quarta-feira, novembro 19, 2008

Encurralados

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Por L. Valentin

20/10/2008


Encurralar é colocar em curral. Curral, entre vários significados, é mais comumente considerado como um local cercado ou construído de tal forma que seja impossível sair dele por meios próprios. Como extensão dessa acepção, encurralado passou a ser também preso a um local sem saída, preso em uma armadilha, preso a uma situação sem solução.


O que o dicionário não explica é que esse vocábulo sempre passa a idéia de uma situação aflitiva, incômoda, perigosa. Não se usa dizer “as ovelhas estão encurraladas”, pois estar no curral é seu modo de vida. Dizemos simplesmente que elas estão no curral ou presas. Já falar “os cavalos estavam encurralados” imediatamente transmite a idéia de que tais cavalos são selvagens e estão numa situação angustiante – para eles – pois depois disso, como única saída, fatalmente vão perder a liberdade e passarão para a categoria de servis, domésticos, escravos do homem.


Há enormes diferenças entre encurralar uma ovelha, um cavalo selvagem ou uma onça. Os herbívoros, geralmente, são presas; os felinos, predadores. A diferença existe na atitude do encurralado. A passividade extrema da ovelha a torna desprezivelmente inerte. Ela jamais luta, não reage ao ataque, é facilmente conduzível. A natureza a criou descerebrada para ser devorada pelos predadores. O felino, por sua condição de uma máquina orgânica privilegiada pela natureza, jamais se entrega. Encurralado, se puder lutar, o faz até a morte.


O homem, com um cérebro insuperável entre todos os outros animais, também, como predador extremamente eficiente e perigoso, não se entrega sem lutar. Ele conseguiu reinar sobre a natureza usando um atributo de seu processamento cerebral - a fala - e com ela articulando uma organização societária de vida que garantia sua existência e seu progresso.


Nas primeiras sociedades tribais humanas, a característica era a REAÇÃO a todos os ataques contra sua organização e seus membros. Nenhum deles se perguntava quem, quantos ou como eram os atacantes. Todos se engajavam na luta de vida ou morte. Quem perdia, morria. Quem vencia, dominava.


A reação foi, portanto, uma característica marcante do gênero humano no decorrer da sua história. E sempre foi levada em conta em todas as suas batalhas e conquistas. Os exemplos de reações a perigos eminentes que resultaram em episódios heróicos são abundantes. A exaltação à coragem, à fibra, à força corporal e emocional são constantes que galvanizaram o processo de aprimoramento de nossa raça.


Porém, nenhum profeta antigo poderia prever que o progresso da humanidade fosse criar um processo de dominação sem guerra e sem embate físico – o da perda da capacidade de reagir - tão ou mais cruel para os dominados que os anteriores.


No fundo, o problema é o mesmo de sempre: se necessita de braços para gerar riqueza. E, da mesma forma, sempre existirá uma classe que deseja essa riqueza e o poder que lhe é inerente. O processo consiste em fazer com que, utilizando-se da falácia de paz, a imensa maioria dos humanos perca sua capacidade de reagir, servindo somente para trabalhar e produzir. Chama-se covardia o estado de não reação.


Porém esse processo tem um efeito colateral devastador. Para que alguém perca sua capacidade instintiva de reagir, é necessário que perca antes sua capacidade de raciocinar e concluir. Não é sem motivo que as religiões chamam seus fiéis de cordeiros e se auto-denominem de “rebanho” ou “curral” (mais elegantemente, “aprisco”). Sem capacidade de raciocínio e com uma covardia extremada, tais seres ficam abaixo de cordeiros. Como desculpa à força instintiva de reagir que teima em se rebelar contra esse estado deplorável, eles aplacam suas consciências angustiadas denominando-se “pacifistas”.


O processo somente pode ser implementado, com fantástica eficiência, através da televisão, com seu poder de substituir o processamento abstrato pelo processamento puramente visual. Esse efeito consegue detonar com a capacidade de pensamento do paciente, principalmente com a capacidade de crítica, de discernimento claro e de lógica, deixando-lhe uma parca habilidade em gerar conclusões plausíveis.


Porém, nada é perfeito. Se, no começo da TV o processo era dissimulado, atualmente, os manipuladores que estão na TV também tiveram sua capacidade de processamento diminuída, pois a TV fez parte de sua formação. O truque é tornar sempre os telespectadores mais obtusos que eles. Assim, os manipuladores não mais têm capacidade de dissimular, mas a condição de penúria mental da audiência não deixa que isso seja percebido.


E, desse modo chegamos ao estágio desvirtuado em que nos encontramos agora. O esquema montado pela TV é simplório: um padrão de comportamento imutável, com as mesmas cenas, os mesmos personagens e as mesmas falas. O tema, que tem papel importante, também não varia.


Os indícios são claros. O que ontem era disfarçado, hoje está sendo exposto cruamente, porém o rebanho já anestesiado não se dá conta. O primeiro fato que salta à vista é a organização da trama. Os programas de cunho “jornalístico” possuem um esquema – semelhante em todos os canais – onde é mostrada a opinião de um “especialista”. Esses, sempre os mesmos de uma meia dúzia de escolhidos, tem em comum as mesmas posições: apóiam descaradamente todas as medidas destinadas a tolher ainda mais a liberdade, inteligência e senso crítico do rebanho. São unânimes em propagar a covardia (não reação), em desejar desarmar os cidadãos honestos, em tentar mostrar uma eficiência inexistente da polícia, de apoiar a pretensa intocabilidade da vida humana, enfim, têm na ponta da língua uma receita nociva para moldar as mentes dos descuidados. E ficam pulando de canais, aparecendo em todos os horários, em revezamento.


O que isso provoca? Sua onipresença em todos os horários e canais, sem haver uma única voz discordante, passa a idéia de que o que propagam é REALMENTE a verdade. Ninguém tem mais a capacidade de perceber que a televisão está mostrando a opinião de apenas uma dezena de “especialistas” de merda, que, mesmo confrontando-se com os desmentidos da vida cotidiana, continuam esforçando-se em sua campanha. E ninguém atina que, apoiados na realidade, existem centenas de outros especialistas com opiniões diversas, que não tem vez na TV.


A covardia – a teoria da não reação – faz parte de um plano maior (juntamente com o desarmamento) para a completa dominação do rebanho. Só não fizeram um imenso estrago porque para vingar, a não reação deve ser implementada em ambiente com tranqüilidade garantida pela força policial. Como, no Brasil, a força policial se confunde com o crime organizado e a impunidade e os crimes não param de crescer, o rebanho fica confuso em aceitar tal política vendo as vidas dos seus sendo ceifadas por crimes bárbaros. O desarmamento não surtiu efeito – estima-se que no país o total de armas esteja por volta de 18 milhões. O governo confiscou 500 mil. Portanto, ainda estão voando por aí, 17, 5 milhões de armas. A maioria do rebanho é contra qualquer tipo de arma, mas esses 17 milhões, que não são carneiros, possuem opinião própria e ainda não se acovardaram.


Além do politicamente correto - que restringe a liberdade de pensar, de falar, de escolha pessoal e de demonstrar opinião - e da pregação da não reação, temos outro tópico de extremo apelo, uma falácia portentosa, que é a colocação da vida humana em um pedestal, colocando o direito individual acima do direito coletivo.


A sociedade é o sistema que possibilita a vida humana em agrupamentos. Quando a sociedade se esfacela, acontece também a destruição dos seus membros. Ou seja, a destruição da “intocável” vida humana. Portanto, defender a sociedade – mesmo que à custa de algumas mortes – é preservar centenas ou milhares de outras vidas.


Os regimes totalitários, principalmente o comunismo, são mestres em defender seu sistema societário – que é escravizante - ceifando centenas de milhões de vidas. As teocracias – que escravizam em nome de deus – também não hesitam em matar descontroladamente com o mesmo objetivo. As sociedades liberais, no entanto, permitem que ocorram ataques à sua própria constituição.


A principal tática, para demolir o regime vigente é enfraquecer os pilares que sustentam a sociedade. Depois de esfacelada, fica fácil substituí-la por outra, certamente totalitária e escravizadora, que mostrará que a vida humana nada vale diante do perigo de ser sabotada.


Assim, o rebanho precisa ser dominado. Os “especialistas” continuam com seu discurso. A TV chega ao extremo. Por exemplo, o apresentador Datena, noticia um incêndio na cidade de São Paulo. Enquanto os bombeiros não chegam, um morador de uma casa vizinha ao fogo, toma uma mangueira de jardim e tenta resfriar as paredes para que o fogo não passe para seu lado. A PM o obriga a abandonar a casa. Alegação: havia risco para sua vida. O apresentador enfatiza “a boa ação da PM”. “Não faça isso, deixe esse trabalho para os bombeiros.” Em outras palavras, não reaja também contra o fogo. Perca seu patrimônio sem tentar salvá-lo. Não tome uma atitude. Não seja independente. Não lute. O importante é estar vivo.


Qualquer pessoa com pensamento lógico dá razão à preservação da vida, mas isso não é regra geral que se aplique sempre, em qualquer caso, em qualquer situação. Ou seja, ser conduzido como manada, obedecendo somente a uma regra, é abdicar de raciocinar, de analisar as opções, de concluir e de avaliar o risco de se tomar uma atitude durante uma emergência.


Em outra ocasião, um sujeito, armado de faca, estuprou duas adolescentes de uma só vez. “É isso. Não reaja. Você conservou sua vida”, fala o “especialista”. A questão é como um sujeito com uma faca domina duas pessoas. Qualquer cabeça pensante vê que, enquanto o crápula segura e ameaça uma, a outra pode fugir para pedir socorro. Elas não gritam, não reagem. Estão paralisadas de medo e com a mente lavada pela não reação – a covardia.


Qual é o risco de vida em se molhar as paredes para resfriá-las? Talvez com essa atitude a residência seja salva ou agüente até a chegada dos bombeiros. Se um seu vizinho estiver nessa situação você, certamente vai ajudá-lo. Então, os soldados da PM, ao invés de ajudarem o cidadão na proteção de seu patrimônio, o retiram de lá à força. “Para evitar riscos”. Se a casa pegar fogo, azar. O apresentador proclama “temos que defender a vida humana.”. O comandante dos bombeiros proclama “temos que preservar a vida humana”. Como robôs, todos repetem tal mantra. Não se quer que ninguém tome atitudes independentes. Ninguém deve ter iniciativa própria. Isso é perigoso para o totalitarismo.


A realidade mostra que a reação existe. A TV cria uma realidade fictícia, que infelizmente é a que vai ser considerada com verdadeira pelo curral. Vejamos alguns casos, entre milhares que acontecem em todo país, mas que NÃO SÃO MOSTRADOS PELA TV:


Ceilândia - GO - Weslel Gomes mata, com tiro certeiro, ladrão que tentou entrar em sua casa.

Lajeado - RS - Valdemiro Bertella ao desconfiar de uma tentativa de assalto em sua loja, foi alvejado sem gravidade por um dos bandidos. Valdemiro revidou e matou com um tiro um dos bandidos. O outro fugiu.


Lajeado - RS - João Vilmar Alves matou o dono do bar onde bebia e seguiu para a casa da ex-mulher prometendo, aos gritos, acabar com ela. Após arrombar a porta de sua casa foi morto com três tiros. Sua ex-mulher não quer denunciar quem atirou.


Rio de Janeiro - RJ - Ao tentar roubar o Gol de José de Alencar, na praia do Flamengo, dois assaltantes em uma moto foram alvejados por outro motoqueiro, que matou com um tiro na testa o assaltante Pedro D'Andreia e feriu o outro, que fugiu.


Porto Alegre - RS - O tenente da Brigada Militar, Cláudio Moraes Soares, à paisana, foi assaltado por dois meliantes. Sacou de sua arma e matou um dos bandidos, Marcus Vinicius Silva, e feriu o outro, um menor que foi preso.


Curitiba - PR - Rui Alves Fraiz Jr. - 26 anos - ao chegar à casa, viu dois estranhos invadindo seu prédio. Sacou o revolver e foi ver o que estava acontecendo. Os bandidos imediatamente começaram a disparar contra ele. Houve uma troca de tiros e os meliantes fugiram. Se o rapaz não estivesse armado, talvez tivesse sido morto e mais pessoas no prédio sofreriam violência.


Curitiba - PR - César Augusto Oliveira Brás, 31 resolveu comprar uma arma depois que 3 bandidos assaltaram seu mini-mercado e levaram 5 mil reais do caixa. Então, cinco bandidos entraram em seu mercado novamente. Prenderam sua mulher e mais 15 clientes. César, no fundo da loja, apanhou a pistola e foi perseguido pelos meliantes. Correu para a porta dos fundos e atirou em dois safados que vinham em sua perseguição. Os outros três também saíram e iniciou-se um tiroteio. Acertou três tiros em um deles que caiu e feriu outro. Os restantes fugiram. O que estava caído atirou nele e errou. César o matou com mais 4 tiros. Era o ladrão que estava com os 1700 reais roubados do mercado.


Brasília - DF - Ladrões arrebentaram as grades da casa de Rui Tavares, 44, fazendo bastante barulho, mas pouco se importando, pensando que não iam encontrar reação. Rui escutou o barulho pegou seu 38 e foi até a sala, onde viu as sombras de três homens. Atirou sem pestanejar e acertou a coluna vertebral de um deles que estava correndo para o quintal. Os outros fugiram.


A lista é grande e não há espaço. VEJA QUE A TV JAMAIS MOSTRA UM “ESPECIALISTA” DEFENDENDO ESSES CIDADÃOS QUE REAGIRAM. Como experiência própria, por duas vezes, evitei o assalto à minha casa, ao disparar contra possíveis invasores, que fugiram. Além de armas, conto também com a ajuda de um belo rottweiller para a minha proteção. Aliás, a campanha da TV contra cães de guarda é intensa. A manada, amedrontada pela TV, se borra toda ao ouvir falar em “pit-bull”. Note-se que a TV JAMAIS MOSTRA ALGUÉM DEFENDENDO OS CÃES, embora todos nós saibamos que existem defensores e são a maioria. Alguns casos, menos de 30 por ano em todo país, de ataques de cães a crianças são tão divulgados, repisados e alardeados pela TV que, nesse mesmo ano, todos esquecem os milhares de bons serviços que esses animais prestam aos seus donos e passam a condená-los. Motivo: falta de pensamento crítico e lógico, além de incapacidade de concluir sensatamente.


Já se tornou fato corriqueiro cretinos subirem em torres para aparecerem na TV. São torres de transmissão de TV e torres de energia em alta tensão. Está claro que o imbecil não quer se matar. Quando alguém deseja cometer suicídio, se joga em frente a um trem em movimento. É morte certa. Cem por cento. Ninguém escapa. Assim, quem sobe em torres, quer somente publicidade, que é dada com máximo prazer. No final de setembro, no interior de São Paulo, um sujeito subiu numa retransmissora e de lá somente desceu, depois de várias horas, quando um bombeiro lhe deu um microfone e ele cantou, lá do alto, uma de suas composições. Ele estava revoltado, pois ninguém queria saber de suas músicas. Uma equipe de bombeiros perdeu várias horas com essa ocorrência. E isso tem um custo, que a sociedade toda paga.

No começo de outubro, outro beócio subiu numa torre de alta tensão da Eletropaulo, em uma das marginais de São Paulo. Uma enorme equipe de bombeiros foi “resgatar” o malandro e para isso houve a necessidade de se desligar a força. Quinhentas mil pessoas – meio milhão – ficaram sem eletricidade por quase duas horas. Quem paga tal prejuízo para a sociedade? Que tipo de prejuízo essa falta de energia causou em meio milhão de pessoas? Será que alguém se acidentou, piorou em sua enfermidade ou morreu por esse motivo? A vida desse inseto vale isso?

Então, um psicótico, armado com revólver, decidido a matar a namorada que o abandonou, a faz refém em sua própria casa. A polícia – eficaz somente para fazer encenação para a TV – acorre em numero escandaloso. Em certo momento, contei 22 viaturas entre ambulâncias, carros da PM, do GATE e da policia civil. Tudo efeito de cena, para ser filmado de helicóptero. Havia mais de oitenta agentes no local, para uma “imensa” ameaça: um garoto com um revolverzinho 32.

Qual é o mote da operação? “Temos que preservar a vida humana.” Melhor seria: “Temos que aproveitar a TV e fazer nossa propaganda, agindo como atores de filme policial americano.”

Resumo da ópera: O tiro saiu pela culatra, pois, cumprindo ordens superiores – não matar o facínora e divulgar ao extremo o “respeito à vida humana”– a policia despreparada somente fez cagadas, uma atrás da outra. Podia ter acertado o camarada logo no primeiro dia, utilizando-se de um sniper. Não fez. Podia ter invadido a casa. Não fez. Numa ação hilariante, ridícula, infantil, não profissional, INCONCEBÍVEL mesmo para os leigos, permitiu que uma refém libertada voltasse a ser refém, e depois de 5 dias, resolve mostrar como não se deve invadir um cativeiro e o faz, causando a morte de uma inocente.

Na entrevista, um coronel da PM, em cada dez palavras pronunciava o mantra “a operação visa resguardar a vida humana”. Só se for a do bandido, que, fatalmente assassinaria a ex-namorada, pois sabe que ficará preso por cerca de cinco anos. Depois é curtir a vida adoidado.


A incompetente PM além de encenar essa grandiosa operação para a TV, isolou sem necessidade toda a rua do condomínio, quase 500 metros . Nenhum morador podia sair com seu veículo. Veja se isso acontece em bairros nobres. O dono da padaria que nem estava próxima do prédio do cativeiro, foi impedido de abrir suas portas. “Para evitar risco”, disse um “robocop”. O pobre homem curtiu uma semana fechado sem necessidade. Quem vai pagar seus prejuízos? E da sociedade? Quanto custou montar esse trágico circo onde policiais ineptos brincaram de agentes da SWAT, a custa dos cofres públicos?

Por outro lado, os “especialistas”, os tais “consultores de segurança”, psicólogos e outros peritos de merda, aproveitam a ocasião para fazerem seu show a parte na TV, defecando opiniões de merda em todos os canais: “O importante é preservar a vida humana”. E a vida da moça, da parte inocente, foi preservada?

Já, pela internet, recebo notícia (não confirmada, mas perfeitamente plausível), que a ordem do palácio dos Bandeirantes era para que a polícia “em hipótese alguma, ferisse alguém” e deixasse correr o seqüestro pelo menos “até o dia 27”, isto é depois das eleições. A PM executou a ordem.

Como sempre, a TV teve um longo show de graça, faturou muito com ele e a vida de um inocente não foi preservada. A manada fica aliviada: mais um bandido que não foi morto pela polícia violenta! Não há revolta pela morte de inocentes. Há consternação. Calma, passiva, ovina. Caso fosse o bandido que morresse, não haveria consternação, mas a revolta, induzida pela TV e pelos “especialistas” seria fenomenal.

As vidas Eloá, Liana e Felipe, Yves Ota, Isabela Nardoni, João Hélio, Sandra Gomide, Daniela Perez, do casal Richthofen, dos cinco queimados vivos em Bragança Paulista e do índio Galdino, entre tantos outros inocentes barbaramente assassinados, não foram preservadas. Os “especialistas” dizem que isso é normal. A polícia não pode matar bandidos, o cidadão não pode matar um invasor de sua casa, não pode se defender, não pode reagir, deve sofrer calado e, se necessário, morrer quieto e calmo. O bandido pode tudo e ainda fica vivo e impune. Veja que a OAB (os especialistas) está, nessa mesma semana, fazendo esforços para tentar diminuir o rigor nos presídios de segurança máxima.

Esses são os frutos gerados pela árvore da ilusão da nossa “sociedade democrática”. Continue concordando com eles, achando que são doces e bons. Continue elegendo, sendo governado e julgado por sacripantas. Continue encurralado, sem enxergar as cercas que te tolhem, inerte, sem reação, acovardado. Até que chegue tua vez, ou de alguém dos teus, de fazer o papel da desditosa Eloá.

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