segunda-feira, outubro 20, 2008

DEU A LOUCA EM CHAVEZ

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Diz que não sai quando acabar o mandato, cria um sistema de escambo nacional. Criou um sistema econômico próprio associado ao Irã e a Rússia, sob o comando de Fidel Castro e um programa de aceleração do crescimento, chamado PADRE, só válido para os governadores que o apoiarem na eleição de novembro.


Fontes: Estadão


’SISTEMA FINANCEIRO PRÓPRIO’ - WALL STREET VENEZUELANO


Chávez comunicou que a Venezuela criou "sistema financeiro próprio", em sociedade com "países aliados" como Irã, Rússia, Belarus e China e a assessoria do ex-presidente cubano Fidel Castro. A "arquitetura financeira" particular venezuelana permitiu ao país se resguardar da crise financeira mundial, afirmou Chávez e continuou - "Nós criamos nosso próprio sistema de finanças internas, externas e mundiais”, através da promoção de sociedades econômicas com “países aliados” como Irã, Rússia, Belarus e China, declarou.


Chávez destacou que a mudança com esses países está baseada na constituição de milionários fundos e bancos binacionais, que nada têm a ver com instituições financeiras internacionais, e que dotam de recursos projetos e empresas bilaterais em áreas "estratégicas" como energia, alimentação, indústria e manufatura. “Temos uma arquitetura financeira mundial estável. Nosso capital provém da recuperação da venda do petróleo, que era roubado pelos governos anteriores", declarou Chávez.


Ele citou como exemplo dessa "arquitetura financeira" venezuelana o fundo binacional com a China, criado no ano passado com capital de US$ 6 bilhões e que será aumentado para US$ 12 bilhões, segundo acordo assinado entre Caracas e Pequim em uma visita de Chávez ao gigante asiático há duas semanas. A próxima criação de um banco binacional será entre Venezuela e Irã, que "talvez seja chamado de `Casa de Valores Chávez-Ahmadinejad`", disse, entre risos, o presidente venezuelano.


Esse "sistema financeiro próprio" da Venezuela foi concebido com a assessoria de Fidel, que, acrescentou Chávez, sempre o alertou sobre os perigos e problemas gerados pela economia capitalista neoliberal. “Fidel me assessora, meu verdadeiro sogro (...), me manda cartas me orientando e me abrindo os olhos" em matéria de finanças internacionais, revelou. Chávez reiterou hoje que a Venezuela está a salvo da crise porque seu governo "revolucionário" se desligou há anos do capitalismo "perverso".


DAQUI NÃO SAIO


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, voltou a afirmar neste domingo, que irá deixar o cargo de presidente apenas em 2021, apesar de seu atual mandato terminar em 2013 e ele não poder se reeleger novamente. “Vocês sabem que estou brincando quando digo que em 2013 eu vou sair. Eu não vou nada. Não posso ir nem que eu queira, pois não cabe a mim, minha vida não me pertence, minha vida pertence a vocês", disse Chávez em um comício no Estado de Carabobo, região central do país.


“No dia 24 de junho de 2021, aí sim, se Deus e a Virgem quiserem, é verdade que pedirei a vocês permissão para me retirar", continuou. Estará avisando que vai dar um golpe de estado, com data marcada?


PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO SÓ PARA OS AMIGOS


Anunciou um "programa de aceleração do desenvolvimento regional", denominado PADRE, a partir do próximo ano, que será aplicado somente em Estados que apoiarem seu governo nas próximas eleições regiões, previstas para 23 de novembro. Chávez deixou claro que não enviará recursos aos governadores da oposição, que ele acusa de planejar um golpe de Estado e seu assassinato.

ESCAMBO

Empenhado em desenvolver um modelo econômico de "produção socialista" na Venezuela, o presidente Hugo Chávez está estimulando a criação de "moedas comunais" para facilitar as operações de escambo, legalizadas por ele há dois meses. Analistas, porém, acreditam que a medida pode degradar ainda mais a já combalida economia venezuelana, cujo índice inflacionário de 18,7% ao ano é um dos maiores da América Latina.


A Lei para o Fomento e o Desenvolvimento da Economia Popular foi aprovada por Chávez em 31 de julho, e ela autoriza as comunidades organizadas em "grupos de intercâmbio solidário" a criar seu próprio símbolo monetário, escolher um nome e estabelecer seu valor por equivalência ao bolívar forte, moeda nacional em vigor desde janeiro. No entanto, essas moedas só poderão ser utilizadas nas regiões em que foram criadas, perdendo o valor no âmbito nacional, já que algumas das regiões venezuelanas têm suas próprias moedas desde o ano passado.


“A criação das moedas é uma das loucuras do governo, que tenta encobrir o problema da inflação", disse, o economista venezuelano José Toro Hardy, ex-diretor da estatal petrolífera PDVSA. “A probabilidade de essas moedas funcionarem é pequena porque elas apenas fazem parte da utopia socialista de Chávez", afirmou Roberto Bottome, diretor do semanário Veneconomia.


A iniciativa não é nova. Durante quase três anos (de 2001 a 2003), a Argentina teve 14 moedas paralelas, além do peso - a moeda nacional. Emitidas pelos governos provinciais, eram usadas como se fossem dinheiro normal. Elas foram à alternativa encontrada pelas províncias para driblar a maior crise econômica e social da história do país. A idéia acabou abandonada por ter desorganizado ainda mais a economia argentina.


O economista Ronald Balza, da Universidade Católica Andrés Bello, explica que as moedas locais dificultam a mobilidade da população, deixando-a presa à sua comunidade. "Essas moedas recordam as fichas com as quais os fazendeiros pagavam seus peões no século 19, quando esse? dinheiro? era válido apenas nos mercados do latifúndio", disse Balza.


Isso não vai acabar bem...

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