O site da AE é www.pagina13rio.hpg.com.br. Valter Pomar (SP, editor do tablóide “Esquerda Socialista” - rua Capote Valente 1457 ap 72, São Paulo - e, em 1998, do tablóide “Página 13”) foi 3º vice-presidente do PT em fevereiro de 2000. Em novembro de 2002, na função de Secretário Municipal de Esportes, Turismo e Cultura/SP, liberou uma verba no valor de 30 mil reais para que fosse organizada uma mostra intitulada “Revolução Russa – Cultura e Política nos Caminhos da Rússia”, comemorativa dos 85 anos da Revolução Bolchevique. Valter Pomar é o atual Secretário de Relações Internacionais do PT e, devido a esse cargo, ativo participante das reuniões do Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo, representando o Partido dos Trabalhadores.
No final de 1993, os signatários e apoiadores do um manifesto denominado “A Hora da Verdade”, dentro do PT, realizaram um seminário nacional e criaram um embrião da Articulação de Esquerda, e a ala moderada desse grupo deu origem, por sua vez, à tendência atuante sob o guarda-chuva do PT, hoje conhecida como Unidade na Luta.
As posições da Articulação de Esquerda estão expressas em três textos: “Tarefas para o Próximo Período (Resoluções do 5º Seminário Nacional, 1996), “Uma Estratégia Socialista para o Brasil” (Resoluções do 6º Seminário Nacional, 1997) e nas Resoluções Políticas e organizativas da 1ª Conferência Nacional.
Em 1995/1996, a AE iniciou um debate interno, dentro da tendência, a respeito da atuação de seus militantes no Movimento Sindical. Em 1997, foi decidido constituir a militância na Articulação de Esquerda Sindical.
Para o 2º Congresso Nacional do PT, realizado em 1999, a AE almejou três objetivos:
a) reafirmar o caráter socialista e revolucionário do PT;
b) aprovar um balanço do modo petista de governar;
c) aprovar estatutos que ajudem a democratizar o partido.
Sobre as relações internacionais do PT, elas, hoje, são assunto privado a um pequeno grupo de dirigentes, que vêm patrocinando para a América Latina a estratégia conhecida como de “centro-esquerda”, abandonando silenciosamente ao relento os sonhos revolucionários de Che Guevara. Ora o PT descarta a articulação com partidos de esquerda, por serem “pequenos demais, sem referência de massa”; ora se afasta do PC Cubano, sem mais explicações, privilegiando os partidos de “centro esquerda”.
Estrutura da AE: a Conferência é a instância máxima no seu âmbito (nacional, estadual e municipal). A Coordenação Nacional é eleita pela Conferência Nacional, sendo composta por no mínimo 11 e no máximo 15 membros.
Em 27, 28 e 29 de março de 1998, em Florianópolis/SC, a AE realizou sua 1ª Conferência Nacional, na qual foi aprovado o documento intitulado “Manual do Militante”, aprovou a edição de um tablóide a cada dois meses, intitulado provisoriamente de “Página 13”, definiu realizar sua 2º Conferência Nacional em 23, 24 e 25 de abril de 1999, realizada em Brasília, elegeu uma Coordenação Nacional composta por 24 membros e optou pela defesa de um Partido dos Trabalhadores de luta, de massa, democrático, socialista e revolucionário.
Em 06 de junho de 2000, Jarbas Passarinho, em artigo em O Estado de São Paulo, escreveu ter recebido de Valter Pomar, o livro “Socialismo ou Barbárie”, que é uma declaração sincera de princípios, a partir “da idéia de que não há socialismo sem revolução e que a luta pelo socialismo é uma luta de classes”. Adiante, que “as contradições políticas, econômicas e sociais não conseguem ser resolvidas a não ser rompendo violentamente com a estrutura de poder vigente na sociedade”. Clara praxis leninista, coerente com sua estratégia para a vitória do socialismo. Rejeita as “ilusões sobre a possibilidade de vitórias eleitorais, seguidas de reformas pacíficas do capitalismo”, ou seja, o “etapismo”, conduta preferida dos moderados do PT, logo identificados com obstáculos “à primeira revolução popular da história brasileira”. Pode ser que a linguagem não tenha nenhum compromisso real com uma estratégia revolucionária, o que não parece justo com a honesta definição dos objetivos a alcançar pela facção esquerdista, sincera na sua declaração de intenções. Logo, não é demais advertir quanto às implicações da retórica leninista, sem incidir na velha indústria do anticomunismo.
Dias 01 e 02 de junho de 2002 a Conferência da AE/RJ, realizada no Sindicato dos Laticínios do Rio de Janeiro, elegeu uma Coordenação Estadual de 5 efetivos e 2 suplentes.
Nessa Conferência foi apresentado e discutido um documento – “Consolidar e Crescer” – sobre a construção e organização da AE no Rio de Janeiro. Eis um resumo desse documento:
“A Articulação de Esquerda encontra-se em fase de consolidação. A AE cresceu, ganhou militantes, iniciou um processo de formação e estabeleceu calendários mínimos de reunião. Agora, para se formar e ganhar postura de Tendência é necessário compor uma unidade política para além da referência dos documentos nacionais. Isso exige um crescimento qualitativo e quantitativo. A construção de cronogramas, aparentemente vazios, de nada servem. Precisamos nos balizar pela política, pela ação, por uma prática socialista e democrática que nos qualifique para catalisar a insatisfação sincera da militância do PT-RJ”.
E prossegue o documento: “A Articulação de Esquerda deve buscar se credenciar como um dos sujeitos políticos. Não serão boas intenções ou resoluções políticas acertadas para a conjuntura e para esse período da luta de classes que irão criar as condições para que se atinja esse objetivo. A falta de uma análise crítica sobre tais embaraços, no caso da AE-RJ, tem dificultado o nosso processo de construção, organização e crescimento, e naturalmente se reflete no trabalho de direção, pois é onde se concentra a responsabilidade maior de construção da Corrente. Isso exige uma série de ações comuns e combinadas, que podemos sistematizar da seguinte forma: a) reorganização da Coordenação Estadual; b) organização das instâncias de base; c) organização dos setoriais: juventude, sindical e popular; d) convocação de Plenárias com periodicidade regular (mensal)”.
IV Conferência Nacional da Articulação de Esquerda contou com a participação de 169 delegados, 84 observadores e 20 convidados, reunidos para debater os desafios e tarefas colocados pela conjuntura, marcada pela vitória do PT nas eleições presidenciais.
A Conferência foi instalada, no primeiro dia sob a coordenação de Valter Pomar e Marlene Rocha, membros da Direção Nacional da AE, que conduziram as eleições das mesas diretoras dos trabalhos, da comissão de emendas e da comissão eleitoral, além da aprovação do regimento interno.
Foi dado início, então, à apresentação das delegações e ao informe político dos estados, assumindo a mesa, nesse momento, Marlene Rocha e Renan Brandão.
A abertura oficial da V Conferência ocorreu na noite do dia 29/11. Após a saudação feita, em nome da AE, por Iriny Lopes, os convidados Markus Sokol, Chico Machado e Milton Temer fizeram uso da palavra. Este ano, a Conferência prestou homenagem aos 80 anos do comunismo no Brasil e coube a Valter Pomar fazer uma breve exposição sobre o tema. Ao final, Daniela Matos, que coordenava a mesa, convidou todos a cantarem “A Internacional”.
Os trabalhos prosseguiram pela manhã do dia 30/11, conduzidos por Jodete Amorim e Júlio Quadros. Foi lido o texto-base da Conferência e iniciados os debates em plenário, que centraram-se no papel do governo Lula e nas tarefas colocadas para o próximo período.
À tarde, assumiram a mesa Ivan Alex e Terezinha Fernandes, conduzindo a discussão sobre a construção do PT e da AE. E foi eleita a nova Direção Nacional da Articulação de Esquerda, que ficou assim constituída:
Ademário (BA)
Armenes Ramos Jr. (PR)
Bernardete Kozen (RS)
Décio Favareto (RS)
Eloísa Gabriel (SP)
Giucélia Figueiredo (PB)
Iriny Lopes (ES)
Ivan Alex de Lima (BA)
Júlio Quadros (RS)
Marcel Frison (RS)
Marcelo Mascarenhas (PI)
Marlene Rocha (SC)
Múcio Magalhães (PE)
Sonia Hypólito (DF)
Valtecir de Castro Jr./Mineiro (MS)
Valter Pomar (SP)
A VI Conferência Estadual da AE-SP foi realizada dias 8, 9 e 10 de novembro de 2002, em Campinas. Essa Conferência elegeu delegados para a V Conferência Nacional da AE, realizada dias 20 e 30 de novembro e 1 de dezembro de 2002, também em Campinas, no Campinas Palace Hotel.
Nas eleições de outubro de 2002, a AE elegeu 9 deputados federais utilizando a sigla do Partido dos Trabalhadores.
A Conferência mandatou, ainda, a Plenária Nacional, que vai ocorrer por ocasião do III Fórum Social Mundial, a:
a) eleger mais dois dirigentes de SC;
b) avaliar a indicação de um dirigente de MG;
c) avaliar a indicação de um dirigente do RJ;
d) avaliar a possibilidade de indicar um dirigente responsável pela tarefa da juventude;
e) avaliar a indicação de um dirigente responsável pela área sindical.
Tendo em vista o número total de membros da direção (16, podendo chegar a 22), a Conferência autorizou os dirigentes que compõem o DN-PT a funcionar como executiva nacional da AE. Foi aprovada uma Resolução Política com cerca de 40 páginas.
Eleita, a nova DNAE assumiu os trabalhos da mesa. Sonia Hypólito, Jomar Fernandes e José Fritsch fizeram as considerações e saudações finais, e a V conferência Nacional da AE terminou, como já é de sua tradição, com os presentes entoando A Internacional.
ELEIÇÕES DE OUTUBRO DE 2002
A Articulação de Esquerda elegeu 8 deputados federais e 8 estaduais:
FEDERAIS: Iriny Lopes (ES), Trindade (Piauí), Luciano Zica (SP), Adão Pretto (RS), Vanazzi (RS), Luci (SC), Cláudio Vignatti (SC) e Terezinha Fernandes (MA).
ESTADUAIS: Marcon (RS), Frei Sergio (RS), Pedro Ivo (PR), Vereza (ES), Castelione (ES), Pedro Kemp (MS), Assis (SC) Eccel (SC) e Paulo Serafim (SC).
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Bando de pelegos
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