satisfação de integrar: é a ação conjunta desses magistrados com os tais movimentos sociais. A inspiração disso também está em Gramsci. A idéia é tentar passar à opinião pública a impressão de que estão amparados pelo apoio popular, e ao mesmo tempo, dar a idéia de que tais grupos representam a totalidade da população.



Esse ativismo revolucionário é realizado apenas pelos adeptos do direito alternativo?

Eu diria que existe hoje um ativismo de esquerda dentro do Poder Judiciário e do Ministério Público, mas que não está propriamente ligado ao direito alternativo. A grande maioria desses magistrados e representantes ministeriais engajados não quer ver seu nome associado a um movimento organizado, porque a existência de um rótulo capaz de designar toda essa rede de profissionais ativistas é algo muito incômodo para eles. Atualmente, até mesmo conhecidos líderes do alternativismo jurídico têm se esforçado para colocar em desuso expressões como “direito alternativo” ou “uso alternativo do direito”. No último congresso internacional de direito alternativo do trabalho, elas não apareciam em nenhuma das teses. Não quero dizer com isso que eles não estejam organizados. Pelo contrário, acredito que estão muito bem organizados.



A senhora julga que pode ser feita alguma coisa em sentido contrário?



Uma forma muito inteligente encontrada por esses ativistas, de camuflar seus objetivos e confundir a opinião pública, foi tomar para si bandeiras como reforma do ensino jurídico, celeridade processual, assistência aos necessitados. Seria uma coisa muito bonita, imagine, um grupo de juristas que realizasse um trabalho de apoio aos necessitados, como fazem os Católicos Vicentinos. Mas não é isso. E há muita gente pensando que é esse tipo de ideal que une esses ativistas. É preciso mostrar a realidade: esse ativismo ideológico dentro do Poder Judiciário existe é um movimento organizado tem um objetivo. É preciso apresentar essa visão de conjunto, porque a maioria das pessoas não tem a capacidade de juntar os fragmentos e ver a realidade inteira. Se realizarmos essa tarefa, a ação desses operadores do direito estará esvaziada e enfraquecida. O que pode ser feito em sentido contrário é mostrar a verdadeira face do alternativismo jurídico, em trabalhos, artigos, teses, monografias como a desse aluno da Universidade Católica de Brasília, Mauro Corrêa, que assim conclui seu brilhante trabalho: “A continuar ignota a verdadeira face do alternativismo jurídico, a penetração sutil de suas doutrinas não cessará. A substituição do senso comum jurídico realizar-se-á, sem que para isso o direito alternativo, enquanto movimento distinto do restante dos juristas, seja preponderante, afinal, militância declarada não era a preocupação de Gramsci, e os seguidores do direito alternativo sabem disso. Talvez quando nossos juristas se derem conta de que o Movimento do direito alternativo não é simplesmente um grupo de aventureiros, mas parte de uma matizada estratégia revolucionária, possa ser tarde demais”.

As grandes mentiras do governo mundial

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http://www.anovademocracia.com.br/index.php/As-grandes-mentiras-do-governo-mundial.html

Em entrevista à AND, o Brigadeiro Ércio Braga nos fala sobre as grandes mentiras do governo Lula e as táticas e instrumentos usados pelo governo mundial em sua estratégia de dominação.


O que é um governo mundial? Governo mundial é uma reunião de pessoas que têm uma fortuna incalculável, donas dos maiores bancos do mundo. Eles comandam as finanças de todo o mundo e seus instrumentos para agir nos países são o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial. Isso é interferência na economia. Esse é um grupo pessoas agnóstico, amoral (nem moral, nem imoral), aético, e assassino, por que eles matam pessoas de forma muito simples. Para matar 1 milhão de pessoas provoca-se uma fome devastadora nos países, doença, peste — tudo isso são formas de assassinato.


Para desmascarar esse governo mundial, faltam alguns dados que eu ainda não consigo completar — como, por exemplo, o quanto o Brasil exportou em minério de ferro nos últimos 20 anos. Nem o preço, nenhum dado é revelado, mas eu consegui descobrir o método que eles usam. O governo mundial está agindo e sua idéia é acabar com o Estado-nação. Essa história de globalização é um charme para dar entrevista — globalização, o homem, direitos do homem, essa bobagem toda.

O importante é que nós temos que enfrentar esse governo mundial. O Brasil tem que enfrentar esse governo a tapa, não tem mais solução. Porque eles compraram o Legislativo, compraram o Judiciário, compraram o Executivo. Eles compraram tudo. Ser o governo mundial é isso aí. Veja o caso da Petrobrás, com licitações de áreas extremamente promissoras. Eles vão vender a preço de banana e os compradores vão ganhar com a prospecção feita. Eles tentam tomar conta de todos os poços de petróleo do mundo, por isso invadiram o Iraque.


Esse governo do Brasil é mentiroso. É o governo campeão de mentiras do mundo atualmente. Ou Lula não sabe de nada, fala o que mandam falar e nem sabe que está sendo o maior mentiroso do mundo, ou é conivente. Ele assinou o Consenso de Washington, junto com Fernando Henrique, e o Consenso de Washington é a filiação e obediência a isso. O Consenso de Washington é o USA. O resto é resto.

A mentira do mercado


O mercado é um engodo. Vou citar um exemplo do que eles fizeram no mundo inteiro: o Brasil tem uma reserva enorme de ferro. Então eles dizem para os brasileiros: “Vocês têm que aumentar a produtividade. Vocês têm muito ferro para exportar mais.” É a teoria da exportação. Preparados, o negócio é exportar. Só que a gente não comanda a exportação, muito menos o preço da nossa mercadoria que vai ser exportada. Então, o que acontece com o minério de ferro? Dizem: “Vocês têm que investir mais.” Muito bem. Para investir mais é preciso comprar máquinas e equipamentos grandes — que só eles têm. O peço é dado por eles. Como não temos dinheiro para pagar os equipamentos, temos que pedir um empréstimo — nos bancos deles e com os juros que eles estipulam. Pagamos os juros que eles querem e ficamos com uma dívida para pagar. Quando recebemos os equipamentos para aumentar a produção, podemos contratar pessoas para fazer o negocio funcionar.

Grande exemplo é Carajás, um sistema modal perfeito, o mais eficaz do mundo. Fizemos tudo isso. Aí, quando começamos a produzir e aumentar a produção, estamos pagando os juros das dívidas que contraímos para construir o sistema. Mas, como agora a oferta está muito grande, o preço caiu. Em 65 o Brasil não tinha Carajás (que começou a ser construída em 70) e vendia a tonelada a US$ 8,08. Com o passar dos anos esse número foi aumentando, chegando em 1996 a quase US$ 17. Bom, deflacionando os valores, já que o dólar teve inflação, concluímos que o Brasil vende hoje o minério de ferro pelo equivalente a 2,3 vezes menos do que em 65. O Brasil trabalha mais, vende mais matéria prima, e recebe menos. Somados aos juros, paga para exportar.

Ainda tem o caso da multinacional que explora e processa o alumínio. Tucuruvi vende o mega watt/hora para ela a dois vírgula qualquer coisa, mas o custo de Tucuruvi é sete vírgula qualquer coisa. Essa diferença paga o brasileiro e quem ganha são eles.

Eles fizeram isso com o gás da Bolívia e com o cobre do Chile. A mesma técnica, tudo igualzinho a como fizeram em outros países. O Brasil é o maior produtor de quartzo de alta qualidade e vende a preço ridículo, irrisório, além do nióbio. Tudo nós vendemos abaixo do custo.

O papel pintado


O dólar é uma moeda emitida por 12 bancos privados no USA, os mesmos do governo mundial. E não tem mais lastro em ouro, não tem mais nada em riqueza que apóie o serviço do dólar. O dólar é falso, é papel pintado. Mas, como é que o dólar ainda tem valor? Primeiro, por causa desses governos que pegam dinheiro emprestado e pagam juros em dólar. Para pagar juros em dólar tem que vender matéria-prima para receber dólar. Nós já vendemos mal, recebemos em dólar e pagamos a dívida com ele. Nós valorizamos o dólar.


O USA está dominando militarmente todos os poços de petróleo. Invadiu o Iraque para dominar as reservas de petróleo, que são grandes. Está fazendo uma confusão na Venezuela também por causa do petróleo. Já avisou que o próximo é o Irã, que tem grande reserva de petróleo. Entraram no Afeganistão e estão acabando com as reservas. A Europa tem que comprar petróleo da Arábia Saudita, do Kuwait, em dólar, e por isso valoriza o dólar. O Japão tem que comprar em dólar. O dólar é realmente papel pintado, mas está sendo mantido na base do poderio militar do USA, pelo controle que ele exerce sobre o petróleo, dívidas externas etc.

A farsa da democracia


A “democracia” foi escolhida por eles como um sistema ideal porque é um sistema aberto e a influência do poder econômico numa democracia é demolidora, devastadora. Cada vez é necessário gastar-se mais para eleger um deputado ou um senador. Cada vez mais os deputados e senadores ficam na mão dos donos do dinheiro. Por exemplo, quem designa os membros do Superior Tribunal Federal? O Executivo. Quem aprova? O Legislativo. O Legislativo está na mão dos donos do dinheiro. Conclusão: só caem no STF as pessoas que eles querem, pessoas que são nomeadas, não juizes de carreira.


Uma democracia é muito fraca se não tiver Executivo e Legislativo fortes e um Judiciário independente. O que é que eles fizeram para acabar de vez com o Judiciário? Isso eu afirmei em uma entrevista, muito antes deles aprovarem: o objetivo do governo mundial, quando fala de reforma do Judiciário, é um só: a súmula vinculante. Com a súmula vinculante uma decisão do STF em determinado processo não pode ser modificada em nenhum outro tribunal, em processos de mesma natureza — ou seja, pelos juízes de carreira.


Então, com o STF dominado, acabou-se, já que os juízes do Superior Tribunal Eleitoral também são nomeados pelo Executivo. Imagine-se que o STF vai ser consultado sobre uma causa trabalhista entre um operário e uma multinacional. Qual será a sua decisão? A multinacional vai escolher o fórum onde vai ser discutido e resolvido o assunto. Ou seja, o seu país de origem. Isso vai ser uma catástrofe.

Essa “democracia”, então, vai se eternizar no poder. Quais os recursos? Primeiro o poder econômico. O PT sabe bem o que é isso. Inventou ministérios e secretarias, criou milhares de cargos para que esse pessoal pague 20% ao PT, que compra os deputados — como comprou o do Prona por US$ 200 mil, mais US$ 5 mil por mês.


Outro recurso é o voto eletrônico, inventado por eles para ninguém saber em quem votou e eles fazerem o que quiserem com o voto. O senador Requião deu uma solução para isso, quando sugeriu que o voto fosse impresso e depositado em uma urna lacrada. O resultado sairia rapidamente e depois os votos seriam conferidos. A reação não se fez esperar: “Mas não se pode desconfiar da urna eletrônica, são pessoas honestas...”


Eu acredito que realmente o voto eletrônico democratizou a eleição, porque a urna faz o que quiser com o seu voto. Quanto a isso só tem uma solução, e eu vou para a rua, para o rádio, para a televisão falar: “Não compareçam à eleição!”


Fui candidato a deputado. O meu dinheiro acabou cedinho, porcaria de R$ 20 mil, quase nada. Mas algumas pessoas votaram em mim pelo meu princípio. Sem que eu pedisse famílias me disseram: “Todos nós votamos no senhor. Tá aqui a urna, a sessão e o nome da pessoa.” Aí eu peguei essa relação e fui conferir. Dos dez nomes conhecidos, só quatro confirmados. Seis votos sumiram. E quem disse que quem vota em branco não vota nada? Quem anula o voto transforma em voto para alguém. Ou eles mudam essa porcaria toda ou eu vou puxar um trem de estudantes para invadir o TSE. Vamos invadir aquilo lá e ficaremos uma hora cantando o Hino Nacional. E se não mudar a regra para essa eleição, não votarei.


Eu digo que a democracia é a sacerdotisa dos adoradores do bezerro de ouro no templo-mercado.

O Estado mínimo


Fernando Henrique começou com essa história com muita pompa, com muito charme, o intelectualóide-lerdóide, dizendo que o Estado tem que cuidar de segurança, saúde e educação. Só isso. O resto tem que ser separado do Estado. Resultado: a saúde está uma porcaria, a educação está uma porcaria, e as Forças Armadas, que tratam da segurança, estão desmanteladas. A teoria do Estado mínimo serviu para quê? No Estado mínimo você diminui as Forças Armadas. As Forças Armadas (em tese) garantem a integridade do território. Se elas forem fortes, um invasor vai ter problemas para entrar aqui.


Para o Estado diminuir alguém teria que exercer as funções do Estado. Então, usaram a mesma técnica aplicada no USA (lá também o governo mundial está presente, não sei quando é que o povo vai perceber): um troço chamado agência. Agência é um órgão independente. Quando se fala que ele é um órgão independente, quer dizer independente do governo, mas dependente do governo mundial.

Existem duas agências que todos conhecem: CIA (Central Intelligence Agency) e FED (algo como o banco central do USA, composto por um grupo de grandes bancos privados). O diretor da CIA é nomeado por alguém, que não é o presidente dos Estados Unidos, por que ele chega lá, Republicano ou Democrata, mas o cara da FED e da CIA é o mesmo. Quem nomeia os presidentes das agências? O governo mundial. Então, CIA e FED são instrumentos do governo mundial. No Brasil temos vários exemplos: a Agência Nacional do Petróleo (ANP) aumentou o combustível e o presidente da República não estava de acordo. Mas, pela lei, o presidente da agência podia aumentar. A quem ele ouviu? Por quem tomou a decisão? Com toda a banda do Lula a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aumentou as tarifas. Aí ele diplomaticamente foi lá e aumentou menos. Mas a decisão é da agência.

Outro exemplo é a Agência Nacional de Águas (ANA). Um absurdo total. É a privatização das reservas hidrominerais do país. Eles vão ser donos da água do país. Não podemos admitir que a água de Petrópolis seja de uma empresa francesa, a Perrier. Então, quem tiver um poço vai pagar para a Perrier? Toda a água do subsolo é deles. E a lei já saiu no governo Cardoso.

As Ongs e o Estado


Outra coisa que eles usaram para substituir as funções do Estado: as famigeradas Ongs. As Ongs recebem dinheiro do governo e não prestam conta. O relatório da CPI das Ongs que foi feito no Senado, é uma calamidade. Tem indivíduo que recebe R$ 7 milhões por ano da Funasa (Fundação Nacional de Saúde). Com esse dinheiro ninguém faz nada de saúde para os índios e gasta esse dinheiro como quer, pagando as pessoas que ele nomeia, viagens...


Veja a bagunça que está lá na Amazônia. Os índios estão começando a se revoltar. E isso é ótimo. Os índios é que vão acabar matando todos esses caras das Ongs que só vão lá para embromar. Sociólogo, biólogo — os índios sabem que são sem-vergonhas, e que eles não esqueçam que o índio é invocado.


O que eles não sabem: existem várias tribos na Amazônia. Um grupo foi paras cidades e aculturado. E esse número é grande, é muito grande. Se dependesse de mim tomar essa decisão, convocaria todos para o exército, depois mandaria que voltassem para suas tribos, mas à paisana, para acabarem com essa brincadeira.


As Ongs atacam ainda na área industrial, acabando com indústrias de material bélico. Para motivar a população vem uma campanha de paz e desarmamento. Isso foi planejado. Primeiro passo: vocês têm que registrar suas armas. Segundo: a lei. Você não pode ter a arma. Você disse que tinha, mas vai ter que devolver. Por que? Para desarmar a população civil. Aí vêm com bandeiras, pombinhos, coisa bonita, a humanidade, desarmamento e paz. Qual é o contrário? Armamento e guerra. Armamento e guerra significam Forças Armadas. O objetivo dessa campanha é desmoralizar, desvalorizar, desacreditar as Forças Armadas de todos os países.

O Estado máximo da ONU


Enfraquecido o Estado mínimo, as fronteiras ficam abertas. Aí entra o Estado máximo, que é a ONU. A ONU é um instrumento do governo mundial em vários setores: na Organização Mundial de Comércio (OMC), nas Ongs, na demarcação de terras ambientais e de áreas indígenas etc. A ONU está por trás de tudo. E, ao mesmo tempo em que desmoraliza as forças internas de todos os países, começa a enaltecer a Força Internacional de Paz, que tem míssil, canhão, avião, e até bomba nuclear, se quiser. Para quê tanto armamento se é de paz? E começam a falar na inutilidade das Forças Armadas dos países, por que são eles que garantem as fronteiras. O Estado Máximo é a ONU. Uma farsa. A ONU bloqueou o Iraque, enfraqueceu o Iraque, sacrificou o povo iraquiano, depois o USA invadiu. Isso é um genocídio. A ONU, depois do que fez com o Iraque pode ser chamada de Organização de Nenhuma Utilidade. A Liga das Nações desabou por causa disso: inutilidade. A ONU se transformou num órgão inútil.

Ciência, tecnologia e pesquisa


Na área de ciência e tecnologia eles atuam muito bem, com frases, dogmas, mentiras. Sobre isso, é dito o seguinte: “Pesquisa é coisa muito cara. Como é muito cara só os paises ricos podem fazer pesquisa.” E a função dos paises pobres é fornecer cérebros. Hoje o Brasil é um grande exportador de cérebros.


Outra coisa que eles fizeram: atuar nos governos. Tiraram o dinheiro da Embrapa, acabaram com a pesquisa da Petrobrás, nas Forças Armadas, nas universidades, exatamente cortando o dinheiro do orçamento e dizendo: “Não, nós não podemos dar dinheiro para ciência e tecnologia quando o povo está passando fome. Nós temos que comprar alimento para esse povo que passa fome.”


O Centro Tecnológico da Aeronáutica (CTA) sofria o diabo para fazer o VLS (Veículo Lançador de Satélites) e por causa disso tinha muita pressão. O CTA fez um radar, o CTA fez avião. Criou a Embraer. Construiu sozinho, com tecnologia de brasileiros e brasileiras, o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). O CLA está perfeito, e está operacional. É preciso construir uma nova torre, sim, mas é só ter dinheiro e tempo. O Brasil constrói outro VLS, tudo igual, e eles estão lá atrás (deve ser uma tecnologia danada: como é que eles mandaram uma corrente elétrica para explodir o terceiro VLS?). O que acontece? Vão excluir, bloquear a possibilidade de dar certo, e o VLS vai sumir.


A Embrapa tem que ter verbas. A Embrapa coloca o Brasil em condições de competir com o USA. Se der dinheiro para a Embrapa, ela transfere tecnologia para ter o controle, e o Brasil, produtor mundial de grãos, abastece a Rússia e a China, o que não é nada interessante para o USA. A Califórnia era um deserto. Se alguém quiser ver o que era a Califórnia, vá a Las Vegas. Ande 1 km para ver o que era a Califórnia. Eles irrigaram a Califórnia, levaram adubo, levaram a terra e com isso ela se transformou no maior estado do USA. Seus produtores abastecem vários países do mundo, mas a Califórnia é o pior solo do USA, pior que o Nordeste nas zonas da seca. E o Nordeste é três vezes maior do que a Califórnia.


Estes safados constroem represas de araque, e há séculos nós estamos nessa brincadeira. Para começar, deve-se fazer desvio de rios e irrigar o Nordeste. A grande característica é a seguinte: na irrigação, você abre e fecha a torneirinha na hora que quiser. A chuva você não controla, chove mais ou chove menos, mas se você abre a torneirinha todo dia, de manhã tanto, à tardinha tanto, o fruto se desenvolve que é uma barbaridade.

As causas do narcotráfico


Quando alguém quer resolver um problema tem que atacar e eliminar a causa. E qual é a causa do tráfico de drogas? Consumo. Se não houver consumo não há tráfico. O que é que você tem que atacar? O consumo. Se você atacar o consumo e ele diminuir, o que acontece? Quem lucra com a droga perde dinheiro. Quem consegue lavar US$ 400 bilhões por ano? Alguma empresa? Algum país? Banco pequeno? Banco médio? Só os grandes, os gigantescos bancos, que pertencem aos membros do governo mundial. Quem lava o dinheiro da droga do mundo inteiro é o governo mundial. Por isso o USA não pode diminuir o consumo, que está aumentando.

Sem falar que o combate ao tráfico é um excelente negócio. Ou se vende arma para traficante ou para a polícia. Morre um traficante, é substituído na mesma hora. E quanto mais morre traficante e policial, menos eles chegam perto do cara que trabalha com o dinheiro da droga. Para eles é ótimo.

Previdência privada


Esses cachorros, não satisfeitos em ganhar dinheiro com os bancos, com juros da dívida, tráfico, nessas transnacionais, que são instrumentos deles, ainda sentam um testa-de-ferro lá para dizer que é quem manda. E criam outra mentira: a previdência privada.

Você desconta x% do seu salário por mês para a previdência. Eles não dizem que é para fazer o seu patrimônio. Quem vai te pagar não é a previdência, é o rendimento do seu patrimônio. Uma sugestão seria que o trabalhador recebesse uma comunicação semestral sobre o valor do seu patrimônio, e qual é a aposentadoria a ser recebida em função desse patrimônio. Quando chegasse a 30 anos, você optaria por receber a aposentadoria ou o seu patrimônio. O trabalhador tem direito de controlar seu patrimônio. Eu acredito que muita gente ia preferir pegar o seu patrimônio. Porque com rendimento de 0,5% ao mês você pega esse patrimônio e converte num táxi, e tira mais de 1% ao mês. Se o sujeito é negociante, por exemplo, vai preferir o patrimônio e investir em seu comércio.


Para fazer um caixa, que seria controlado pelo governo, o empregador contribuiria com 5,4%. Esse caixa seria para atendimento ao aposentado, saúde, casa própria etc., um dinheiro para apoio ao trabalhador.


Nunca existiu rombo na previdência. Na realidade o que existe é roubo na Previdência. Nisso veio o Fernando Henrique com análise social, inteligentólogo, e aquela cara de sábio dizendo: “Precisamos escolher organizações que tenham patrimônio grande para poder arcar com esse recurso e não quebrar a previdência.” Ou seja: os grandes bancos. Quem são os grandes bancos? Os mesmos do governo mundial. Por isso o HSBC, Citybank, Santander e outros vieram comprar banquinhos pequenininhos no Brasil.


A previdência privada é uma grande mentira. O meu filho ligou do Canadá dizendo: “Aqui está impossível, está um roubo na previdência (pública).” Aí eu disse: “Ah, já vi esse filme.” Meu filho já está contribuindo com a previdência privada. E qual o banco? “Ah, um banco grande.” Lá o processo já está adiantado.


No Canadá a aposentadoria é com 70 anos. O cara praticamente vai contribuir 50 anos com patrimônio. A 1% ao mês, o valor é astronômico. E você receberia? É astronômica a evolução do dinheiro. É juro sobre juro. No fim dá uma coisa imensa. Milhões e milhões. Está explicado por que estes bancos estão aí.

Liberdade de imprensa


A liberdade de imprensa não é para o jornalista, muito menos para o dono do jornal ou da televisão. A liberdade de imprensa é para o indivíduo, porque é eleque tem o direito de ser o único com opinião contrária à da imprensa e de que essa seja escrita na imprensa. Não é o para o jornalista falar o que quiser. Muito menos aquela piada do Chateaubriand: “Se você quer botar sua opinião, faça como eu. Compre um jornal.” Nesses últimos 60 anos a imprensa é formada por chantagistas, não jornalistas.


Hoje há uma confusão entre publicidade e propaganda. Existem diferenças: com a publicidade você exalta as qualidades de um produto. Então você trabalha nisso: o produto é bom porque funciona mesmo, é mais barato, é mais bonito, a qualidade do produto. Na propaganda você atua no consciente e no subconsciente também. Propositalmente eles misturaram as duas coisas.

O PERIGO VENEZUELANO

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COMENTÁRIO DESTE SITE:
O ARTIGO A SEGUIR ESTARIA COMPLETAMENTE CORRETO SE: 1 - O GOVERNO DE LULA DA SILVA NÃO FOSSE CONIVENTE COM ESTA SITUAÇÃO, POR RENDER OBEDIÊNCIA AO FORO DE SÃO PAULO E NÃO AO BRASIL, COMO PAÍS E NAÇÃO; 2 - SE NÃO FOSSE O PRÓPRIO EXÉRCITO OFICIAL VENEZUELANO (COM A AJUDA DA RÚSSIA E DE OUTROS ALIADOS, É CLARO), E MAIS O EXÉRCITO PARALELO GUERRILHEIRO, AS FORÇAS ARMADAS MONTADAS PARA LUTAR CONTRA AQUELES QUE TENTEM RESISTIR, POR MEIO DE ARMAS, À INSTALAÇÃO DA GRANDE PÁTRIA SOCIALISTA NA AMÉRICA-LATINA

Luiz Gonzaga Schröeder Lessa


Gen Ex Refm.


Volto ao assunto "Venezuela" por julgar que, dia-a-dia, as implicações e conseqüências para o Brasil do que lá se passa ganham novo realce e dimensão e por sentir que, apesar dos insistentes alertas da imprensa, o governo federal e a sua diplomacia em particular parecem indiferente às turbulências em curso.

Na semana passada a Assembléia Nacional Venezuelana aprovou as polêmicas 58 emendas constitucionais, a mais preocupante delas aquela que prorroga indefinidamente o mandato presidencial de Hugo Chaves, que declarou pretender ficar no poder até 2031. Jovem ainda, o tempo joga a seu favor e, ao final do período que pré-fixou, estará com 77 anos de idade e todos os atuais líderes mundiais e continentais já terão saído da cena política.. É mais um daqueles exemplos que, periodicamente, atormentam a história mundial e que se valendo das fragilidades da democracia busca a sua destruição, impondo-lhe um poder ditatorial sob uma roupagem de amplas liberdades e aprovação popular. Pouco a pouco, mas, talvez, já um tanto tarde, igreja, imprensa, oposicionistas políticos e milhões de cidadãos esboçam uma reação ante a manifesta disposição de calar as suas vozes.

Assim, a chamada "República Bolivariana" se consolida e ameaça se espalhar pelo continente latino-americano, onde já encontra simpatizantes e parceiros submissos na Bolívia, Equador e até mesmo na orgulhosa Argentina, que, em busca de uns trocados, submete-se á política de Chaves.

Mas, o perigo venezuelano não se limita ao expansionismo da sua ideologia demodê, que intenta em implantar no continente o "socialismo do século XXI". Encontra respaldo em uma sólida base militar que, de forma significativa e pragmática, vai se construindo e consolidando a fim de apoiar as suas pretensões expansionistas, com o objetivo definido de, a médio prazo, transformar a Venezuela no maior poder militar da América Latina, ameaçando, desde já, alguns países com intervenção armada , como foi a recente declaração com relação à Bolívia, país com quem celebrou um controverso acordo militar, possibilitando a construção de numerosas bases nas suas fronteiras, vale dizer, inclusive com a nossa.

Parece que o Brasil ainda não se apercebeu do que está ocorrendo ao norte, quando movido pela abundância dos petrodólares Chaves promove pesados investimentos em armamentos sofisticados, gerando uma corrida armamentista e uma nova realidade político-militar na América do Sul.

O fantástico pacote militar venezuelano pode chegar a US$ 60 bilhões até 2020, quando, no dizer de Chaves, a Venezuela será a mais poderosa potência militar latino-americana. Ao começar o seu programa militar o barril de petróleo era cotado a US$ 40,00, hoje, em torno dos US$90,00, com possibilidades de atingir os US$ 100,0 até o final do presente ano. Essa abundância de recursos financeiros, com perspectivas de assim prosseguir por um longo período, é um incentivo para a ampliação e o aprimoramento tecnológico do seu complexo militar, abrangendo de forma ampla e equilibrada as suas forças terrestres,navais e aéreas.

O plano de modernização em curso dará às forças armadas venezuelanas (ou forças armadas bolivarianas) um invejável poder dissuasório, já no ano de 2012, com investimentos estimados em US$ 30,7 bilhões, conforme abaixo se constata:

- elevação do contingente militar de 83.000 para 500.000 homens;

- criação da Milícia Nacional Bolivariana, hoje, com aproximadamente 1 milhão de milicianos , podendo chegar a 2 milhões. Enquadrada pelo Comando Geral das Reservas e Mobilização Nacional, sua estrutura é paralela e não subordinada às forças armadas e destina-se a defender o Partido Socialista Unido da Venezuela (seriam as SS venezuelanas?). Na prática, funciona como um contrapeso político às forças armadas.

- aquisição de um lote 3 submarinos russos que pode chegar a 10, classe Amur, de 1750 toneladas, propulsão diesel elétrica, capazes de operar em qualquer tipo de mar (exceção dos glaciares), equipados com 4 mísseis leves de cruzeiro, 10 mísseis antiaéreos e 18 torpedos pesados de 533 milímetros;

- modernização e atualização tecnológica de 2 submarinos de fabricação alemã;

-aquisição e ou revitalização de 138 navios de diversos tipos;

- aquisição de um lote de 800 viaturas blindadas russas, BTR-90, 20 toneladas, sobre rodas, equipadas com canhões rápidos de 30 milímetros, velocidade de 110km/h. Essa compra pode alcançar 1000 veículos, com as 200 unidades suplementares destinadas ao transporte de tropa;

- aquisição de 100.000 fuzis automáticos russos kalashinikov, AR-103;

- aquisição de 24 super-caças Sukhoi-30, com investimento de US$ 800 milhões, ponta de lança de um ambicioso programa que pode chegar até 150 supersônicos;

- aquisição de 53 helicópteros de ataque russos (modelos MI-17, MI-35 e MI-26);

- aquisição de 10 aviões de transporte CASA 295;

- aquisição de 2 aviões de patrulha marítima CASA 235;

- aquisição de 600.000 bombas, comuns e inteligentes, guiadas a laser ou por GPS, compradas da Europa;

- negociação de 10 radares de defesa aérea com a Suíça e de 3 estações de radar tridimensional YPR, com a China, como parte de um programa de US$ 150 milhões para a defesa aérea;

- mísseis antiaéreos e de longo alcance.

Será que todo esse aparato militar destina-se apenas a se por a uma possível invasão norte-americana? Parece pouco provável.

A modernização e ampliação das forças armadas venezuelanas tem um importante subproduto político: o apoio incondicional dos seus integrantes à loucura bolivariana e o suporte para um longo período ditatorial.

Chaves, na sua luta messiânica de implantar na América Latina o socialismo do século XXI, não tem pejo de fazê-lo apenas no campo da doutrinação ideológica. Apóstolo de um credo retrógrado, que nem o grande Simon Bolívar foi capaz de concretizar, sonha unir os povos latino-americanos sob sua influência e poder, de forma pacífica ou cruenta, como recentemente ameaçou, unilateralmente, intervir militarmente na Bolívia para apoiar Evo Morales.

Seria o caso de se perguntar qual seria a atitude brasileira face à essa loucura política, junto às nossas fronteiras.? Iríamos tolerar, como disse o próprio Chaves, um novo Vietnã em área diplomática do nosso interesse imediato?

Arvorando-se portador de uma mensagem salvadora, messiânica, de redenção das populações miseráveis, metamorfoseia-se em polícia hemisférica apoiando os que lhe são fiéis e combatendo os que se lhe opõem. Começa a apresentar as garras de todo caudilho: a autoconfiança, a prepotência, a propriedade da verdade absoluta e a firme convicção de que os fins justificam os meios.

A Venezuela tem pendências históricas com a Colômbia e a Guiana e tornando-se uma potência militarista e expansionista pode ser tentada a resolvê-las pela força das armas.

A médio prazo está criado um clima de grande instabilidade e apreensão ao norte do continente sul-americano.

E o Brasil como se situa nesse desafiante contexto?

Diplomaticamente, temos demonstrado uma enorme inaptidão e fragilidade para exercer o poder que temos. Quase que caminhamos a reboque das idéias de Chaves. Todos os seus grandes projetos e iniciativas – Mercosul, gasoduto sul-americano, banco do sul – mesmo contrariando interesses brasileiros, vêm encontrando guarida e boa vontade na nossa diplomacia, o que só faz crescer a força pessoal e política do caudilho no hemisfério, em detrimento da tradicional influência brasileira.

Militarmente, é ainda mais crítica a nossa situação e, talvez, isso possa explicar a submissão da diplomacia, que não tem a respaldá-la uma força militar dotada de real capacidade dissuasória.

A ameaça da Venezuela não se restringe apenas à parte norte do país, Roraima em particular. O núcleo vital, Brasília incluída, estará ao alcance dos seus aviões supersônicos, que terão a certeza do sucesso dos seus ataques e incursões pela fragilidade da nossa defesa antiaérea e meios aéreos de interceptação.

Os modernos BTR-90, que mobiliarão as unidades de reconhecimento e mecanizadas venezuelanas, não encontrarão pela frente resistência de vulto e a possível incursão ao longo da espinha dorsal da BR-174 será um verdadeiro passeio.

No mar, o núcleo vital do País, suas plataformas de petróleo e o intenso e fundamental comércio marítimo brasileiro ficarão seriamente ameaçados pelos modernos submarinos Amur, que terão pela frente uma tímida resposta da nossa Marinha.

E por que chegamos a esse quadro catastrófico e, infelizmente, muito longe de hipotético?

Porque há um quarto de século as forças armadas brasileiras vêm sendo menosprezadas e contempladas com baixíssimas prioridades, se é que alguma existe, pelas ações governamentais indiferentes às possíveis ameaças e incapazes de estabelecerem e executarem uma política de defesa consentânea com os objetivos de segurança do Brasil. A falta de visão estratégica dos nossos dirigentes é abaixo da crítica.

É vergonhoso, desestimulante e quase desanimador o quadro catastrófico revelado nos recentes depoimentos, no Congresso Nacional, pelos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

Em linguagem bem crua e real as nossas forças armadas estão muito aquém, não têm condições de cumprir as suas missões constitucionais de garantia da soberania e integridade territorial brasileiras.

Revanchismos, pequenez política, oportunismos, roubalheiras, politicagens, ausência de uma postura de estadista do comandante-em-chefe têm concorrido para as baixíssimas prioridades dadas às forças armadas, impedindo-as de realizarem investimentos que promovam a sua modernização e atualização tecnológica. O pouco que recebem é para a sua vida vegetativa. E se existe uma lição que todos temos que apreender é que forças armadas não se improvisam e relegá-las a plano secundário é correr o inaceitável risco da derrota. Como hoje se encontram, melhor seria chamá-las de forças desarmadas.

É forçoso que o brasileiro em geral e as elites dirigentes em particular tomem conhecimento do estado deplorável, vergonhoso e das enormes fragilidades em que se encontram as suas forças armadas e que, quando empregadas, o verdadeiro ônus do despreparo e do provável insucesso recaia no governo, na figura do comandante-em-chefe, na qual o Presidente da República está investido.

O quadro atual parece mais caótico do que aquele vivido nos primórdios da Guerra do Paraguai, quando tivemos que amargar a vergonhosa capitulação de Uruguaiana e promover a reorganização e o reequipamento da Marinha e do Exército quando o inimigo já pisava o solo pátrio.

Mestra nos seus ensinamentos, a história registra o mal que figuras totalitárias e caudilhescas, como a do Sr Hugo Chaves, fazem aos seus países e à humanidade.

Mais do que nunca, o Brasil não pode menosprezar o perigo venezuelano.

Fundador das Farc vira nome de praça na Venezuela

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Reuters

26 de setembro de 2008


Um busto de Manuel Marulanda, fundador da guerrilha colombiana das Farc, será revelado na sexta-feira em uma pequena praça de Caracas considerada um bastião do governo, causando desagrado em Bogotá e satisfação entre os membros do grupo rebelde.

A peça estava coberta com a bandeira da Colômbia, e será revelada pela Coordenadoria Simon Bolívar, um dos grupos radicais que apóiam o presidente Hugo Chávez, enquanto a chancelaria colombiana se aprontava para pedir que Caracas tome uma posição, segundo fontes diplomáticas.

"Manuel Marulanda era um verdadeiro revolucionário, exemplo de constância e de luta. Ele foi um vizinho humilde que se juntou à luta e mostrou uma firmeza ideológica única", declarou ao jornal local El Universal Juan Contreras, representante da Coordenadoria Simón Bolívar.


De sua parte, a guerrilha agradeceu o gesto em homenagem ao seu fundador e líder, conhecido como Tirofijo, e que morreu em 26 de março na selva colombiana, vítima de ataque cardíaco, segundo os rebeldes.


É um "merecido tributo a um verdadeiro marechal da guerra das guerrilhas revolucionárias e da liberdade", disse o comandante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Alfonso Cano, em uma declaração publicada pelo órgão de difusão do grupo, o site www.anncol.eu.


A praça é localizada entre dois edifícios no bairro 23 de janeiro, onde foi organizado o fórum "Vigência da luta armada na América Latina" e foi apresentado na véspera o livro "Manuel Marulanda Velez. O Herói Insurgente da Colômbia de Bolívar", atribuído à Coordenadoria Continental Bolivariana.


Um muro próximo está decorado com um enorme e colorido desenho do guerrilheiro com os escritos "morrer e viver". Em outras paredes são vistas frases celebrando Raúl Reyes, o ex-segundo comandante das Farc que morreu em um ataque colombiano a um acampamento no Equador.

Pode bater que o gigante é manso

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Duda Teixeira

Revista Veja (29/SET/08)


O presidente do Equador expulsa a Odebrecht do país, seqüestra os bens da empresa e ameaça dar calote no BNDES. E mais uma vez o Brasil apanha sem reclamar.

Os presidentes populistas da América do Sul esbravejam o tempo todo contra os Estados Unidos. Contam-se nos dedos de uma só mão, contudo, as medidas concretas contra interesses americanos adotadas por esses governos. Em lugar disso, quando querem agitar uma causa nacionalista para unir a nação em torno do presidente, o golpe é desferido contra o Brasil. Fazem isso com total desfaçatez, pois a experiência dos últimos anos demonstrou que o vizinho grandalhão engole passivamente as humilhações. Na semana passada, Rafael Correa, presidente do Equador, expulsou a Odebrecht, seqüestrou os bens da construtora, ocupou com tropas quatro de suas obras e proibiu quatro diretores de deixar o país. Dois deles escaparam a tempo de volta para o Brasil. Os outros dois buscaram refúgio às pressas na casa do embaixador brasileiro em Quito. Os engenheiros brasileiros que permanecem nas obras passaram a ser escoltados e dormem em quartos de hotel com soldados vigiando no corredor. Por fim, Correa ameaçou não pagar um empréstimo de 243 milhões de dólares concedido pelo BNDES. Mediante tal flagrante desrespeito às regras internacionais e aos direitos humanos, a diplomacia brasileira tratou mais uma vez de defender os direitos nacionais... dos equatorianos. "Houve, digamos, ações preventivas por parte do Equador. Não houve conflito", desconversou o chanceler Celso Amorim.


As vítimas mais expostas dessa excessiva tolerância do governo petista em relação aos abusos cometidos pelos hermanos são as empresas e os cidadãos brasileiros nos países vizinhos. "O Brasil está pagando o preço por ter uma economia saudável, em crescimento e aberta para o mundo", disse a VEJA o advogado americano Allen Weiner, professor da Universidade Stanford e ex-diplomata. "Países vizinhos que não gozam do mesmo sucesso naturalmente pensam que isso ocorre porque os brasileiros estão tirando vantagem deles. A tendência é isso aumentar cada vez mais." O momento anuncia um drama pior. No Paraguai, os produtores brasileiros de soja foram escolhidos como alvos prioritários da reforma agrária do novo presidente. Na semana passada, brasileiros que vivem em dois departamentos da fronteira foram intimados a dar explicações ao Indert, o instituto de terras paraguaio. Eles terão de dizer quando compraram suas terras, de quem e quanto pagaram por elas. Na Bolívia, em duas reuniões da Federação dos Camponeses do Norte de Santa Cruz, ficou decidido que as primeiras terras a ser invadidas serão as dos brasileiros.


Desde que Evo Morales ocupou impunemente com tropas duas refinarias da Petrobras em 2006, bater primeiro, conversar depois virou a regra nas relações bilaterais. Na época, Lula defendeu a ação como direito da Bolívia – como se o Brasil também não tivesse direitos previstos nos acordos assinados. Desta vez, ele usou uma metáfora familiar para explicar o imobilismo. "Você imagina, na sua casa, quando você morava com três ou quatro irmãos menores, você podia estar com a razão, mas eles ficavam te cobrando coisas", disse o presidente. O Equador seria esse irmão menor, que não tem razão, mas precisa ser tolerado. Correa alegou que problemas no funcionamento da usina hidrelétrica de San Francisco, parada há três meses por motivos técnicos, haviam motivado a medida. Segundo a Odebrecht, a culpa é dos técnicos equatorianos que fizeram o projeto da usina. Eles não levaram em conta a existência do vulcão Tungurahua, a 20 quilômetros da unidade. Uma erupção em agosto de 2006 aumentou em 35 vezes a concentração de sedimentos na água do Rio Pastaza, os quais danificaram as turbinas.


Nas doze reuniões tensas que ocorreram nas últimas quatro semanas para encontrar uma solução, a construtora se comprometeu a colocar a usina em funcionamento no dia 4 de outubro, nesta semana. Os funcionários equatorianos deixaram claro que cumpriam ordens diretas do presidente e que um acordo não seria possível. Correa precisou de um factóide nacionalista para aprovar seu projeto de Constituição em um referendo no domingo 28. Se conseguir metade mais um dos votos, terá poderes para dissolver o Congresso e poderá se reeleger. Azar do Brasil. "Ao expulsar a Odebrecht e ameaçar brasileiros, Correa solapou o Judiciário e agiu como se estivesse em estado de sítio", diz a advogada Maristela Basso, especialista em direito internacional e professora da Universidade de São Paulo (USP). "É preciso deixar de considerar esses presidentes como amigos camaradas para vê-los como realmente são, chefes de estado que subvertem o estado de direito." Em outras palavras, chega de apanhar calado.

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A União Soviética é aqui e agora. Até quando?

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Por Jorge Serrão


Edição de Artigos de Domingo do Alerta Total http://www.alertatotal.blogspot.com


http://alertatotal.blogspot.com/2008/09/unio-sovitica-aqui-e-agora-at-quando.html


Domingo, Setembro 28, 2008


A dita-dura não é mole! O espectro do totalitarismo toma conta do Brasil. Sua marca evidente é a ação ostensiva do Governo Ideológico do Crime Organizado. Suas manifestações objetivas são os seguidos atentados terroristas praticados pelos três poderes contra a Segurança do Direito Natural. A Democracia precisa ser defendida e praticada contra o desgoverno do crime e seus tentáculos subterrâneos.


O Estado Policialesco, com a conivência da Injustiça, tenta infernizar, psicologicamente, a vida de seus inimigos. Infelizmente, consegue intimidar quem tem rabo preso com o crime. Mas quem tem independência, liberdade e honradez para combater o mal não se curva a ameaças rasteiras, de cobras criadas no submundo do autoritarismo, como legítimos filhotes das ditaduras que sempre assombraram o Brasil.

Agora, na Era Petralha, o entulho ditatorial aposta que vai se ampliar. Até porque acredita que não sofre reação. Baseados nesta crença, os déspotas de plantão avaliam que o terreno é fértil para seus abusos. O Boi deles vai para o brejo exatamente por confiar que pode agir impunemente, como se fosse um mero dedo-duro (alcagüete) de outros tempos que se borra de medo que seu “protetor” vaze a verdadeira história do filhote da ditadura. Popularidade (fabricada por pesquisas bem pagas e por ação de mídias amestradas) não garante impunidade a ninguém.


Pode até parecer. Mas o Brasil não é um grande Bangu I. Os cidadãos de bem são pessoas comuns que trabalham honestamente e querem ser felizes. A turma do bem não suporta mais ser vítima da ação sistemática dos criminosos no poder. Ninguém em sã consciência suporta mais os efeitos perversos da corrupção, dos impostos elevadíssimos, dos juros absurdos, dos abusos de autoridade, da falta de educação e saúde – junto com o descontrole total da sociedade sobre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.


Os aparelhos ideológicos, repressivos e terroristas do Estado agem impunemente. O Governo Ideológico do Crime Organizado usa e abusa de cinco instrumentos de poder. 1) Ideologias ou Ideocracias. 2) Corrupção, Violência ou Terror. 3) Legislações ou regras globais. 4) Diferenças: Regionais, Políticas, Econômicas, Sociais, Religiosas, Raciais etc. 5) Controle e Gestão Global da Comunicação de Massa.


Quando não conseguem controlar a mídia, os criminosos no poder apelam para a ignorância jurídica e cometem abusos legais. Agem nos subterrâneos do poder policialesco, e iludem o Judiciário para intimidar a atividade jornalística, através de inquéritos e inquisições de bastidor. Praticam um crime hediondo contra a liberdade de expressão prevista na Constituição em vigor.


Como editor-chefe deste humilde Alerta Total faço questão de repetir. Em meus 25 anos de jornalismo diário, nunca me curvei a intimidações, quaisquer que fossem. Aviso novamente aos navegantes e aos bandidos de tocaia nos podres poderes que não faço parte do partido político no poder, não trabalho para o governo formal em nenhum de seus poderes, não corroboro com a mídia amestrada e nem faço parte de máfias ou facções criminosas. Portanto, não faço parte do Governo Ideológico do Crime Organizado. Aliás, sou seu inimigo figadal.

Na minha infância, morei e fui criado em pé de favela. Por sorte, meus pais me deram educação e me ensinaram que não valia a pena ser bandido (como seria o destino fatal de alguns de mais colegas de infância). Desde criança, aprendi que o crime só produz infelicidade, violência e medo. Por isso nunca tive medo de enfrentar o crime, em suas mais variadas facetas, ao longo de minha vida jornalística.


Agora, o crime comete abusos contra o meu trabalho. Tenta interferir em minha vida privada, causando prejuízos morais para algumas pessoas próximas a mim. Como não sou filho de chocadeira e nem tenho vocação para babaca, vou reagir dentro da legalidade, da democracia e da liberdade de expressão.


Em meu passado profissional, aprendi que, para combater e superar a patrulha ideológica do crime organizado, é preciso aplicar o lema de um antigo e famoso programa policial da Super Rádio Tupi do Rio de Janeiro – onde fui editor. Na “Patrulha da Cidade”, no combate ao crime, a vinheta sorturna, criada pelo falecido Samuel Corrêa e por Juarez Gentirana, sempre lembra: “Quem não reage rasteja”...


Os segmentos (que se espera) esclarecidos não podem mais deitar eternamente, em berço esplêndido, esperando pelo pior ainda por vir, enquanto da democracia sofre ação criminosa dos terroristas no poder. A União Soviética é aqui e agora. Mas os brasileiros de bem, patriotas, não deixarão que o totalitarismo aqui se instale por muito tempo. A reação já começou. Por isso, o governo do crime anda tão apavorado.


Aos inimigos da democracia e da liberdade de expressão, mais uma vez, uso a distinta Cris Nicolotti, para lhes mandar meu sincero recadinho: www.youtube.com/watch?v=dHpSCHxb780


Jorge Serrão, jornalista radialista e publicitário, é Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. http://alertatotal.blogspot.com/ e http://podcast.br.inter.net/podcast/alertatotal