sexta-feira, agosto 15, 2008

O que o senador poderia ter respondido à ministra

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Pela editoria do site www.averdadesufocada.com

14/05

Exma sra Ministra Dilma Roussef, muito bonitas as suas palavras, onde a sra se declara orgulhosa de ter sido, aos 19 anos, uma guerrilheira que combateu a ditadura. Mas a senhora mentiu, a senhora não lutou pela democracia. As duas organizações terroristas e comunistas onde a sra, aos 19 anos, militou com o codinome de Estela, assim como todas as demais organizações da luta armada que naquela época infestavam o Brasil, não lutavam contra a ditadura.

Está lá escrito, para quem quiser ler, em todos os programas dessas organizações, que elas lutavam para que no Brasil, pela força das armas, fosse implantada um ditadura comunista, como a que existe até hoje em Cuba.

Isso hoje é notório e inquestionável e parte da própria esquerda acabou por admitir.

Sra ministra, entre muitas outras, uma das pessoas da esquerda que nos afirma isso é o professor de História Contemporânea, da Universidade Federal Fluminense, Daniel Aarão Reis, um dos 40 militantes banidos para a Argélia, em troca do embaixador da Alemanha, que em entrevista ao jornal O Globo, de 23/09/2001, afirmou:

"As ações armadas da esquerda brasileira não devem ser mitificadas. Nem para um lado nem para o outro. Eu não compartilho da lenda de que no final dos anos 60 e no início dos 70 (inclusive eu) fomos o braço armado de uma resistência democrática. Acho isso um mito surgido durante a campanha da anistia. Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentassem como instrumento da resistência democrática".

- “As esquerdas radicais se lançaram na luta contra a ditadura, não porque a gente queria uma democracia, mas para instaurar o socialismo no País, por meio de uma ditadura revolucionária, como existia na China e em Cuba. Mas, evidentemente, elas falavam em resistência, palavra muito mais simpática, mobilizadora, aglutinadora. Isso é um ensinamento que vem dos clássicos sobre a guerra”.

Sra ministra, o povo precisa saber é que, se a sra é ministra de um governo eleito pelo povo é porque os guerrilheiros, como a senhora, foram derrotados na luta armada. E, os militares vencedores, em vez de levá-los ao paredão, como fazem os comunistas quando vencem seus opositores, aprovaram a Lei da Anistia, onde esperavam que os brasileiros esquecessem esse período negro. Essa mesma Lei da Anistia que a esquerda agora quer mudar, por puro revanchismo, para colocar na prisão aqueles que os venceram e os perdoaram.

Se a luta dos militares não fosse para preservar a democracia a sra, certamente, teria sido levada ao paredão.

Não tenha dúvida, sra ministra, caso os seus correligionários tivessem vencido a luta armada, muitos brasileiros democratas teriam sido sumariamente fuzilados, como Fidel fez em Cuba.

Mas, graças ao sistema democrático preservado pelos militares brasileiros, a sra hoje está aqui, como ministra de um governo eleito livremente pelo povo.

E, para terminar, sra ministra, gostaria de mostrar ao povo brasileiro, alguns atos praticados pelas duas organizações onde a sra com tanto orgulho militou:

Em julho de 1968, dissidentes da Política Operária - POLOP - realizaram um Congresso Nacional em um sítio em Contagem, Minas Gerais, no qual foi criado o Comando de Libertação Nacional - COLINA -, organização subversivo-terrorista integrada por Ângelo Pezzuti da Silva, Carlos Alberto Soares de Freitas, Juarez Guimarães de Brito, Maria do Carmo Brito e entre outros, Dilma Roussef, atual Ministra da Casa Civil do Governo Lula.

Embora o COLINA tivesse conseguido recrutar militantes em Porto Alegre, Goiânia e Brasília, nunca deixou de ser uma Organização tipicamente mineira, com um núcleo no Rio de Janeiro, onde havia recrutado um grupo de ex-militantes que já tinha atacado duas sentinelas: a 1ª em 17 de março de 1968, no Museu do Exército, na Praça da República, a qual foi baleada por Antônio Pereira Mattos e teve o seu FAL roubado; a 2ª , em 23 de maio na Base Aérea do Galeão, a qual ficou sem a sua pistola .45.

Dentre as ações do COLINA, nesse ano, podem ser destacadas:

- em 28/08/68, assalto ao Banco Comércio e indústria de Minas Gerais, em Belo Horizonte.

- em 04/10/68, assalto ao Banco do Brasil, na cidade de Contagem.

- em 18 de outubro/68, dois atentados a bomba em Belo Horizonte, na residência do Delegado Regional do Trabalho e do interventor do sindicato dos bancários.

- em 25 de outubro/68, no Rio de Janeiro, Fausto Machado Freire e Murilo Pinto da Silva assassinaram Wenceslau Ramalho Leite, com 4 tiros de pistola, quando lhe roubavam o carro.

- em 29/10/68 assalto ao Banco Ultramarino.

O ano seguinte seria crítico para o COLINA. Uma seqüência de prisões debilitaria a organização, forçando a sua fusão com a VPR , em junho de 1969, e a formação da Vanguarda Armada Revolucionária - Palmares – VAR - Palmares. Dilma Rosseuf, a "Estela", também passaria a integrar essa nova organização, juntamente com Carlos Lamarca, oriundo da Vanguarda Popular Revolucionária - VPR.

A VAR-Palmares foi uma das responsáveis, entre outros crimes, pelos assassinatos do marinheiro inglês David A. Cuthberg e do delegado de Polícia Octávio Gonçalves Moreira Júnior.

Dentre as principais ações da VAR-Palmares destacamos, além dos brutais e traiçoeiros assassinatos citados, as seguintes:

- A grande ação

Com a finalidade de solidificar a fusão da VPR com o Colina e obter recursos para o novo grupo que surgia, a VAR-Palmares, foi planejado o roubo de um cofre da residência de Ana Capriglione Benchimol, em Santa Teresa, Rio de Janeiro.

Para conseguir recursos para executar essa ação, a organização fez, em 11 de julho, um assalto à Agência Muda, do Banco Aliança. O assalto rendeu pouco e os militantes ainda foram perseguidos pela polícia. Na fuga, Darcy Rodrigues assassinou a tiros o motorista de táxi Cidelino Palmeira do Nascimento.

Na tarde de 18 de julho de 1969 a Var-Palmares realizou o maior assalto feito por qualquer organização terrorista no Brasil. A féria foi excelente, inimaginável: dois milhões e meio de dólares. O destino desses dólares é discutido até hoje. Fala-se em compra de armas, distribuição entre as regionais da VAR-Palmares, pequenas cotas aos militantes e até na remessa de um milhão de dólares para a Argélia. Fala-se, também, em contas na Suíça. Ao certo, jamais houve uma contabilidade dessa fortuna.

Dilma Rousseff, chamada por José Dirceu de “camarada de armas”, em sua posse como chefe da Casa Civil do governo Lula, além de ajudar na infra-estrutura de assaltos a banco, planejou o que seria o maior golpe da luta armada - o roubo do cofre de Adhemar de Barros, então governador de São Paulo.

Outras ações

-Com o pretexto de comemorar o aniversário da revolução cubana, no dia 1º de janeiro de 1970, a VAR-Palmares seqüestrou um avião Caravelle da Companhia Cruzeiro do Sul, que fazia a linha Montevidéu - Rio de Janeiro, e o desviou para Cuba com seus 95 passageiros.

- Em 02/03/1970 - assalto o Banco do Brasil em Viamão, RS.

- Em 29/05/1970 - "Justiçamento” de Geraldo Ferreira Damasceno e “queima de arquivo” de Elias dos Santos.

- Em julho de 1970 - assalto ao supermercado Pão de Açúcar, na rua Conselheiro Furtado, SP.

-Em setembro de 1970 - dois assaltos ao Pão de Açúcar ( rua Afonso Brás e rua Baturitè) , SP.

-Em outubro - assalto ao super mercado Peg Pag, na Avenida Paes de Barros, SP.

-Em outubro - assalto à empresa de ônibus Paulista, Rua Pascoal Ranieri Mazzilli, SP.

- Em novembro - dois assaltos ao Pão de Açúcar ( rua Baturité e rua Barão de Jundiaí).

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