É Larry Rother quem conta em livro publicado recentemente no Brasil:
- "Dois repórteres da `Folha' e do `Estado de S. Paulo' (`Viagens com o presidente', de Eduardo Scolese e Leonencio Nossa), contam: `Ao chegar a um jantar na embaixada brasileira em Tóquio, Lula pediu uma dose caprichada de uísque com gelo e antes mesmo do jantar mandou servir o segundo, o terceiro e o quarto copos, usando linguagem chula, que deixou constrangidos os presentes, diplomatas, ministros, senadores: `Tem hora que eu tenho vontade de mandar o Kirchner para a puta que o pariu. A verdade é que temos que ter muito saco para aturar a Argentina. O Chile é uma merda. Querem mais é que a gente se foda'".
A cantilena da imprensa sobre o “sifú” que o ilustre presidente cuspiu na cara Brasil que via o noticiário no “horário nobre” da TV, me arrancou um “puta merda!” - interior, envergonhado, triste. Lembrei o que me contou um daqueles jovens que nos anos 60 do século passado - (parece muito tempo! Tempo suficiente para enrolar uma nação em papel vermelho) sobre palestras num dos cursos de guerrilha em Cuba.
Tentarei reproduzir o mais fielmente possível:
“Entre as marchas, confecção de bombas ofensivas e incendiárias, tiro com tudo quanto era arma, a gente também ouvia as palestras do político. Era um oficial do exercito cubano que contava histórias exemplares para ilustrar o comportamento revolucionário diante dos burgueses.”
“Eu ouvia pensando que eram piadas ou que o sujeito queria aliviar a tensão e o cansaço do grupo. Hoje sei que ele estava aplicando as lições de Gramsci contra a ética e os bons costumes. Contou que um “companheiro” fingiu vomitar no prato num restaurante luxuoso, somente para escandalizar os burgueses... que um outro aproximou-se de um lord inglês homossexual, deixou-se fotografar em intimidades e depois utilizou as fotos para chantagear. Quebrou a cara porque o tal Lord apenas comentou sorrindo: “Ficaram lindas!”(as fotografias) e convidou-o para fazer outras mais”.
Gramsci: ética aristotélica e valores devem ser atirados à lata do lixo. Infiltração em todas as áreas e provocar os comportamentos amorais, na contra mão dos costumes conservadores e do respeito. Inverter tudo. E a infiltração está aí, até no exemplo do primeiro (ou será segundo, terceiro, décimo...) mandatário desta republiqueta em que transformaram um Brasil que já tentou ser soberano.
A infiltração nas faculdades está nos computadores do farquista Reyes: os militantes das farc eram enviados para universidades brasileiras e mexicanas, para aliciar jovens militantes. Nesta onda há muitos sumidos das famílias e a polícia não os encontra. Sexo, drogas, Gramsci, palavras chulas e semi analfabetos na universidade, são hoje a regra de ouro, boa para petistas e outros comunistas.
Família, religião (ópio do povo) já estão bastante desmoralizadas. A violência corriqueira, completa o quadro de terrorismo imposto para abrir caminho para os discursos “light” e salvadores. Os capitalistas, os banqueiros, o imperialismo, tudo”direitista”, “nazi-fascista”, “explorador” leva a bronca. Devem ser atirados à “lata de lixo da história”. É o que querem, é o que fazem.
Imagino, agora, (amanhã não sei) que a ausência da prática e consciência política, a falta de manifestação e mecanismos de exigência práticos, perpetua o poder de oligarcas. E que os acadêmicos, formadores de opinião, professores, padres e anexos, estão todos com os olhos cheios de poeira... A democracia não é entendida, nem praticada. É apenas uma utopia.
"Burgueses não pegam na enxada / Burgueses não plantam feijão / E nem se preocupam com nada / Arrasam aos poucos a nação", diz a letra de uma das canções ensinadas aos "sem-terrinha".
A Juventude Revolucionária Oito de Outubro (JR8) é a organização de frente para a atuação do Movimento Revoucionário Oito de Outubro no movimento estudantil. O V Encontro Nacional da JR8 reuniu jovens de vários estados do país na Praia Grande (SP), entre os dias 8 e 11 de abril, para debater temas como conjuntura nacional, movimento estudantil, socialismo, cultura, e eleger a nova Coordenação Nacional da JR8.
Com a palavra de ordem “1, 2, 3, 4, 5 mil, a JR8 é a energia do Brasil”, a juventude reafirmou a bandeira da libertação nacional e a construção do socialismo, e elegeu como coordenador nacional Pedro Campos Pereira.
O novo coordenador da JR8 prestou homenagens a Márcio Cabreira, que deixou a direção da coordenação nacional. “A JR8 que temos hoje é fruto dessa força e dessa capacidade de compromisso com o povo e, muito especialmente, o nosso camarada Márcio representa e sintetiza essas qualidades, a de um revolucionário, de um socialista”.
“A cultura pode tanto atuar pela revolução ou pela conservação das relações sociais”, disse Valério. “Por exemplo, o Império Romano, em relação à cultura, incorporava palavras, culto aos deuses e costumes de outras culturas. Por quê? Porque sabia que quanto mais identificação o dominado tivesse com o dominador, melhor”
Um fato inusitado nunca esclarecido: em maio de 1972, o Consulado da Inglaterra no Rio de Janeiro retirou do país o jovem cidadão inglês Thimothy William Watkin Ross, professor de inglês em um colégio em Santa Teresa, que com o codinome de “Samuca” era militante do MR8, tendo participado de diversas ações armadas.
Antes disso, um diplomata do Consulado havia estado no “aparelho” onde “Samuca” residia, tendo retirado todos os documentos que lá se encontravam, muitos deles já destruídos, levando-os para o Consulado. Esses documentos foram retirados de dentro do Consulado, contra a vontade dos diplomatas, por uma equipe da Inteligência da Força Aérea. Ou seja, um cidadão inglês atuando em um grupo terrorista nacional sob a virtual proteção do Consulado!
A partir de uma profunda autocrítica realizada por esses militantes, no Chile, o MR8, em um Pleno, realizado em dezembro de 1972, abandonou a luta armada, definindo-se pelo trabalho de massa, considerado uma absoluta necessidade histórica. Retemperado pela autocrítica e rejuvenescido pela nova linha política, o MR8 voltaria, no ano seguinte, 1973, às suas atividades no Brasil, gradativamente deixando de ser uma organização guerrilheira e transformando-se em um balcão de negócios. Inicialmente tornando-se a chamada “Juventude do PMDB”, ou seja, a ala esquerda do PMDB, sobrevivendo graças ao auxílio financeiro recebido, durante anos, de um ex-governador de São Paulo, auxílio que permitiu a manutenção, desde então até hoje, de um jornal – “Hora do Povo” – editado às terças e sextas-feiras. (Mídia sem Mascara, Carlos Azambuja).
Assinado por quem já esteve lá.
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